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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

ENVOLTA EM SILÊNCIOS E FLORES

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ENVOLTA EM SILÊNCIOS E FLORES

(Rogério Martins Simões)

 

Envolta em silêncios e flores,

Como se as flores te cobrissem de pétalas,

Eu te chamei deusa:

Percorriam os teus seios, colar escarlate,

Desvarios recortes de porcelana.

Estavas linda!

 

Partilho estes jardins de sombras

Deliciosas.

Contagiam-me as serenas manhãs,

Os frutos selvagens

E enamoro-me das estrelas.

 

Noite fora sou um viajante

Percorro silêncios,

Escuto os meus passos nas vielas.

Que seria de mim se não te

Reencontrasse!

 

Sabes a morango selvagem!

Sabes a cravo e a canela!

Se partir voltarei

Envolto em luz.

Te cobrirei de pérolas

(te chamei de musa)

E serei como a brisa,

Aragem,

Perpétua e ondulante

O sol penetrante na tua janela.

 

24-03-2006

Simões, Rogério, in “GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO”,

(Chiado Editora, Lisboa, 1ª edição, 2014)

 

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FILHO DE UM DEUS QUALQUER

maeavotiajaime 

(Foto e 1953: A minha Avó  materna, Júlia , vestida de preto e do lado direito da foto .

Restantes:  minha mãe Isabel Martins; a minha tia Soledade Simões com o meu irmão Jaime ao colo.

A minha avó Júlia, natural da Malhada, Colmeal, Góis, era irmã do meu tio, Manuel Nunes de Almeida, e tia do meu falecido primo,  a quem dedico este meu poema:

Ao Luís Manuel César Nunes de Almeida)

 

FILHO DE UM DEUS QUALQUER

Rogério Martins Simões

 

 

Se o meu clamor aos céus satisfizera,

Nada mais ousaria para ser feliz,

Saber voar, sonhar, então quisera,

Para fazer a paz que sempre quis!

 

Tal como num sonho ou numa quimera,

Dos céus descesse numa flor-de-lis,

Trazendo assim a fértil primavera,

Louvando os povos de qualquer país.

 

Que eu seja filho de um deus qualquer.

(Filho de um homem e de uma mulher!)

-Venho dos céus onde não há guerra!

 

A minha religião é fraterna, é universal,

Só quero o amor numa entrega total!

Espírito da paz desce de novo à terra

 

29-07-2004 20:20

 (Ao meu querido primo

LUÍS MANUEL CÉSAR NUNES DE ALMEIDA,

Ex-Presidente do T. C,

Que faleceu em 6/9/2004)

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Na estação dos acenos - A CAMINHO DA LUZ

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“Quando se chega à minha idade, sei que o comboio está a chegar à estação. Não sei se vai com grande atraso ou com grande avanço.”

(Alexandre Soares dos Santos – Empresário faleceu 16/8/2019)

 

 

NA ESTAÇÃO DOS ACENOS

(A CAMINHO DA LUZ)

Rogério Martins Simões

 

Na estação dos acenos

Regurgitam como lapas:

As memórias;

Os gritos de desespero;

Ou as luzes da ribalta.

 

Na estação dos acenos

Onde a ventura por ali passou

Existem sombras e visões

Que metem medo

E as paredes,

Por mais que as pintem,

Não limpam

Os risos ou os prantos.

 

Na estação dos acenos

Há sempre um túnel de silêncio

Onde se guardam

Recônditas lamentações,

Ou, na glória, o fim dos sonhos.

 

Se não imaginasse o trajeto desta linha

Não teria viajado tão depressa:

Ficaria por aí gerindo a pressa

Que pressa ele não tinha...

 

O comboio não chegou atrasado…

“Quando se chega à minha idade,

Sei que o comboio está a chegar à estação”

 

Ontem, na estação dos acenos

Um comboio levou consigo um sonhador…

 

A caminho da Luz

 

Meco, 17/08/2019 16:53:03

(20/11/2011)

 

 

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Dois olhares amadurecidos

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DOIS OLHARES AMADURECIDOS

Rogério Martins Simões

 

“Terna e doce recordação

Nunca deixaste de me pertencer

É meu, o teu coração

Por favor ajuda-me a viver”

 

 “Feliz! Só por te ver

Viver? Eu não vivi!

E nesta ânsia de ter

Acabei por te perder

Perto, tão perto de ti”

1986

(Diálogos das almas, e do poeta, perdidos no tempo)

 

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HORAS LONGÍNQUAS

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HORAS LONGÍNQUAS

Rogério Martins Simões

 

Regresso à Aldeia das horas longínquas.

Das hortas vivas, das casas cheias,

E fico atento aos sinais de vida:

No chiar de um carro de bois;

Nos chocalhos de um rebanho;

Nos contos à lareira, de lobos e papões.

 

Depois…O galo cantava e a vida recomeçava.

Havia sempre um molho de mato para roçar,

Ou uma leira para matar a sede.

- Bom dia senhora Maria

- Bom dia Ti Manel

 

Lado a lado com o presente,

O passado é a distância que me separa da aldeia

E que me introduz nas sombras.

Ainda sinto os cheiros da aldeia e o calor do verão.

Ainda recordo a fonte velha e a sua água refrescante;

O Cântaro na cantareira da casa da Eira.

A panela de ferro, a trempe e a caçoila em cobre,

O borralho e a braseira.

