Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA
Poeta: Rogério Martins Simões
Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004
Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda
Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA
Poeta: Rogério Martins Simões
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Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda
Quantos antes de nós tinham partido para sempre...
E aqueles que regressaram cumpriram as promessas
Queimaram velas
Em Fátima comprei uma medalha que dizia assim
Em Fátima rezei por ti!
SENHORA DA ATALAIA
EX VOTOS
MORSE
Romasi
Traço, traço, traço, ponto
Morse, morse, morse morte…
Mais homens, mais gente.
Traço, traço, pouca sorte
Vai partir um contingente!
Pouca terra, pouca terra…
Lenços e preces agitam-se no ar
O pranto fustiga todo o cais…
Partem os noivos; chora o mar…
Os filhos, os amigos e os pais!
Traço, traço, traço, pronto
Regressa de novo o transporte
Beijam-se os filhos e os maridos
Agitam-se os lenços garridos
Traço, traço, traço, sorte…
Morse, morse, morse morte
Apita o barco engalanado
- O soldadinho vem no porão
Marido e o filho tão amado
Que regressa… num caixão!
Traço, traço, traço, ponto…
Lisboa, 14/02/1969
E finalmente a guerra terminou.
A revolução, sabes, é difícil
Rogério Martins Simões
“Sabes, a revolução é difícil”
(Fidel de Castro)
Cuspiram na cara do operário
Os tipos da Pátria vendida!
Apertaram os pulsos e olharam desconfiados
Os tipos da pastilha elástica…
Crivaram de balas o revolucionário:
Com as balas dos agentes da ordem.
E as vozes responderam em coro:
LIBERDADE!
Numa manhã primaveril
As correntes dos pulsos quebraram!
Libertaram os resistentes vivos
Homenagearam os resistentes mortos
E o povo cantou livre pela rua:
LIBERDADE
Maio dos bravos
Maio primaveril
Nascem viçosos os cravos
Do vinte cinco de Abril!
Pouco a pouco a revolução
Se transformou em tão pouco
Pouco a pouco a fera carregou
Camaradas de luta tombaram
Mas as suas e as nossas vozes não se calam:
Irão cuspir de novo na cara do povo
Os tipos da Pátria vendida
Apertarão de novo os pulsos
E olharão desconfiados
Os tipos da pastilha elástica…
Cantará de novo,
E com mais força,
O nosso povo:
LIBERDADE
Crivarão de novo o povo
Com balas dos agentes da ordem
(Da ordem contrária)
Mas as suas e as nossas vozes
Se erguerão em coro cantando
LIBERDADE
Sabes!
A revolução é difícil
1975
Solidariedade, onde estás?
Rogério Martins Simões
Ai esta sensação
de solidariedade
Que marcou os meus sonhos.
Que me devolveu o alento.
E que finge
ou teima em tardar...
Pura ilusão!
Onde estás?
De que forma te revestes
Que, ainda,
não te consigo vislumbrar.
07-04-2008
Poemas de amor e dor
conteúdo da página
publicado às 01:55
MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975
Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado