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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

PARA ALÉM DO VENTO…

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(Óleo sobre tela Elisabete Sombreireiro Palma)

 

PARA ALÉM DO VENTO…

Rogério Martins Simões

 

Volúpias em corpos que bailam submersos,

Dispersam, em nós, o sémen da procriação.

São inocentes os nossos dias em tentação,

Anseios da natureza, doces como versos…

 

Mordiscaste a minha boca em provocação...

Desejos inatos; tão diferentes; tão diversos,

Anunciando um tempo novo sem reversos,

Ardendo, como fogo, em adoçada erupção….

 

E a natureza nos cobriu com vento criador,

Confiando as sementes num acto de amor,

Quando o teu corpo fértil comigo dançava!

 

Além de nós havia um tempo pouco visível,

Para que recomeçássemos, num cio sensível,

E o teu corpo, com ingénita sedução, bailava…

 

Aldeia do Meco, 26-10-2007 23:11:43

(Registado no Ministério da Cultura

Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C.

Processo n.º 2079/09)

(Próximo Livro de poesia)

 

 

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Elisabete Sombreireiro Palma - a pintura

 

 

Nome : Elisabete Maria Sombreireiro Palma

Naturalidade : Beja

Data de nascimento : 19/10/1948

Formação académica na área da contabilidade, inscrita como T.O.C. com o nº 3774. Trabalhou cerca de trinta anos, exclusivamente, como responsável da contabilidade de diversas empresas, sendo a última, a produtora de cafés, da marca “ Nicola”, da qual saiu por fusão desta empresa com um outro grupo empresarial.

Em função da disponibilidade obtida, inscreveu-se na Universidade para a Terceira Idade, UITI, na disciplina de “Criatividade Artística” ministrada pela Professora Carminho em Novembro de 2002, tendo assim, dado início à concretização de uma suposta vocação despontada em criança.

Trocando definitivamente a caneta pelo pincel, continuou a aprendizagem e o enriquecimento na técnica da pintura a óleo sobre tela, no atelier da Professora Carminho.

Participou em duas exposições colectivas de pintura. Desde o dia 17 de Maio de 2010, e até ao dia 31 de Maio de 2010, tem 23 quadros expostos numa mostra de pintura na Biblioteca Municipal do Pinhal Novo - Palmela - junto à estação ferroviária do Pinhal Novo.

 

(Nota: Quem conhece a minha poesia sabe quanto admiro a minha companheira Elisabete Sombreireiro Palma. A Elisabete, a quem se destina este espaço, não gosta de estar ao computador e esta será a razão para que seja eu a dar a conhecer os seus talentos.

Há 20 anos, quando a conheci, a Elisabete perdeu o seu filho mais novo, o Ricardo, num brutal acidente de mota nos acessos à Ponte 25 de Abril. Tinha então 18 anos.

Raramente falamos da morte do Ricardo. No dia 1 de Julho recorda-se a tragédia, sem palavras, mandando celebrar missa na Igreja de S. Domingos de Benfica.

- Rogério, nem um só momento esqueço a morte do meu filho. Disse-me um dia.

A Elisabete é uma mãe coragem.

Quem a conheceu mais cedo ainda teve o prazer de escutar o seu belo canto. Dizem que cantava e encantava com o fado de Coimbra e o canto alentejano. Numa intervenção cirúrgica à tiróide perdeu os agudos. Para mim continua a encantar mesmo que cante baixinho.

Quanto à sua pintura, que tenho incentivado, sou, de certo modo, o guardião de parte dos seus quadros. Elisabete Maria Sombreireiro Palma é merecedora de participar noutras exposições.

Finalmente, quero salientar a sua qualidade de escrita. Logo que possa irei colocar aqui as suas redacções, autênticas preciosidades, que nos transportam no tempo aos anos 50 do Século passado, enfim, recordações da escola do Magistério primário de Beja onde foi aluna da Professora Conceição filha do Professor Janeiro Acabado

Tentarei que escreva os contos que ela cria e conta para o seu neto e que continue a estória do nosso lindo e saudoso cão.