Ah! Como me sentia e era feliz.

Por isso estou de regresso

À Aldeia das horas longínquas.

Madruguei e ninguém me apanha.

Já deixei para trás o castelo que fica no alto da aldeia.

Castelo de sonhos? Cada povo tem o seu…

Estou a caminho da Feteira.

Vou provar os figos, e os abrunhos,

Os cachos, as ginjas e as maças.

E os morangos que crescem nas paredes das hortas.

Como leem estou marcado.

Sou um poço de saudade!

Por isso regresso à aldeia dos meus avós.

À aldeia dos afetos e das minhas recordações.

Ali vivi em liberdade

Ali consolidei a minha formação

Ali aditei valores à minha vida.

Aquela gente ensinou-me a dar e a receber.

A repartir e a não estragar o pouco que tinham.

Aquela gente boa ensinou-me a amar.

Convidem-me para provar as filhoses.

A sopa de feijão atulhada com couves e faceira do porco.

O lombo conservado em banha na panela de barro.

E se tiver frio e as casas cheias dormirei no palheiro,

Ou no sobrado por cima do curral das cabras!

 

Não! Não quero despertar o sonho

O despertar é um coice de mula que me deixa atordoado.

Agora tenho de ir!

Não posso, nem devo, fazer esperar o povo.

O povo não parte sem mim,

Nem eu parto sem o povo!

Vamos todos como os da Póvoa!

 

Meco, 31/05/2017 17:18:00 8/02/2019

(Pequena homenagem ao povo de uma aldeia, a aldeia do meu pai e dos meus avós paternos, a Póvoa, Pampilhosa da Serra, que por ter sido tão unida ainda tem um lema VAMOS TODOS COMO OS DA PÓVOA)

 

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PLANTO ROSAS

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PLANTO ROSAS

Rogério Martins Simões

 

Quanto maior o desassossego

Maior é a viagem sem destino.

Vai tempo que fechava os olhos

Deixava esvoaçar os meus sonhos

Como se fossem bolas de sabão.

Duravam uma eterna ilusão.

Hoje planto rosas!

- Que sorte tens com as flores!

Gosto de rosas de todas as cores;

E de cravos vermelhos!

Quis Deus que voltasse a sonhar

Mesmo que apenas se cumpra uma parte dos meus sonhos,

Foi bom vê-los voltar.

Hoje colho rosas…

Lisboa 2008

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PARA ALÉM DO VENTO…

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(Óleo sobre tela Elisabete Sombreireiro Palma)

 

PARA ALÉM DO VENTO…

Rogério Martins Simões

 

Volúpias em corpos que bailam submersos,

Dispersam, em nós, o sémen da procriação.

São inocentes os nossos dias em tentação,

Anseios da natureza, doces como versos…

 

Mordiscaste a minha boca em provocação...

Desejos inatos; tão diferentes; tão diversos,

Anunciando um tempo novo sem reversos,

Ardendo, como fogo, em adoçada erupção….

 

E a natureza nos cobriu com vento criador,

Confiando as sementes num acto de amor,

Quando o teu corpo fértil comigo dançava!

 

Além de nós havia um tempo pouco visível,

Para que recomeçássemos, num cio sensível,

E o teu corpo, com ingénita sedução, bailava…

 

Aldeia do Meco, 26-10-2007 23:11:43

(Registado no Ministério da Cultura

Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C.

Processo n.º 2079/09)

(Próximo Livro de poesia)

 

 

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POESIA NO PRATO

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POESIA NO PRATO

Rogério Martins Simões

 

Lembra-se, meu pai,

Quando à sua mesa

Nos trocava a sobremesa

Por poesia no prato…

 

Diga-me, agora, meu pai:

Se por aí há olhares desesperados,

Mãos crispadas,

Rezas nos dentes…

 

Diga-me meu pai:

Se o sofrimento é tão só por aqui;

Se nos céus são todos iguais;

Se as regras são transparentes;

E se no inferno só ardem os maus…

 

Diga-me meu pai:

Se aí há lugar para os dementes…

Para os falazes…

Para ricos

Para os capazes

Para pobres, ou doentes.

 

Diga-me meu pai:

Se há por aí poesia

Se já conhecem a magia

Dos seus contos de encantar.

 

Nada me diz, não importa…

Mas se o céu, para si, não for boato…

Terá sempre aberta a minha porta:

E esta saudade com a poesia no prato…

 

Meco Café 12/12/2016 12:23:39

(Para publicar no próximo livro de poesia)

 

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BENDITA ROSA

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BENDITA ROSA

Rogério Martins Simões

 

Recordo em ti, meu amor, a bela rosa,

Rosa em mim, por quem eu tanto sonhei.

Estavas tão bonita, tão formosa:

Nem pétala de rosa em ti anulei...

 

Rosa inteira! Será sempre ditosa.

Louvado seja o dia que a encontrei.

Foi a Mãe Terra que, de tão generosa,

Entregou-me a rosa e não me piquei.

 

Rosa alvorada a florir no meu dia

Tu és o canteiro da minha poesia.

Bendita a rosa do nosso jardim!

 

Pois se o meu dom está no nosso amor,

Venturoso de quem mantêm a flor:

Bendita rosa, mimosa em cetim.

 

Lisboa, 20/04/2016 22:01:35

 

 

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MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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