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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

AGORA

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AGORA

(Rogério Martins Simões)

 

Agora que o homem

Se sente ameaçado

Agora que um simples pato

Enche com penas

As penas da humanidade,

Reservo para mim o direito de voar….

Deixo para vós os passos de pedra

Que ecoam nos rios

Inimagináveis da intolerância…

Quero morrer

Ganso selvagem em liberdade!

 

Não! Não me apontem os canos

Que sobressaem

Das vossas trincheiras,

Deixem correr os rios!

Deixem correr os mares!

E libertem as árvores

Pois eu quero poisar…

21-02-2006 23:24

 Simões, Rogério, em “POEMAS DE AMOR E DOR”,

(Chiado Books, Lisboa, 1ª edição, 2019) página 179

1ª edição: Agosto, 2019

ISBN: 978-989-52-6450-6

Depósito Legal n.º 459328/19

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

CHORA TRISTEZA

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CHORA TRISTEZA

Rogério Martins Simões

 

- Atravesso os muros que derrubam os silêncios…

A agonia morre emparedada…

- (cobardes, abutres,

Corja repugnante da sociedade…)

 

- Chora tristeza que o menino

Perdeu as asas para voar…

Morre vileza,

Que ao passarinho

Nem o deixaram cantar...

 

- Bruxas, adivinhas e contos de fadas:

Nem os deixaram escutar...

- Chora tristeza

Que o menino

Lágrimas não tem para deitar…

…Nem tem como fugir...

Meco, 25-06-2011 18:14:12

(Registado no Ministério da Cultura )

PUBLICADO

Simões, Rogério, in “GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO”,

(Chiado Editora, Lisboa, 1ª edição, 2014)

ISBN 978 989 51 1233 3

 

 

 

 

 

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PERDIDAMENTE DOCE

PerdiDOCE

PERDIDAMENTE DOCE

Rogério Martins Simões

 

Uma abelha beija um malmequer,

Retira o pólen e a flor sorri.

Nada saberei do mel…

Que vais deixando por aí:

Dos teus seios,

cor de cereja madura,

Adoçando a minha boca

Contigo louca, insegura,

Esvoaçando sobre meu peito despido,

Despida

E tão perdidamente doce.

Meco, 03/09/2014 18:30:42

Simões, Rogério, in “POEMAS DE AMOR E DOR”,

(Chiado Editora, Lisboa, 1ª edição, 2019)

1ª edição: Agosto, 2019

ISBN: 978-989-52-6450-6

Depósito Legal n.º 459328/19

 

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O MEU FADO MAGOADO

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O MEU FADO MAGOADO

Rogério Martins Simões

 

O meu fado magoado

Passa o dia a noite inteira

A trinar numa guitarra

O meu fado que é tão triste

Percorre as velhas tabernas

Bebendo por todo o lado.

 

Se tarde tarda a noite

Acorda num sobressalto

Toda a minha fantasia

Das ruas do Bairro Alto

Corro a ver ao Castelo

Para de lá nascer o dia.

 

Há sempre numa viela.

Há sempre no meu olhar

Tanta vida, tanta fama

Um pintor com sua tela.

Um puto no seu andar

Nas ruas tristes de Alfama.

 

Agora que rompeu o dia

Adormece num vão de escada

Este fado madrugado

Desde a Bica à Mouraria

Escrevem mais poesia

Porque afinal à noite há fado.

Lisboa 9/2/1979

(O direito de autor é reconhecido independentemente de registo,

depósito ou qualquer outra formalidade

artigo 12.º do CDADC. Lei 16/08 de 1/4)

(A registar no Ministério da Cultura

- Inspeção-Geral das Atividades Culturais I.G.A.C. –

Processo n.º 2079/09)

 

 

 

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O FADO...

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O FADO
Rogério Martins Simões

Quem da vida se não farte, e esperto,

Acerta a arrogância e a postura;

Pois dote de orador terá o decerto,

Cavaleiro de tão triste figura…

 

Que sendo pior que burro e burro certo,

Têm na melosa voz fatal falsura,

Para assim esgrimir demais o incerto:

A eito e a preceito na tal conjuntura…

 

Nesta tão pouca sorte e má contenda,

Há um povo que parte na triste senda,

Sem ter destino ou sorte, e esmorece.

 

Assim se vejo aqui o próprio demérito

No presente de tal e qual pretérito:

É fado! “Malhas que este Império tece”!

 

Meco, 20/09/2013 01:20:17

(Simões, Rogério, in “GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO”,

(Chiado Editora, Lisboa, 1ª edição, 2014)

ISBN 978 989 51 1233 3) (Página 141)

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MEU AMOR TARDIO E CALMO

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MEU AMOR TARDIO E CALMO

Rogério Martins Simões

 

Meu amor tão fora de horas,

Sem ter tempo, sem demoras,

Será sempre um belo salmo.

Nestes versos que me deito,

Tapo com eles o teu peito

Neste amar tardio e calmo.

 

Tão perdidos, tão tardios…

No estuário dos nossos rios…

Vão crescendo os nossos laços.

Tão eternos, tão antigos.

Amantes, carentes, amigos

São assim os nossos passos

 

Se Deus aos dois protegeu,

Tanta ventura nos deu,

Não nos irá separar.

Com a força que nos resta…

Faremos dela uma festa

Pra te amar, amar; amar.

Meco, 13/03/2018 17:53:52

(Poema para incluir no meu próximo livro: POEMAS DE AMOR E DOR”

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HOJE É DIA NÃO

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(Autor da foto Rogério Simões)

 

HOJE É DIA NÃO

Rogério Martins Simões

 

Hoje é dia não!

Da negação de mim mesmo

Da negação do eu

Que me conduz à indiferença

E neste momento

Sem movimento

Corro o risco de ficar parado

 

Hoje ao passar pelo centro

Dos gélidos e doentios olhares

Que cegos não eram

Nem vivos são…

Ninguém me viu

Ninguém reparou

Que uma lágrima beijou o chão

E, enquanto tentava escrever,

Outra caiu no papel

Que acabou por secar

Porque hoje é dia não.

Lisboa, 24/11/2017 13:52:11

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CONTRASTE

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FOTO DA : World Press Photo Contest 2004

 

Este poema foi escrito por mim em 1968. Também fiz parte daqueles que se voluntariaram para tentarem minimizar os danos provocados pelas enxurradas e o que vi foi mesmo muito triste.

CONTRASTE

Rogério Martins Simões

Romasi

 

Era imponente

E erguia-se majestoso

Naquela verde colina.

 

Era miserável

E perdia-se na sombra

Do colossal palacete...

 

Havia fortuna,

Luxos, aparatos,

Grandes riquezas.

 

Havia fome,

Desgraça,

Amarguras sem fim.

 

A chuva caiu.

Os canos a escoram

E no palácio

Os senhores continuaram a dormir...

 

Mas a chuva não pára,

E continuou a cair.

 

A lama escorregou!

A chuva passou

E foi a desgraça

Somente por lá ficou

O local da barraca

E o grande palácio...

25/09/1968

 

 

 

- Menino cor de lama

Porque quem toca o sineiro?

-Foi a água que me atirou da cama

Pela encosta do ribeiro.

 

Rogério Martins Simões

20/07/2005

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MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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