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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

TANTO POR TÃO POUCO

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TANTO POR TÃO POUCO

Rogério Martins Simões

 

Recordo aquele dia

Que pertence ao passado

E que passado tão pouco

Passou a ser lembrado

 

Quem foi o louco

Que deitou fogo a tão pouco

E tão depressa

Passou a ser triste fado?

Meco, 23/07/2019 22:00:02

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QUE COMER DO QUE RESTA DA ALDEIA?

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QUE COMER DO QUE RESTA DA ALDEIA?

Rogério Martins Simões

 

Fogo!

Não venha comer as minhas ovelhas.

Fogo!

Só sei apagar a fogueira…

Cruzes canhoto;

Já me ardem as orelhas

Vade retro

Deixe as nozes e a nogueira…

 

Tem noites,

Em que as noites são vermelhas…

Credo! Abrenúncio!

Vem por aí a feiticeira…

Ferradura atrás das portas

E cornos nas telhas…

Vade retro

Deixe os figos na figueira…

 

Fogo não volte

Para roubar o nosso pão.

Menino homem

Só tem medo do papão…

LOBA…

Que vai ser de si e da sua alcateia…

 

Dói a barriga de tantas amoras…

Ardem as silvas,

Os matos e as horas…

 

Que comer se nada resta da aldeia?

 

 

Meco, 29/07/2017 00:18:09

(Dedicado às Lobas... que tanto lutaram para terem uma vida melhor e que  com avançada idade não podem voltar a lutar)

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Incendiário

Incendiário

Rogério Martins Simões

 

Incendiário,

Que contrato fizeste com a natureza

Se na ira… queimas o que respiras

Que respiras tu?

Merda!

Fumo negro!

Que tragédia!

11/08/2005 01:26

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Terra queimada

TERRA QUEIMADA

Rogério Martins Simões

 

Pegara na caneta e pusera de parte o olhar. Diria, quem o visse, que era um antigo hábito pela forma decisiva como escrevia.

Ao começo hesitou nas palavras que nem tinha pensado em escrever; na verdade não pensava em coisa nenhuma, apesar de começar a preencher, no papel, umas quantas linhas de um caderno vazio.

Aquele verão não tinha nada de parecido com o que, por regra, a terra deixava antever nesse local: umas quantas nuvens reprovavam a paisagem. Dir-se-ia, que o vento as pendurava do mar. Tudo se está a alterar – pensava.

Recentemente tinha visto um documentário que o impressionou. Certamente não se recordava de tudo, mas aquelas imagens com cidades irreconhecíveis ficaram-lhe gravadas nos sensores da memória. Não era apenas um acontecimento, mas, uma sequência descontrolada de factos anormais que faziam com que ele escrevesse.

Na mesma hora e em locais diferentes, onde a chuva deveria fazer a sua aparição, a terra queimava expulsando e queimando os homens e os animais.

Na terra queimada, há muito, tinha desaparecido o último vestígio verde e com ele, ou parte dele, todos tiveram de fugir.

Algum dia ele teria de voltar a escrever…

Meco 18/7/2010

 

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MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

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