A Bete é mesmo assim: uma mulher muito especial – uma grande mulher.

Do seu companheiro:

Rogério Martins Simões

 



 

(Óleo sobre tela

Elisabete Maria Sombreireiro Palma)

Por ocasião da III Feira da Saúde de Pinhal Novo, Palmela – Portugal – que decorreu entre 17 a 23 de Maio de 2010, teve lugar uma “mostra de pintura” de Elisabete Sombreireiro Palma. Foram expostos parte dos quadros, pintados pela Elisabete Sombreireiro Palma, que habitualmente adornam a nossa casa.

Hoje recebemos mais um amável convite para que os quadros permaneçam em exposição, no mesmo local, na Biblioteca Municipal de Pinhal Novo, junto à Estação Ferroviária com o mesmo nome.

Quem estiver interessado em os ver, até ao dia 31 de Maio de 2009, poderá seguir de comboio desde Lisboa e descer no Pinhal Novo. A Biblioteca Municipal fica mesmo ali.

Para que vejam a evolução artística da sua pintura deixo aqui a fotografia que tirei ao seu último trabalho a que chamámos de “Mar Revolto”.

Um agradecimento à Exma. Sra. Dr. Margarida Martins pelo seu amável convite.

Do seu marido e admirador,

Rogério Martins Simões

 

(Óleo sobre tela Elisabete Sombreireiro Palma)
(MAR REVOLTO)

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Saber amar

 

 

 

 

 

 

SABER AMAR
Rogério Martins Simões

 

No profundo silêncio em que me deito.

Na sublime atitude como me olhas

E me deixas em paz...

Não imaginas quanto estás presente

Nos meus lúcidos pedaços de felicidade…

10/03/2005

 

(Registado no Ministério da Cultura

Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C.

Processo n.º 2079/09)

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Encosta-te a mim de Jorge Palma

CEZANNE

 

 

 

Publico hoje um belo poema e de uma linda canção do excelente músico e poeta Jorge Palma.

Pena não poder colocar aqui a sua canção por motivos ligados aos direitos de autor.

 

ENCOSTA-TE A MIM

Jorge Palma

 

Encosta-te a mim,

nós já vivemos cem mil anos

encosta-te a mim,

talvez eu esteja a exagerar

encosta-te a mim,

dá cabo dos teus desenganos

não queiras ver quem eu não sou,

deixa-me chegar.

Chegado da guerra,

fiz tudo p´ra sobreviver em nome da terra,

no fundo p´ra te merecer

recebe-me bem,

não desencantes os meus passos

faz de mim o teu herói,

não quero adormecer.

 

Tudo o que eu vi,

estou a partilhar contigo

o que não vivi, hei-de inventar contigo

sei que não sei, às vezes entender o teu olhar

mas quero-te bem, encosta-te a mim.

 

Encosta-te a mim,

desatinamos tantas vezes

vizinha de mim, deixa ser meu o teu quintal

recebe esta pomba que não está armadilhada

foi comprada, foi roubada, seja como for.

Eu venho do nada porque arrasei o que não quis

em nome da estrada onde só quero ser feliz

enrosca-te a mim, vai desarmar a flor queimada

vai beijar o homem-bomba, quero adormecer.

 

Tudo o que eu vi,

estou a partilhar contigo o que não vivi,

um dia hei-de inventar contigo

sei que não sei, às vezes entender o teu olhar

mas quero-te bem, encosta-te a mim

 

Encosta-te a mim

Encosta-te a mim

 

Quero-te bem.

Encosta-te a mim.

 

 

(hoje pelas 21 horas no Pinhal Novo, na Biblioteca Municipal, há poesia e canto. Poemas de diversos poetas e canto do José Baião.)

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A Inveja é a glória dos fracos...

 

A INVEJA É A GLÓRIA DOS FRACOS...

