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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

Estrelas para si minha mãe

ESTRELAS PARA MINHA MÃE

Rogério Martins Simões

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Mãe! Que não sabe ler nem escrever:

Onde aprendeu a ler, todos, os meus ais?

Mãe! Que bem cedo teve de sofrer.

Mãe que tanto nos deu, e tanto me dais.

 

Mãe! Por que não a deixaram aprender,

Se está sempre tão atenta aos sinais…

Mãe que doando me ensinou a viver,

Para que amando nos amemos mais.

 

Se o amor é o néctar da poesia,

Minha mãe, lhe dedico neste dia,

Estes sentidos versos do meu amar.

 

Mãe! Passe suas mãos pelo meu peito,

Que este seu filho até já perdeu o jeito:

E tinha tantas estrelas para lhe dar…

Meco Café, 02/03/2016 22:14

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PERDIDAMENTE DOCE

PerdiDOCE

PERDIDAMENTE DOCE

Rogério Martins Simões

 

Uma abelha beija um malmequer,

Retira o pólen e a flor sorri.

Nada saberei do mel…

Que vais deixando por aí:

Dos teus seios,

cor de cereja madura,

Adoçando a minha boca

Contigo louca, insegura,

Esvoaçando sobre meu peito despido,

Despida

E tão perdidamente doce.

Meco, 03/09/2014 18:30:42

Simões, Rogério, in “POEMAS DE AMOR E DOR”,

(Chiado Editora, Lisboa, 1ª edição, 2019)

1ª edição: Agosto, 2019

ISBN: 978-989-52-6450-6

Depósito Legal n.º 459328/19

 

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Por que sou triste?

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POR QUE SOU TRISTE?

Rogério Martins Simões

 

Saber, quero saber por que sou triste?

Querer, por mais querer, o riso ensejo.

Chorar? Não mais chorar é meu desejo.

Saber por que razão meu choro insiste?

 

No meio deste silêncio, e que persiste,

Razão tem a razão em que me revejo.

Chorar será o clamor do meu arpejo.

Saber, quero saber em que consiste.

 

Perguntei ao meu rio Tejo, a soluçar,

Que me desse a razão deste meu estar:

Saber, quero saber que fiz de errado?

 

Sorrindo para mim para que o visse,

Cuidai desse teu riso, e mais me disse:

- Chorar, e mais chorar, será teu fado…

 

Meco, Praia das Bicas, 2013-12-12

Simões, Rogério, in “GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO”,

(Chiado Editora, Lisboa, 1ª edição, 2014)

 

 

 

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HERDEIROS DO MEDO

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HERDEIROS DO MEDO

Rogério Martins Simões

 

Derramam-se palavras incertas,

Presságios e angústias certas,

Das terras ao mar profundo.

Com que prece fogem do medo,

Os heróis do sobressalto, a salto

Das guerras dos senhores do mundo.

 

Soa um alarme que se solta,

Há náufragos no alto mar.

É tarde e só estará de volta

A onda para os levar…

Somos os filhos do medo,

Que levámos aos confins do mundo.

 

Com que fim se desdobra

A angústia e o mau presságio

Heróis do sobressalto, a salto

Através do mar profundo?

São os herdeiros do medo

Heróis sacrificados, deserdados

Nas mãos dos senhores do mundo.

 

Campimeco, Meco, 06/02/2018 15:28:14

Simões, Rogério, in “POEMAS DE AMOR E DOR”,

(Chiado Editora, Lisboa, 1ª edição, 2019)

1ª edição: Agosto, 2019

ISBN: 978-989-52-6450-6

Depósito Legal n.º 459328/19

 

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FILHO DE UM DEUS QUALQUER

maeavotiajaime 

(Foto e 1953: A minha Avó  materna, Júlia , vestida de preto e do lado direito da foto .

Restantes:  minha mãe Isabel Martins; a minha tia Soledade Simões com o meu irmão Jaime ao colo.

A minha avó Júlia, natural da Malhada, Colmeal, Góis, era irmã do meu tio, Manuel Nunes de Almeida, e tia do meu falecido primo,  a quem dedico este meu poema:

Ao Luís Manuel César Nunes de Almeida)

 

FILHO DE UM DEUS QUALQUER

Rogério Martins Simões

 

 

Se o meu clamor aos céus satisfizera,

Nada mais ousaria para ser feliz,

Saber voar, sonhar, então quisera,

Para fazer a paz que sempre quis!

 

Tal como num sonho ou numa quimera,

Dos céus descesse numa flor-de-lis,

Trazendo assim a fértil primavera,

Louvando os povos de qualquer país.

 

Que eu seja filho de um deus qualquer.

(Filho de um homem e de uma mulher!)

-Venho dos céus onde não há guerra!

 

A minha religião é fraterna, é universal,

Só quero o amor numa entrega total!

Espírito da paz desce de novo à terra

 

29-07-2004 20:20

 (Ao meu querido primo

LUÍS MANUEL CÉSAR NUNES DE ALMEIDA,

Ex-Presidente do T. C,

Que faleceu em 6/9/2004)

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O MEU CORAÇÃO NÃO É DE PEDRA

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O MEU CORAÇÃO NÃO É DE PEDRA

Rogério martins Simões

Quero esquecer

O que não esqueci.

Quero acolher

Sensações novas

Mesmo que tardias.

Quero exorcizar

Noites escuras,

Frias, mal dormidas:

Tenho sono!

 

As luzes sombrias

Percorrem os cantos

Escuros e frios.

Dói-me o peito.

O meu coração não é de pedra.

