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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POESIA

 

(Óleo sobre tela - Elisabete Maria Sombreireiro Palma)

 

(2008)

 

POESIA OU TALVEZ NÃO EM DIA MUNDIAL DA POESIA!

 

VIVA A POESIA!

 

 

 

 

POESIA
Rogério Martins Simões

 

 

Os poetas são operários da caneta

E trazem pensamentos errantes

que debutam no papel.

 

Serei poeta?

Que papel nos estará reservado?

 

E eu que nada sou,

serei o que o destino quiser,

porém, sou poeta!

Um poeta sonhador

a quem, tantas vezes,

lhe roubaram os sonhos.

 

Hoje estou nesta!

Mas, não irei desistir

de a escrever

ou de a chorar!

 

Hoje, apetece-me reflectir!

Não irei escrever poesia!

Aditarei palavras,

com palavras que

tenho espalhado por aí…

 

Que farei com os meus versos?

Sentir-se-á o lixo desconfortável,

com o seu peso?

E se os mandasse, mesmo, para o lixo?

- Não suavizariam o mau odor

que anda de altos…saltos?…

 

E na minha Pátria

quem liga à poesia?

 

Pouco me importa

que não tenha expressão!

Que pouco se fale de poesia.

 

- E se, em vez de medalhas,

medalhassem

com poemas Lusíadas

ou com versos de Caeiro?

 

Quantos conhecem a lírica de Camões?

- As chamadas elites culturais?

No meu caso,

nada de elites - sou povo!

Como é enorme o povo em – Pessoa!

 

Meu pai, meu mestre,

enchia-nos o prato

com saborosos poemas:

os seus e dos grandes poetas.

Mas isto é pelintrice

e pouco importa.

Importa é estar na berra.

Importa é mandar umas tretas

para que o povo se entretenha e não pense.

 

Ai quando o povo acordar!

Por mim não quero que pensem!

 

Tudo mudou!

Sem poesia

o mundo é menos sonhador,

é mais desumano!

Quando se escreve poesia

não se está só,

não estamos sós!

 

A poesia enche-nos a casa

de lágrimas

ou de sorrisos!

A Poesia reverte os sonhos desfeitos

em estrelas cadentes

para voltarmos, de novo, a sonhar.

Estaremos sós

quando as paredes

emparedarem

os pensamentos

e nem uma só lágrima se verta.

 

O que é a poesia?

O que é ser poeta?

 

A poesia é a magia

que espreita a ponta dos dedos

esborratados de tinta…

Ser poeta é quase morrer

e renascer

num canto ou num verso.

 

Paro! Tenho de parar!

Porque amanhã voltarei à rotina,

e sem rotina

não podemos viver.

 

Todos andamos num carreiro.

Para cá, para lá

sem saber ao que vamos.

Andamos,

corremos,

pensamos.

Como fazer para sobreviver

se não vemos!

Como podemos ver,

se nada há para ver.

E se vemos?

Poderemos parar para reflectir?

 

Deixam-te reflectir?

 

Que reflexão,

fazemos das nossas vidas?

 

Quantas televisões temos em casa?

 

Quantos tabuleiros se enchem de pratos

no desconforto da mesa vazia,

que esfria,

na espera?

 

Crescerá o bolor no pão que não sobra?

 

Que desconforto quando não há poesia!

ROMASI

SANTA PÁSCOA 

 

 

 

 

 

 

 

Voltei a escrever e já não queria

Rogério Martins Simões

 

Voltei a escrever e já não queria

Pensava ter esquecido este meu versejar

Ser poeta é criar e sofrer todo o dia

Passar ao papel o que a alma encontrar.

 

Este estado de alma que já não ousaria

Que nos faz sofrer, para me encontrar,

Deixa o meu corpo quando escrevo poesia,

Nos poemas que ela cria, para me libertar.

 

A ti que mais amo e sem querer

Se fico triste e te faço sofrer

Rosa eu te quero, rosas eu te dou.

 

E se tu me vires distraído ou disperso

Uma única coisa eu imploro e peço,

Espera! A minha alma não regressou.

 

Lisboa, 16 de Abril de 2004

 



MENTIA SE TE DISSESSE QUE MINTO

Rogério Martins Simões

 

Mentias se me dissesses… que pinto…

Não me esforço, peço ajuda, e tu vais

Ajeitas-me o nó da gravata… e o cinto.

Teus passos para mim são sempre mais…

 

Mentia era se eu dissesse que minto,

Que do meu corpo já não saem vendavais

Que os pés já me pesam e não os sinto

E que os meus passos para ti são demais.

 

E se te peso ao de leve e não quero

Tu bem sabes a razão do desespero

Não seja tamanha a razão do repeso

 

Pois se quis voar na ode de um poema

Irás encontrar em meus versos alfazema

Antes fosse manha a razão do meu peso.

 

10-08-2005 23:31


Poemas de amor e dor conteúdo da página

Soprei numa pena...

 

(ALFAMA - Óleo sobre tela Mestre Real Bordalo)

 

 

Soprei numa pena

Rogério Martins Simões

 

Soprei numa pena

Que se anichou à janela

Aí está ela, agarrada à empena.

Sem pena, partiu à vela….

 

Valerá a pena ir atrás dela?

 

Deu a volta e reentrou,

Parece serena!?

Soprei na pena e a pena voou,

Aí vai ela! Pela porta pequena…

 

Valerá a pena partir com ela?

 

Vem um passarito

Apanha-a no bico

Ouve-se um grito

Aí vai ela, a caminho do pico…

 

Valerá a pena ter pena dela?

 

Vem um gavião com asas de granito,

Devolve-me a pena, com penas na sela…

São do passarito que passou a goela

Parte gavião! Leva as penas maldito…

 

Regressou a pena!

Não voltei a soprar mais nela…

Parece serena,

A pena,

Que pena reencontrar-me com ela!

 

Hospital dos Capuchos, 19/9/2007

(Concluído em 02/10-2007)

 


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amrosaorvalho.gif

MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

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