 

Depois de 6 anos a partilhar convosco a minha poesia, nada lucrando, recusando ofertas para editarem um livro de poesia, vejo-me na contingência de apagar este blog.

Na verdade alguém que cobardemente de esconde tem dado cabo dos códigos deste blog, e mais grave, destruindo poemas.

A canalhice poderá prejudicar definitivamente a minha saúde mas não destruirá a minha alma, ou alterará o meu caminho.

Até agora tenho-me limitado a apagar os códigos modificados e a recolocar os certos. Porém estou a ficar cansado e, acima de tudo, vejo que a minha Parkinson se vai agravando e começam a faltar-me forças para continuar a reparar o que miseravelmente destroem.

Hoje já recoloquei duas vezes tudo. Mas já sei que está tudo novamente alterado. Basta colocar um post para o blog ficar todo desconfigurado para glória de quem faz isto.

Inveja?

A INVEJA É A GLÓRIA DOS FRACOS.

 

 

 

 

 

 

Seguro da insegurança

Rogério Martins Simões

 

Torres vigiam a casa assombrada

onde perpetuam  marginais

e abstractas letras

de uma desconhecida liberdade.

 

A canalha… aproxima-se

verberando abstracções concretas.

No alto da torre seguem os carros pretos

chapeados com protecções e blindagens.

 

Blindaram os corações

para recolher os protestos.

Não! Os protestos não chegam às torres…

Aparam os ouvidos,

com guardanapos ao tiracolo,

e vestem camuflados para vigiarem o solo.

 

Para manterem a forma exercitam-se

encolhendo os ombros

e olhando de soslaio.

 

A segurança mantém asseguradas

as palavras contrárias

e perseguem quem se oponha à segurança!

Se lhes virar as costas dirão que sou poeta…

 

Dispararam às cegas

atingiram um colibri!

Do mar saltam alforrecas e camarões!

A segurança contra-ataca

com a segurança dos narcóticos

Os moribundos mascam, agora, folhas de coca

Do deserto partiram legiões imprecisas de escorpiões.

Dizem que um bando de loucos

se escondeu numa toca

 

Toca docemente um violino cego

Ouve-se uma canção de embalar:

- Que será de ti meu menino

Se o povo não se revoltar

 

Corre um vento forte.

Ouvem gritos!

Se virar as costas

dirão que não sou poeta…

 

Um abraço para ti José Baião

1/03/2007

Rogério Simões

(correspondência entre poetas)

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Real Bordalo, o poema e o vídeo

 

 


Por favor: antes de abrir desligue primeiro o som do blog.

 

Ou aceda ao vídeo no You Tube

 

AQUI


 

SONETO REAL BORDALO

 

 

 

 

REAL BORDALO
Rogério Martins Simões
 
Apanho o eléctrico amarelo à pendura,
agacho-me para o condutor não ver,
o que as tintas, e pincéis de seda pura,
imortalizaram numa tela sem perceber.
 
Miúdo traquina pendurado na pintura…
brincando às escondidas sem saber,
que um pincel o apanhou com ternura,
viaja de graça num quadro sem o ter…
 
E salta para o chão em andamento.
Abala, embalo, travo e não me estalo…
E o Mestre pinta na tela o movimento.
 
E ficam as cores arco-íris nas telas.
Os putos, os eléctricos e as vielas.
Lisboa é toda sua! - Real Bordalo.
 
Lisboa, 30 de Janeiro de 2007
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
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EM SONHO ME DEPENDUREI NO LUAR - O VÍDEO



 

 

 

EM SONHO ME DEPENDUREI NO LUAR
Rogério Martins Simões
 
 
Em sonho me dependurei no luar.
O luar quis acordar os nossos cios.
Ali estavas, desnudada no meu olhar,
Encandeando meus olhos luzidios.
 
Os sonhos soçobram ao acordar…
O luar distende o sonho em atavios.
Ai!, sereia espraiada no meu mar,
Esperando as águas dos meus rios…
 
Luar!, tapa-me os olhos e os dias:
Antes cego, que acordar e não ter,
Do que ver, e não ter o que vias….
 
