Fala-me de amor! (Comentários)
Dizias-me há pouco - deixa para lá e não te importes -
Quando te disse que ia deixar o blog.
Tu mais que ninguém dás valor à minha poesia.
Tu mais que ninguém sabes como gosto dos teus quadros.
- Deixa para lá!
FALA-ME DE AMOR
(Rogério Martins Simões)
Fala-me de amor - disseste,
quando nos recantos dos jardins
as barreiras nos impediam de pisar a relva.
Rompiam as memórias
e um ligeiro vento
arrastava as folhas secas do velho plátano.
Era tão tarde…
e ainda agora despontavam as histórias...
Olhei sem desvario.
Antes, quando me debruçava no teu peito,
eras rio,
eras só rebuçado!
E trazíamos nos pés alpercatas,
com asas,
que reluziam por cima dos muros
e o chão era mais leve que o algodão…
Sabes?
A cidade fede devaneios
e as árvores crescem nos telhados das casas.
Não te vou falar de amor, não!
Reservo para mim as sensações dos velhos tempos.
Agora, restam umas quantas folhas que vêm ter comigo:
Somos dois silêncios!
Dois estranhos castanheiros perdidos na cidade…
01-02-2006.
Algumas palavras desfasadas no tempo
Em finais de 2005, quando este blog atingiu um número significativo diário de visitas, mais de 2000, farto de ser insultado, apaguei quase tudo, inclusive os contadores, pensando não mais retomar e escrevi:
PARTIR…
Tenho feito tudo para parar…
Falta-me a coragem para partir…
Se escrevo e não quero, porque escrevo?
Tenho de voltar à fogueira...
Recuperar o fogo que apagou a minha poesia.
Pouca sorte partir; pouca sorte chegar…
Estou cansado.
Sobra um grito que ecoa pelos confins dos tempos
- Honra e glória aos poetas
Viva a poesia!
07-10-2005 20:36:59
(Rogério Simões)
Durante meses nem sequer me atrevia a abrir o blog. Em Abril de 2006 resolvi voltar e escrevi a seguinte mensagem no espaço que antecedia o poema FALA-ME DE AMOR
Tenho para aqui andado em viagem, numa agitação consumida, cheia de interrogações e deixei de escrever poesia…
A poesia faz-me sofrer!.
Tento resistir a esta forte energia que me agita, que me consome.
Se escrevo sofro! Se não escrevo morro!
Hoje, quase sem querer, vim aqui dar de novo e fiquei sem palavras com as palavras de pura amizade dos meus amigos. Então, quase sem dar por isso, recuperei algo que escrevi recentemente e vos deixo aqui.
Abril de 2006
Foi por isto que deixei os comentários a este poema. Posto isto e como gosto deste poema resolvi reeditá-lo noutro espaço
Cumprimentos
Rogério Simões
29-11-2006 0:44:31