Meco, 22 de agosto de 2009 16:09:33

 

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O MEU FADO MAGOADO

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O MEU FADO MAGOADO

Rogério Martins Simões

 

O meu fado magoado

Passa o dia a noite inteira

A trinar numa guitarra

O meu fado que é tão triste

Percorre as velhas tabernas

Bebendo por todo o lado.

 

Se tarde tarda a noite

Acorda num sobressalto

Toda a minha fantasia

Das ruas do Bairro Alto

Corro a ver ao Castelo

Para de lá nascer o dia.

 

Há sempre numa viela.

Há sempre no meu olhar

Tanta vida, tanta fama

Um pintor com sua tela.

Um puto no seu andar

Nas ruas tristes de Alfama.

 

Agora que rompeu o dia

Adormece num vão de escada

Este fado madrugado

Desde a Bica à Mouraria

Escrevem mais poesia

Porque afinal à noite há fado.

Lisboa 9/2/1979

(O direito de autor é reconhecido independentemente de registo,

depósito ou qualquer outra formalidade

artigo 12.º do CDADC. Lei 16/08 de 1/4)

(A registar no Ministério da Cultura

- Inspeção-Geral das Atividades Culturais I.G.A.C. –

Processo n.º 2079/09)

 

 

 

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SOMOS VERSOS! e SEM VONTADE PARA RIR; SEM MOTIVOS PARA CHORAR

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SOMOS VERSOS

Rogério Martins Simões

 

Na poesia somos versos

Tão iguais mas tão diversos

Somos beijos deste enlevo.

E as pérolas do teu olhar,

Que ao meu fazes chegar,

São letras do que te escrevo.

 

Meus versos, não os escondas.

Nem os atires às ondas

Nem os deixes ao luar.

Que há tanta poesia em ti

Nos poemas que te escrevi

P´ra eternamente te amar.

 

Numa folha de papel

Reescreveste a pincel

Um poema que te fiz.

Não esquecerei o prometido

E fiz dele o meu cupido

Neste amar que sempre quis

 

E no silêncio profundo

Quando me afasto do mundo

Por caminhos tão diversos.

Recordo o que te escrevi

Pois sempre verei em ti

A musa dos nossos versos

Praia das Bicas, 05/11/2019 15:03:20

(À Bety e com muito carinho: à nossa amiga Luísa Santa)

SEM VONTADE PARA RIR; SEM MOTIVOS PARA CHORAR

Existem momentos na vida em que a vida pára à espera daquele diagnóstico que não se espera. Parece que tudo nos cai em cima e por mais que se lute contra as contrariedades próprias da vida, só quando se conhecem os resultados se entendem os sentidos: Ou se dobram os sorrisos; ou se desdobram os choros.

O poema que acabaram de ler tem um simbolismo diferente que o torna e o transforma num marco na vida. Este meu poema – “Somos Versos” foi escrito num caderno, entre uma longa espera, que não se espera, e aquele espaço no tempo em que não se tem qualquer vontade de rir nem motivo para chorar.

Chegámos cedo e ainda tinha lugar sentado junto da minha companheira que tinha hora marcada. Depois, enquanto a esperava e desesperava para saber se poderia rir, tivemos de adiar os sorrisos para o próximo dia 16.

Enquanto ali estava pensava. (Todos pensam e repensam naquela situação) e como o tempo de espera duplicava desci as escadas de pedra e por ali andei às voltas esquecendo até que pouco andava mas andei a pé e estava a chegar aonde os meus passos me levavam.

Não estava longe do ponto de partida, nem do tempo que a minha linda mulher ainda por ali esperava.

Quando reparei em mim estava à entrada do local onde decorreu a apresentação do meu livro GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO: no NOVOTEL e tinha percorrido uma grande parte da Avenida José Malhoa e outras adjacentes.

Sem ter qualquer plano ou sequer ter pensado em ali voltar, ali acordei fazer a apresentação do meu novo livro “POEMAS DE AMOR E DOR”.

No próximo dia 16 estaremos de volta aos corredores dos silêncios amedrontados onde ficarei à espera da Elisabete que raramente perde o sorriso. Ali tão perto de um local onde em 2014 me senti feliz.

No dia 23 de novembro lá vos esperamos com POEMAS DE AMOR E DOR no NOVOTEL pelas 16 horas.

SEJAM TODOS FELIZES

Meco, 11/11/2019 22:36:30

 

 

 

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ANTECIPAÇÃO

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ANTECIPAÇÃO

Rogério Martins Simões

 

Falas comigo de tão perto

Mas tão afastado de mim.

Agora reparo:

Que os dias são medidos.

Que a solidão é desmesurada.

Não! Não quero contemporizar

Nem antecipar o final

Mesmo que o frio se apresse

Em ler no teu olhar

O meu último suspiro.

Lisboa, 17/07/2017 21:40

 

 

 

 

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POEMA SUAVE

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Poema suave

Rogério Martins Simões

 

Venham as flores,

Neste nosso verbo amar,

Que as folhas estão caindo.

As dores estão sentindo

Uma criança chorar…

 

Venham as flores,

E os frutos por colher.

Que as dores estão sentindo

Os homens que vão partindo

A chorar e a sofrer.

 

Venham as flores

E o outono vai passar

Que as dores estão sentindo

A primavera a chegar.

 

Venham as flores

Que milagre é nascer

Que as dores estão sentindo

As folhas novas crescer….

 

Venham as flores,

E a alegria de viver!

 

Lisboa, 1989

(Registado no Ministério da Cultura

Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C.

Processo n.º 2079/09)

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MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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