Prendo, no sono, o sonho para te ver,
Fico cego se em mim não te sentir,
Fios de seda - não te deixem partir!
 
Lisboa, 05-01-2009 20:49:30
 
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
 
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Poemas inconjuntos

 

(Óleo sobre tela

Mestre

REAL BORDALO)

 

 

 

Poemas Inconjuntos
Alberto Caeiro
Se eu morrer novo,
Sem poder publicar livro nenhum,
Sem ver a cara que têm os meus versos em letra impressa
Peço que, se se quiserem ralar por minha causa,
Que não se ralem.
Se assim aconteceu, assim está certo.
Mesmo que os meus versos nunca sejam impressos,
Eles lá terão a sua beleza, se forem belos.
Mas eles não podem ser belos e ficar por imprimir,
Porque as raízes podem estar debaixo da terra
Mas as flores florescem ao ar livre e à vista.
Tem que ser assim por força. Nada o pode impedir.
Se eu morrer muito novo, oiçam isto:
Nunca fui senão uma criança que brincava.
Fui gentio como o sol e a água,
De uma religião universal que só os homens não têm.
Fui feliz porque não pedi cousa nenhuma,
Nem procurei achar nada,
Nem achei que houvesse mais explicação
Que a palavra explicação não ter sentido nenhum.
Não desejei senão estar ao sol ou à chuva –
Ao sol quando havia sol
E à chuva quando estava chovendo
(E nunca a outra cousa),
Sentir calor e frio e vento,
E não ir mais longe.
Uma vez amei, julguei que me amariam,
Mas não fui amado.
Não fui amado pela única grande razão –
Porque não tinha que ser.
Consolei-me voltando ao sol e à chuva,
E sentando-me outra vez à porta de casa.
Os campos, afinal, não são tão verdes para os que são amados
Como para os que o não são.
Sentir é estar distraído.
7-11-1915
 
Quando vier a Primavera, 
Se eu já estiver morto,
As flores florirão da mesma maneira
E as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada. 
A realidade não precisa de mim.
Sinto uma alegria enorme
Ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma.
Se soubesse que amanhã morria
E a Primavera era depois de amanhã,
Morreria contente, porque ela era depois de amanhã.
Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir senão no seu tempo?
Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo;
E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse. 
Por isso, se morrer agora, morro contente,
Porque tudo é real e tudo está certo.
Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem. 
Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele.
Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências. 
O que for, quando for, é que será o que é.
7-11-1915
 
Se, depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia, 
Não há nada mais simples.
Tem só duas datas – a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra cousa todos os dias são meus.
Sou fácil de definir.
Vi como um danado.
Amei as cousas sem sentimentalidade nenhuma.
Nunca tive um desejo que não pudesse realizar, porque nunca ceguei.
Mesmo ouvir nunca foi para mim senão urn acompanhamento de ver.
Compreendi que as cousas são reais e todas diferentes umas das outras;
Compreendi isto com os olhos, nunca com o pensamento.
Compreender isto com o pensamento seria achá-las todas iguais.
Um dia deu-me o sono como a qualquer criança.
Fechei os olhos e dormi.
Além disso, fui o único poeta da Natureza.
 
(Salvemos O Martinho da Arcada)
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Hoje o cobertor...

 

 

 

Hoje o cobertor
Romasi
 
Hoje o cobertor
Dá-me bafos de calor:
Numa viragem à loucura!
Na perdição do nada.
Numa viagem sem regresso…
 
Lisboa, 9 de Janeiro de 1974

 

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Escrever ou parar?

 

 

 CEZANNE
 
 
 
Escrever ou parar
Romasi
 
Esta é a nova ode poética
Que não quero recomeçar:
Se começo não acabo
E o tempo não vai parar
Indo…
 
É como se os dias se entregassem
À espera de um novo filho.
Se começo não acabo
E o dia irá acabar
Parindo…
 
1975

 

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MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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