Poucos reflexos me restam
POUCOS REFLEXOS ME RESTAM...
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POUCOS REFLEXOS ME RESTAM...
(PampilhosÓleo sobre tela Elisabete Sombreireiro Palma)
(National Geographic Photos)
(foto Padre Pedro - Pampilhosa da Serra)
Agradeço a todos a vossa presença e a todos aqueles que deixaram comentários.
Foram e são os que me visitam a razão para continuar.
Gosto de sonhar;
porque o sonho convertido em poemas
dá luz ao pensamento.
Eram assim, os meus poemas, quando noite fora os libertava…
A lua é a minha companheira e conhece de cor esses poemas.
Hoje conservo aqueles que apoiastes desde 2004, e alguns, poucos, que amigos e familiares me reproduziram.
Por tudo isto, e porque é noite, sou um viajante noctívago.
Amanhã, acordarei fatigado
e na confusão dos corpos cansados,
dos transportes apinhados,
retomarei a rotina que a sorte e o destino me deram.
Tudo isto para vos dizer obrigado
(Elisabete Sombreireiro Palma)
TAIZÉ
Ontem olhei o céu
Estava diferente...
Vi uma nova estrela reluzente
Indicando o caminho do amor.
Brilhava tanto...
Era enorme
Cintilava do pulsar da oração.
De repente,
Tão de leve,
Que de leve nem se sente,
Escutei no meu coração:
Taizé
Irmão Roger Schutz
Sabes:
"No início de tudo está a confiança do coração"
18/08/2005
Este poema, brejeiro, foi escrito recentemente. O seu autor tem 85 anos de idade e merece ser divulgado.
Em dias de Carnaval nada melhor que uma bela risada como nos sugere o poeta – José Augusto Simões - meu pai e meu mestre de poesia.
Para meus pais ainda vivos todo o amor do mundo.
Rogério Martins Simões
HISTÓRIAS ANTIGAS….
Amanhã é Domingo
Vou ao moinho…
Se me queres ver
Vai ter ao caminho.
Filho duma mãe…
Não me compreende.
- O pai do menino
Na cama se estende!
Chegas ao caminho
A estrada é estreita
Entramos no mato
Está a cama feita!
A cama está feita
Não precisa de enxerga
Só é preciso teres
Tesa bem a verga …
A cama está feita
Logo se agacha
Pega-se na verga
Mete bem na racha!
Metida na racha
Até o mato dança
Bates à vontade
A racha não cansa
Depois da primeira
É a tua vez
Em vez de uma só
Dás duas ou três…
Está o trabalho feito
Olhas bem para o lado
Eu vou para o moinho
E tu pró Valado
Vais para o Valado
Passas no caminho
Se tiveres mais fome...
Vai ter ao moinho.
12-10-2006
(Nasceu em 1922)
TEM O NOME DE SARA
(
Não conheço Cabo Verde
Deve ser terra formosa
Mandou para Portugal
Uma flor tão mimosa.
Tem o nome de Sara
Seria, outro qualquer
Tem o curso de Doutora
Esta jóia de mulher.
Quando ela sai à rua
Com seu fato de cetim
Até as pedras que pisa
Ficam cheias de alecrim.
Quando caminha na rua
Todo o seu andar tem graça
Até a árvore se verga
Pra ver a rosa que passa
A mãe que a deu à luz
Deve ter muita alegria
Por ter no mundo uma filha
Com tão grande simpatia!
O jovem que a escolheu
Teve uma boa opção
Deve tê-la bem guardada
Dentro do seu coração.
18/8/2006
(Agradecimento, pela ajuda que me tem dado em toda a minha doença. J.A.S. 84 anos, nasceu na Póvoa Pampilhosa da serra)
Este poema foi escrito recentemente pelo meu querido pai, meu mestre e enorme poeta popular que rasgou sempre o que escreveu. Devo tudo a meu pai – até este poemas escrito a meu pedido
Lagoa azul
Rogério Simões
Radia o sol
Com esplendor de luz
Na tua imagem…
Voa pomba…
Voa perdiz…
Voa pavão…
Se tiveres coragem…
Que se espraie o amor
Na lagoa azul
Do meu coração.
1974