O MEU FADO MAGOADO
Rogério Martins Simões
O meu fado magoado
Passa o dia a noite inteira
A trinar numa guitarra
O meu fado que é tão triste
Percorre as velhas tabernas
Bebendo por todo o lado.
Se tarde tarda a noite
Acorda num sobressalto
Toda a minha fantasia
Das ruas do Bairro Alto
Corro a ver ao Castelo
Para de lá nascer o dia.
Há sempre numa viela.
Há sempre no meu olhar
Tanta vida, tanta fama
Um pintor com sua tela.
Um puto no seu andar
Nas ruas tristes de Alfama.
Agora que rompeu o dia
Adormece num vão de escada
Este fado madrugado
Desde a Bica à Mouraria
Escrevem mais poesia
Porque afinal à noite há fado.
Lisboa 9/2/1979
(O direito de autor é reconhecido independentemente de registo,
depósito ou qualquer outra formalidade
artigo 12.º do CDADC. Lei 16/08 de 1/4)
(A registar no Ministério da Cultura
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Processo n.º 2079/09)
Poemas de amor e dor
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publicado às 22:57
MOIRA TÃO BELA
Rogério Martins Simões
Moira encantada, e tão bela.
Assim recordam aquela
Que tanta beleza escondia…
Dizem que as águas do mar
Pararam p´ra a ver passar
Enquanto o Tejo dormia.
Quando da barca desceu,
Lisboa em festa lhe deu
Um castelo com mesquita.
Daí que se diga agora:
Numa colina lá mora
Essa moira tão bonita.
Junto à cisterna do monte
Corre sempre água da fonte
Ninguém sabe d´onde vem.
Dizem que nasceu no rio:
A letra de um fado vadio
Que as mouras cantam também…
Onde o Tejo beija o mar,
Alguns param p´ra escutar,
Sete colinas de fadas.
São beijos desta cidade:
Sete morros de saudade
E mouras tão encantadas…
Meco, 05/08/2017
24/10/2019 21:13:18 (Direitos de autor reservados)
Poemas de amor e dor
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MOIRA TÃO BELA
Rogério Martins Simões
Moira encantada, e tão bela.
Assim recordam aquela
Por quem tantos sofreram.
Diz de quem a ouvia cantar,
O seu canto de embalar,
Que por amor se perderam.
Quando no Tejo desceu,
Logo Lisboa lhe deu,
Um castelo com mesquita
Daí que se diga agora:
Numa colina lá mora
Essa moira tão bonita.
E se cantando chorava,
Os seus cabelos lavava,
Nas margens deste meu rio
E o rio que tudo levou
Disse ao Tejo que a deixou
Neste meu fado vadio.
Onde o Tejo beija o mar
Alguns dizem escutar
Sete colinas de fadas
São beijos desta cidade:
Sete morros de saudade
Pelas mouras encantadas…
Meco, 24/10/2019 21:13:18
Poemas de amor e dor
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publicado às 22:53
MULHER
Rogério Martins Simões
De formosa te chamaram,
E tão cativos ficaram,
Presos, num feitiço qualquer.
Feiticeira da saudade,
Tu serás a eternidade,
Bendita sejas mulher
No meu fio doiro guardado,
Tenho um nome já gravado
Enquanto a vida quiser
Nunca será por metade,
Mãe é sempre liberdade,
Inteira e sempre mulher
Mulher amante e esposa,
Se no meu corpo repousa,
Este amor que tanto a quer.
Passou o tempo de conquista,
Não saberei se resista…,
Pois serás sempre mulher…
Se nesta vida ao passar,
Depressa quiser levar,
E mais vida não nos der
Que me leve pois vivi
Neste versos vejo em ti
Como é tão bela a mulher.
Campimeco, Meco, 28/05/2019 22:54:31
(INTEIRAMENTE DEDICADO À MULHER ESTE POEMA FARÁ PARTE DO MEU SEGUNDO LIVRO, A PUBLICAR BREVEMENTE PELA CHIADO EDITORA. “POEMAS DE AMOR E DOR” SERÁ LANÇADO NOS PRÓXIMOS 4 MESES. O 1º LIVRO ESGOTADO TERÁ PARA BREVE A 2ª EDIÇÃO)
Poemas de amor e dor
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VIDEO
FADO: Bate, bate coração
ACADEMIA DA GUITARRA PORTUGUESA
Voz: Américo Nunes de Almeida
Música: Alfredo Marceneiro
BATE, BATE, CORAÇÃO
Rogério Martins Simões
Quando com dores me deito,
Sinto galopar no peito,
Este sofrido alazão.
Por me sentir a tremer,
Soluço poderá ser,
Não saltes mais coração.
Com esta dor que rejeito,
Esta vida assim sem jeito,
Talvez mude de missão.
Com este meu mal-estar
Oiço o meu peito gritar:
Não batas mais coração.
Sabes bem que sou sincero,
Não penses sequer que espero,
Por piedosa solução.
E antes que bata demais
Diz à vida ao que tu vais:
Parar o meu coração.
Mas se ainda voltas a ter,
Coragem para viver,
No meu peito de paixão.
Deus te deu vida severa,
Tens o meu tempo à espera,
Bate, bate, coração.
Meco, 19/01/2017 21:41:37
(A publicar no meu próximo livro)
(Direitos de autor protegidos)
Ao meu querido avô paterno, António Antunes Simões .
Nasceu em 1881 na Pampilhosa da Serra – Aldeia Velha – casou na Póvoa e migrou para Lisboa em 1897.
Trabalhou como estivador e era um exímio tocador de guitarra.
