Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA
Poeta: Rogério Martins Simões
Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004
Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda
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Poeta: Rogério Martins Simões
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- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.P. –
Processo n.º 2079/09)
ROMASI DA POESIA
A 1ª fase da minha poesia vem dos meus tempos de luta estudantil.
Se falo tantas vezes na tinta, nos poemas, foi a recordação da tinta e da água com que dispersavam os manifestantes.
Escrevi alguns poemas molhado. Escapava por entre na multidão e vi muitos companheiros a apanhar “porrada”. Nunca fui apanhado! (ou não viesse a ser campeão nacional de atletismo pela equipa do Sporting Clube de Portugal)
Depois, conheci relatos (verdadeiros), da outra tinta vermelha de sangue, com que os presos políticos escreviam, no Aljube, a palavra LIBERDADE.
Esta fase marcou e definiu meus passos.
Como era e sou católico participei em todas as manifestações da JOC (Juventude Operária Católica).
Recordo-me de ouvir e cantar, às escondidas, as canções do Luís Cília na JOC (edifício da Sé).
A 2ª fase vai do 25 de Abril de 1974 até a ter escrito, em 1984, o poema intitulado “ A minha poesia de homem solto”. Este poema foi para mim uma ode poética ao trabalho e com ele encerrei esta fase.
Estou na 3ª e última fase, a fase mais madura, mais poética, e infelizmente com algum sofrimento à mistura
Os males que se reflectem no corpo e não atingem a alma são pequenos comparados com outros males que perpassam junto de nós e nos agridem no dia-a-dia.
Pois é… ser poeta é sofrer.
Onde estão os sonhos de Abril? Onde pára a alegria deste povo que sofre na carne a miséria e a injustiça.
Onde param as promessas dos sucessivos governos e políticos que não cumprem. Não queria beliscar – trazer para aqui palavras duras, que me secam a boca que me trazem amargura e revolta. Eu sei que sou sonhador! Que quero um Mundo melhor: sem fome, sem guerras mas sobretudo sem miséria.
Onde estão os empregos para o exército de desempregados. E os empregados não estão mal pagos, explorados e cheios de miséria encoberta?
Eu sei que sou poeta! Mas, não será verdade, são sempre os trabalhadores que pagam a crise: e o povo aguenta!
São sempre os trabalhadores que pagam os impostos: e o povo aguenta!
Finalizo este meu desabafo, escrito ao sabor da pena e da mágoa, com um pensamento que escrevi no meu livro de poesia rasgada a que chamei renovação:
“Vivias num bairro de lata e agora sobram-te telhas”
O Pároco Pampilhosa da Serra, fez chegar às minhas mãos um CD contendo milhares de fotografias deste Concelho tão esquecido dos políticos.
Sem nada pedir em troca (apenas a sua divulgação), o que já não vem sendo hábito dos homens, encontrei na pessoa de um Sacerdote (Católico) um imenso amor pela Beira Serra (Beira Baixa) e um desprendimento ao bem material que poderia obter com tão belas fotografias.
O Padre Pedro, depois de rezar e tratar das almas dos seus paroquianos, usa a sua máquina fotográfica com arte, mestria e paciência, para passar à posteridade imagens que, de todo, já se pensava que não se conseguissem obter.
O Padre Pedro fotografa: as gentes que restam nas aldeias (em especial os idosos): os cantos e recantos que preenchem o nosso imaginário: as aldeias perdidas na serra: as tradições e lugares secretos deste paraíso encantado, que permanece sereno e sem mácula, apenas manchado, aqui e além, pelos sinais dos incêndios que desbastam a sua riqueza regional os pinheiros.
Neste Concelho impera:
O silêncio, a paisagem, o rio e a barragem.
O gavião, a águia, o melro, o gaio e o cuco.
As gentes trabalhadoras que já no fim da vida regressam à aldeia.
As festas de Agosto e Setembro, as filhozes, o pão-de-ló e as tigeladas.
A matança do porco, o presunto, os maranhos, o sarrabulho a chanfana e tantas iguarias, como o cabrito o mel e a broa de milho.
Às vezes até é bom que se esqueçam, dizemos nós os que lá não vivemos o ano inteiro, pois a paisagem continua virgem, sublime: mas rude e agreste para quem lá vive o ano inteiro, como o são os gelos que de lá se avistam na Serra da Estrela e que no Invernos cobrem a região.
Voltando ao CD o Padre Pedro dividiu este verdadeiro álbum fotográfico em diversas pastas que passo a transcrever, (para fazer crescer água na boca a que conhece o Concelho):
Até à Portela do Fojo
Neve
Rio Zêzere
Rio Zêzere (nevoeiro)
Aradas
Machio
Pessegueiro
Pampilhosa da Serra até aos Padrões
Alto do Concelho
Ilha dos Padrões I
Ilha dos Padrões II
Santa Luzia (anoitecer)
Entardecer
Santa Luzia
Pampilhosa da Serra entardecer I
Pampilhosa da Serra entardecer II
Fogo
Noite
Póvoa
Procissão do Enterro do Senhor.
- Os meus agradecimentos Sr. Padre Pedro e uma sugestão: comercialize o seu CD para as obras de caridade da sua Paróquia.
Cá por mim continuarei a utilizar preferencialmente estas imagens neste blog e em especial no blog, que criei para meu pai, http://povoa.blogs.sapo.pt., local esse preferencial para a divulgação destas fotos.
Bem-haja.
Deste seu amigo e descendente dos Simões da Pampilhosa.
Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado