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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

Poucos reflexos me restam

exercicios.jpgPOUCOS REFLEXOS ME RESTAM...

Rogério Simões
 
Poucos reflexos me restam...
Muitas artes me esperam
 e eu não vou
Que importa a poesia
que não se escreve!?
 
Soluço tantas vezes
os meus poemas...
Engulo as penas
E com algemas
Desesperadamente
Não apanho os versos...
 
Se ao menos
a outra mão me acompanhasse
Deixasse de tremer
Enquanto escrevo poesia
Certamente prometia
Não mais chorar.
 
E se neste acervo
Eu achasse... qualquer remédio
(Uma pílula milagrosa qualquer)
Que me pudesse rejuvenescer
Parasse este meu tango
A que chamam de Parkinson.
Voltaria a dançar fandango
Voltaria a dançar o charleston.
 
16-05-2005 18:46
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Respiro poesia...

 

(PampilhosÓleo sobre tela Elisabete Sombreireiro Palma)

RESPIRO POESIA
Rogério Simões
 
Respiro a poesia
Como este puro ar
Que alimenta a alma
E regenera o corpo.
Vem oh inspiração!
Em ti me encorpo:
Sou galé a navegar!
Puro sal misturado no copo:
Musa do meu versejar
Leva a ode até ao topo.
 
Vou partir
Descobrir povos e marés
Fui marinheiro
Sou poeta,
Porto de abrigo,
Arca da aliança
Cantem sereias,
Portos e galés
Corre a poesia
Nas minhas veias.
 
30-09-2004 23:28:59
Aldeia do Meco
(Poema dedicado ao Poeta Daniel Cristal) 
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O MENINO, O CÃO E O OSSO

 

(National Geographic Photos)

O MENINO, O CÃO E O OSSO
(Rogério Simões)
 
Aquela criança loira
Tinha um cão,
De cor de cinza,
Que a ternura lhe dera.
No rostito chorão,
Havia bocados limpos,
Desenhados
Pela língua do cão.
 
E eram beijos,
Mil vezes dados,
Sem favor,
Pelo lambão.
 
E o menino jogava
A bola de meia
Para longe.
O cão ia e regressava,
Mordiscando na peúga.
E ia atrás do cão!
E iam atrás do osso!
E ficavam atrás do pão...
 
Lisboa, 1969
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agradecimento

(foto Padre Pedro - Pampilhosa da Serra)

 

Agradeço a todos a vossa presença e a todos aqueles que deixaram comentários.

Foram e são os que me visitam a razão para continuar.

Gosto de sonhar;

porque o sonho convertido em poemas

dá luz ao pensamento.

Eram assim, os meus poemas, quando noite fora os libertava…

A lua é a minha companheira e conhece de cor esses poemas.

Hoje conservo aqueles que apoiastes desde 2004, e alguns, poucos, que amigos e familiares me reproduziram.

Por tudo isto, e porque é noite, sou um viajante noctívago.

Amanhã, acordarei fatigado

e na confusão dos corpos cansados,

dos transportes apinhados,

retomarei a rotina que a sorte e o destino me deram.

Tudo isto para vos dizer obrigado

Rogério Simões

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Odisseia

(Elisabete Sombreireiro Palma)

ODISSEIA
Rogério Simões
 
Se ao menos me dissessem
- podes esperar!
Se a soma dos meus pensamentos
fossem a resolução dos meus lamentos,
voltaria a ter um sorriso aceso de criança,
gaiato,
pendurado no beiral
da plenitude da minha odisseia.
Desfaço o nó imaginário,
na corda
que enrola as minhas mãos,
e deixo deslizar o pião
08-06-2006
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Eugénio de Andrade

 

EUGÉNIO DE ANDRADE

Rogério Martins Simões

 
Lenço alvo... acena
Na cena da despedida
Lírio do campo
Minha alma açucena
Toda vestida de branco
Por ti
 
Pudesse eu juntar-te rosas...
Às tuas orquídeas e frésias...
É ainda Primavera!
Dou-te um cravo vermelho
Colhido na minha cidade.
 
É tarde!
Não vai chegar a tempo...
Não ouvirás falar de mim
Encarnado na resistência
Entre fragas e falésias...
Poeta menor, assim.
 
De génio e claridade
É a tua poesia
Minha alma açucena
Toda vestida de branco
Por ti
Eugénio de Andrade
14/06/2005
 
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TAIZÉ

TAIZÉ

Rogério Simões

 

Ontem olhei o céu

Estava diferente...

Vi uma nova estrela reluzente

Indicando o caminho do amor.

Brilhava tanto...

Era enorme

Cintilava do pulsar da oração.

De repente,

Tão de leve,

Que de leve nem se sente,

Escutei no meu coração:

Taizé

Irmão Roger Schutz


 

Sabes:

"No início de tudo está a confiança do coração"

18/08/2005

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A moleirinha...

 

 

Este poema, brejeiro, foi escrito recentemente. O seu autor tem 85 anos de idade e merece ser divulgado.

Em dias de Carnaval nada melhor que uma bela risada como nos sugere o poeta – José Augusto Simões - meu pai e meu mestre de poesia.

Para meus pais ainda vivos todo o amor do mundo.

Rogério Martins Simões

 

 

HISTÓRIAS ANTIGAS….

 

Amanhã é Domingo

Vou ao moinho…

Se me queres ver

Vai ter ao caminho.

 

Filho duma mãe…

Não me compreende.

- O pai do menino

Na cama se estende!

 

Chegas ao caminho

A estrada é estreita

Entramos no mato

Está a cama feita!

 

A cama está feita

Não precisa de enxerga

Só é preciso teres

Tesa bem a verga …

 

A cama está feita

Logo se agacha

Pega-se na verga

Mete bem na racha!

 

Metida na racha

Até o mato dança

Bates à vontade

A racha não cansa

 

Depois da primeira

É a tua vez

Em vez de uma só

Dás duas ou três…

 

Está o trabalho feito

Olhas bem para o lado

Eu vou para o moinho

E tu pró Valado

 

Vais para o Valado

Passas no caminho

Se tiveres mais fome...

Vai ter ao moinho.

 

José Augusto Simões

12-10-2006

(Nasceu em 1922)

 

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Tem o nome de Sara

TEM O NOME DE SARA

(José Augusto Simões)

 

Não conheço Cabo Verde

Deve ser terra formosa

Mandou para Portugal

Uma flor tão mimosa.

 

Tem o nome de Sara

Seria, outro qualquer

Tem o curso de Doutora

Esta jóia de mulher.

 

Quando ela sai à rua

Com seu fato de cetim

Até as pedras que pisa

Ficam cheias de alecrim.

 

Quando caminha na rua

Todo o seu andar tem graça

Até a árvore se verga

Pra ver a rosa que passa

 

A mãe que a deu à luz

Deve ter muita alegria

Por ter no mundo uma filha

Com tão grande simpatia!

 

O jovem que a escolheu

Teve uma boa opção

Deve tê-la bem guardada

Dentro do seu coração.

18/8/2006

 

(Agradecimento, pela ajuda que me tem dado em toda a minha doença. J.A.S. 84 anos, nasceu na Póvoa Pampilhosa da serra)

Este poema foi escrito recentemente pelo meu querido pai, meu mestre e enorme poeta popular que rasgou sempre o que escreveu. Devo tudo a meu pai – até este poemas escrito a meu pedido

Rogério Martins Simões

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Lagoa Azul

Lagoa azul

Rogério Simões

 

Radia o sol

Com esplendor de luz

Na tua imagem…

Voa pomba…

Voa perdiz…

Voa pavão…

Se tiveres coragem…

Que se espraie o amor

Na lagoa azul

Do meu coração.

1974

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amrosaorvalho.gif

MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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