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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

Menina seja onde for

 

 

(DEGAS)

 

 

 

 

Menina, seja onde for...
Rogério Martins Simões
 
Terna e doce recordação
de uma certa menina
luzia no meu coração
Numa caixa pequenina
 
Sonhava sempre contigo
Nunca havia traição
Apenas o injusto castigo
Terna e doce ilusão
 
“Terna e doce recordação
Nunca deixaste de me pertencer
É meu, o teu coração
Por favor ajuda-me a viver”
 
Menina seja onde for
Onde e quando Deus quiser
Rio de seiva na tua flor
Ontem menina, hoje mulher…
 
Guincho, 1978
 
 
 

 

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Água salgada

 

 

 

Água Salgada

Rogério Martins Simões

 

Tenho sede...e sofro

É em vão a minha dor.

A vida acaba

Quando espero o seu começo.

Triste, já cansado,

Fatigado de andar

Busco água

No oceano da vida.

Retiro-me, procuro o mar

Mergulho…,

Afogo a minha sede de vida!

E morro…

Olhos salgados de mar…

 

Novembro de 1968

 

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Eu pedi forças

 

 

EU PEDI FORÇAS

(Autor desconhecido, fonte O Público)

 

Eu pedi forças

E Deus deu-me dificuldades

Para me fazer forte

 

Eu pedi sabedoria

E Deus deu-me problemas

Para resolver

 

Eu pedi prosperidade

E Deus deu-me o cérebro

E músculos para trabalhar.

 

Eu pedi coragem

E Deus deu-me obstáculos

Para superar.

 

Eu pedi amor

E Deus deu-me pessoas

Com problemas para ajudar.

 

Eu pedi favores

E Deus deu-me oportunidades.

 

Eu não recebi

Nada do que pedi

Mas recebi tudo o que precisava.

 

(Oração publicada por Laurinda Alves)

(Revista XIS - à Luz do Dia)

(Diário “O Público”

(aos Sábados)

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FÉNIX

Fénix
Rogério Simões
 
Nestes dias que passam a correr,
Sem sentir,
Nestes pedaços de tempo velho,
A renascer,
Reaparece a vida
Nas folhas novas a nascer,
Nas flores lindas por abrir.
Porém,
Tudo se acaba por varrer:
Todos acabamos por sofrer
Pelo que há-de vir.
E eu que nada sei,
Por nada ser.
Em cinzas vou partir
Das cinzas renascer!
 
1/08/2004
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Mocidade

 

(Óleo sobre tela de

Elisabete Maria Sombreireiro Palma)


 

 

Volta! Eu espero!

(Mocidade)

Rogério Simões

 

Se ao menos tu

Me dissesses qualquer coisa…

Pudesses falar comigo

Como falavas outrora…

Se ao menos eu te visse agora…

Talvez me visses de sacola

Num quadro qualquer de loisa

A escrever de novo na escola.

 

Mas não!

Partiste mais cedo…e eu quedei

Com a mesma ternura de outrora,

Carregado de riscos por fora

Para aqui envelhecendo fiquei!

 

Mas…

Se eu te pedisse para voltares

Seria de novo menino!

Prometia não ficar traquina,

Travesso, endiabrado, irrequieto.

 

Volta!..

Eu espero!

Prometo que não serei

Tudo o que não fui e não quero!

 

07-08-2004 11:08

 

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Na encruzilhada do bote...

 

(Óleo sobre telas de Elisabete Sombreireiro Palma)

 

 

Na encruzilhada do bote
(Rogério Simões)
 
Encaracola
A arte na Ribeira
Na encruzilhada do bote.
 
- É Zé da Ribeira
Carcomido
Ao vento tempestade:
Bota para cá a sardinha
Alma do diabo.
 
- Diabos as levem
Ondas fortes do Inverno
Que fazem a vida do pescador
Num inferno.
 
Encaracola
A arte na Ribeira
Na encruzilhada do bote.
 
- É Zé da Ribeira
Moço de descarga da sardinha
A vazar
Agora sal!?
Raios te lixem homem.
 
Encaracola
A arte na Ribeira
Na encruzilhada do bote.
 
- É Zé da Ribeira
Que engoles num trago
A tua vida fiada…
Vão dois copos de tinto?
Diabos te levem
Por mais que esfregues os calos
A tua dor continua…
 
Encaracola
A arte na Ribeira
Na encruzilhada do bote.
 
- É Zé da Ribeira
Figura típica do mar
Faz com tua faca do peixe
Barcaças pequenas
Para a pequenada brincar.
 
.Participação
 
Zé da Ribeira
Conhecido armador de Lisboa
De barcos para a pequenada
E para o turista morreu!
 
Acontecimento
 
Zé da Ribeira acordou...
E numa manhã fria
Olhou o mar!
Olhou o cais!
E, com a sua mão
Trémula da revolta,
Cravou uma faca no bote…
 
Encaracola
A arte na Ribeira
Na encruzilhada do bote...
 
24/1/1977
Terminado em 4/8/1977
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GEADA, GELO, CHUVA, NEVE

 

 

 

 

GEADA GELO CHUVA NEVE
Rogério Martins Simões
A enxada cava fundo
Na mão do homem do campo!
Fundo entra!
Chega fundo
Geada, Gelo, Chuva e Neve.
 
Na lareira, o pinho crepita,
A velha treme
E a criança grita
Geada, Gelo, Chuva e Neve.
 
O Inverno é ruim
E a bucha é tão rara.
Viva a salgadeira
Do toucinho cru!
Meu filho
Não te metas ao caminho
Geada, Gelo, Chuva e Neve.
 
Mãe minha, vou emigrar.
Que Deus a ajude
Que eu não posso!
E se Deus não quiser,
Geada, Gelo, Chuva e Neve.
 
Não há Inverno somente
Valha-nos os bafos da cabra!
Cabra minha já foste à lenha?
Geada, Gelo, Chuva e Neve.
 
Ardem as torgas na lareira
Senhor Ministro,
Que bela a casa a sua!?
Não há frio que lhe chegue,
Nem Geada, Gelo, Chuva e Neve.
 
Em casa de pobre,
Ramos de horta,
Ninhos de águia no alpendre.
Lavrador não fique curvado...
À geada, gelo, chuva e neve.
 
1974
(Poema dedicado ao povo da Póvoa, da Pampilhosa da Serra e a todos os Beirões)
 
 


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amrosaorvalho.gif

MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

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