Do pouco que sei do meu avô, dizia meu pai, que terá ensinado o Armandinho a tocar guitarra. Na verdade em investigação posterior constatei que o meu avô viveu no Pátio do Quintalinho quando o Armandinho tinha 5 anos de idade. Foi sócio da Juventude Monárquica Conservadora para poder tocar guitarra, tendo falecido na Póvoa em 1934.
Do seu neto: Rogério Martins Simões
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publicado às 16:37
MOIRA ENCANTADA E TÃO BELA
Rogério Martins Simões
Moira encantada, e tão bela,
Ainda se diz por aquela,
Por quem tantos morreram.
Foram sete ao escutar,
O seu canto de embalar,
Por amor se perderam.
Porque do Tejo desceu,
Logo Lisboa lhe deu,
Sete colinas de chita.
Daí que se diga agora:
Numa colina lá mora
Essa moira tão bonita.
Quando o Tejo beija o mar,
Alguns dizem escutar,
Sete colinas de fadas.
São Beijos desta cidade:
Sete morros de saudade
Tantas mouras encantadas…
E se cantando chorava
No seu cabelo lavava
O Tejo tremendo frio
E o rio que a sua voz levou
Feliz porque ali encontrou
Este meu fado vadio
Meco, 05/08/2017 23:54:39
Poemas de amor e dor
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VIDEO
FADO: Bate, bate coração
ACADEMIA DA GUITARRA PORTUGUESA
Voz: Américo Nunes de Almeida
Música: Alfredo Marceneiro
BATE, BATE, CORAÇÃO
Rogério Martins Simões
Quando com dores me deito,
Sinto galopar no peito,
Este sofrido alazão.
Por me sentir a tremer,
Soluço poderá ser,
Não saltes mais coração.
Com esta dor que rejeito,
Esta vida assim sem jeito,
Talvez mude de missão.
Com este meu mal-estar
Oiço o meu peito gritar:
Não batas mais coração.
Sabes bem que sou sincero,
Não penses sequer que espero,
Por piedosa solução.
E antes que bata demais
Diz à vida ao que tu vais:
Parar o meu coração.
Mas se ainda voltas a ter,
Coragem para viver,
No meu peito de paixão.
Deus te deu vida severa,
Tens o meu tempo à espera,
Bate, bate, coração.
Meco, 19/01/2017 21:41:37
(A publicar no meu próximo livro)
(Direitos de autor protegidos)
Ao meu querido avô paterno, António Antunes Simões .
Nasceu em 1881 na Pampilhosa da Serra – Aldeia Velha – casou na Póvoa e migrou para Lisboa em 1897.
Trabalhou como estivador e era um exímio tocador de guitarra.
Do pouco que sei do meu avô, dizia meu pai, que terá ensinado o Armandinho a tocar guitarra. Na verdade em investigação posterior constatei que o meu avô viveu no Pátio do Quintalinho quando o Armandinho tinha 5 anos de idade. Foi sócio da Juventude Monárquica Conservadora para poder tocar guitarra, tendo falecido na Póvoa em 1934.
Do seu neto: Rogério Martins Simões
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BATE, BATE, CORAÇÃO
Rogério Martins Simões
Quando com dores me deito,
Sinto galopar no peito,
Este sofrido alazão.
Por me sentir a tremer,
Soluço poderá ser,
Não saltes mais coração.
Com esta dor que rejeito,
Esta vida assim sem jeito,
Talvez mude de missão.
Com este meu mal-estar
Oiço o meu peito gritar:
Não batas mais coração.
Sabes bem que sou sincero,
Não penso sequer que espero,
Por piedosa solução.
E antes que bata demais
Diz à vida ao que tu vais:
Parar o meu coração.
Mas se ainda voltas a ter,
Coragem para viver,
No meu peito de paixão.
Deus te deu vida severa,
Tens o meu tempo à espera,
Bate, bate, coração.
Meco, 19/01/2017 21:41:37
(A publicar no meu próximo livro)
(Direitos de autor protegidos)
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BATE, BATE, CORAÇÃO
Rogério Martins Simões
Quando com dores me deito
Sinto galopar no peito
Um tão sofrido alazão.
Por me sentir a tremer
Soluço poderá ser
Não saltes mais coração.
Com esta dor que rejeito
Esta vida assim sem jeito
Talvez mude de missão.
Com este meu mal-estar
Oiço o meu peito gritar
Não batas mais coração.
Sabes bem que sou sincero.
Não penso sequer que espero
Por piedosa solução.
E antes que bata demais
Diz à vida ao que tu vais:
Parar o meu coração.
Mas se ainda voltas a ter
Coragem para viver
No meu peito de paixão.
Deus te deu vida severa
Tens o meu tempo à espera
Bate, bate, coração.
Meco, 19/01/2017 21:41:37
(A publicar no meu próximo livro)
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MESTRE E MARINHEIRO
Rogério Martins Simões
Descias o Tejo e olhavas Lisboa,
Chinelas aos pés da Madragoa,
Blusa de chita, corpo de gazela;
Sempre tão bonita; sempre tão bela.
O mastro altaneiro vai engalanado.
Sobe o gajeiro na letra dum fado.
Sorriso malandro, calha ou não calha,
Assim fui passando: que Deus nos valha.
Pinga a maresia, ardem os joanetes.
Contam-se os anos restam alfinetes.
Dos desenganos não tenho mais pressa:
Vão os verdes anos, assim, tão depressa.
Mestre marinheiro tua mão não treme.
Teu timoneiro é S. Vicente ao leme.
Quero ir à Bica com corvos à proa,
Comer fava-rica a dentes de broa…
Meco, 22/04/2015 23:56
(Ao Meu Mestre – Padre José Correia da Cunha)
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