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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

Real Bordalo

 

 

 

REAL BORDALO
Rogério Martins Simões
 
Apanho o eléctrico amarelo à pendura,
Agacho-me para o condutor não ver,
O que as tintas, e pincéis de seda pura,
Imortalizaram numa tela sem perceber.
 
Miúdo traquina pendurado na pintura…
Brincando às escondidas sem saber,
Que um pincel o apanhou com ternura.
Viaja de graça num quadro sem o ter…
 
E salta para o chão em andamento.
Abala, embalo, travo e não me estalo…
E o Mestre pinta na tela o movimento.
 
E ficam as cores arco-íris nas telas.
Os putos, os eléctricos e as vielas.
Lisboa é toda sua! - Real Bordalo.
 
Lisboa, 30 de Janeiro de 2007

 

 

  



 

 

 



 

 

 

Artur Real Chaves Bordalo da Silva


 

Real Bordalo é um "pintor de Lisboa", cidade onde nasceu em 1925. O seu talento para o desenho e pintura manifestaram-se muito cedo, tendo, com apenas 16 anos, sido admitido como pintor profissional, na Cerâmica Constância Faiança Bastitini.

Após uma experiência de sucesso na cenografia, onde trabalhou com Leitão de Barros, frequentou as aulas da Sociedade Nacional de Belas Artes, tendo como mestres em aguarela Alberto de Sousa e Alfredo Morais.

Ao longo da sua carreira, Real Bordalo realizou inúmeras exposições colectivas e individuais, não só no País mas também no estrangeiro. Viu também reconhecido o seu talento através da atribuição de vários prémios e galardões e a sua obra encontra-se representada em museus nacionais (entre os quais o Museu José Malhoa e os Museus Municipais de Lisboa e Amarante) e ainda diversas colecções particulares em

Portugal, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Espanha.

Os seus laboriosos 81 anos de vida, que festeja no ano em curso, proporcionam-nos uma obra amadurecida e pujante, cuja imagem de marca são as aguarelas com nostálgicos nevoeiros e neblinas, e que ilustram bem o seu mérito artístico como pintor.

(Texto extraído da exposição Percursos)

 


 

Parkinson: Últimas notícias

Abril

Investigadores descobrem mais sobre a origem do mal de Parkinson
Abril - São Paulo,SP,Brazil
Uma falha no modo como as células limpam as suas partes danificadas pode ser a origem dos sintomas da doença de Parkinson, segundo cientistas da ...
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Células tiradas de testículo funcionam como células-tronco
Estadão - São Paulo,SP,Brazil
... e cientistas acreditam que poderão oferecer tratamentos para doenças como o mal de Parkinson, diabete e lesões da coluna vertebral. ...
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Pilates debaixo d’água é uma das novidades para o verão
Jornal da Manhã - Uberaba - Uberaba,MG,Brazil
"O Water Pilates pode ser usado em reabilitação e tratamento de várias patologias, como fibromialgia, artrose, artrite, esclerose múltipla, mal de Parkinson ...
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Expresso

Doença de Alzheimer 'nasce na barriga'
Expresso - Porto,Portugal
... estão na origem de doenças como Alzheimer, Parkinson, diabetes e até cancro - até aqui atribuídas a um funcionamento deficiente de certas células. ...
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Expresso

Três cientistas galardoados por descoberta de vírus
Expresso - Porto,Portugal
... a influência dos vírus em doenças como o Parkinson - eo papiloma vírus humano responsável pelo cancro do colo do útero, o alemão Harald zur Hausen. ...
Veja todos os artigos sobre este tópico

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Corri para a janela

(Casa antiga no Menino de Deus)

 

 



 

Corri para a janela

Rogério Martins Simões

 

Sabes?

Eu não vou à janela

para te ver partir…

Porque se corro para ela

É para de te ver sorrir.

 

Encontro no amor o coração

Desencontros no amor,

amor, não

Ferida dilacera,

já não quero rir...

 

E se triste me encontrar,

Na espera,

encontro no amor

a força para amar

Corri à janela p´ra te ver sorrir

1973

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Caminho que destino?

(Óleo sobre tela Elisabete Sombreireiro Palma)

 

Caminho que destino?

(Rogério Simões)

 

Caminho! Que destino?

Por portas e travessas

Já sou velho! Fui menino!

Meus sonhos tiveram asas,

Asas de passarinho,

Agora não tenho pressas!

 

Deixei o meu soluço

Deixei a minha tristeza

Afinal o meu percurso

Foi a minha grande riqueza

 

Aqui ou em qualquer lugar

Volte de novo a ser dia:

Quero luz para iluminar

A alma que Deus me deu:

Num azul cor de mar!

Num azul cor de céu

 

 

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Improviso da alma e do poeta

NationalGeographic.jpg



 

 

Improviso da alma e do poeta
(Rogério Martins Simões)
 
Dia a dia o desamor
Quebra o sentido da vida
Sofre-se em segredo
E na incerteza...
Reina a ganância,
A injustiça
O sofrimento, a pobreza
E o medo!
 
É fácil dizer:
Temos de ser solidários!
Ser… não é fácil?
A vida é tortuosa,
Manhosa
Vai tudo numa pressa.
E na pressa tudo olha
Nada se vê!
 
Olho! Nada vejo!
Olho! Nada sinto!
Olho! Olho! Olho!
Que vejo?
 
Vai tudo na pressa
À velocidade do salário.
Vai tudo na pressa
À velocidade do ganho!
E o homem virou máquina,
Computador
Autómato.
 
Mas… o luar está igual
O céu não mudou!
 
Mudou a humanidade
Que perdeu a individualidade.
Passámos a ser números,
Peças de inventário.
Desumanidade!
 
Dia a dia
Caem os valores morais
Perfilam as estatísticas
Dos ganhos:
Ganha a produção:
Ganha-se menos!
Trabalha-se mais:
Ganha-se menos!
Que importa?
Se um homem tem fome?
E se há revolta.
Que importa?
A quem importa?
Importa é o dinheiro
Ser rico,
Virar banqueiro.
 
Mas… a areia cintila no deserto!
E nem tudo o que brilha é oiro
- Não vedes o céu a irradiar?!
 
Não! A humanidade não luz:
A sociedade é egoísta,
Prolifera o desamor.
Importa é estar na "berra"
E neste egoísmo nada sobra.
Está quase a bater no fundo!
 
Estes tempos são difíceis
Só há tempo para o fútil,
Para a notícia brejeira,
Para a asneira
Para a coscuvilhice.
E nesta agitação…
A alma consome
E o corpo mata.
 
Mas o mar permanece azul!
O melro assobia
O vento vira furacão.
 
Passou o tempo…
(O tempo passa depressa)
E na pressa
Não há tempo para filhos.
Dos filhos para os avós.
Dos avós para os netos.
Dos meninos para a família!
 
Volta poesia!
Volta poeta...
Acredita...
Que estamos no Outono,
Mais logo… será Inverno,
Vem aí a Primavera
Tudo será verde… renascido,
E de volta ao lar,
Em redor da lareira
Quando o dia findar,
Os avós,
Os pais
E os netos
Recordarão histórias da vida,
Contadas sem segredos,
(Segredos bem guardados).
E desses segredos
Renascerão
Os gestos colectivos de amor
Repreendidos
E esconjurados
Os actos egoístas
De desamor.
 
E os meninos
De volta às escolas
(Sem números nas camisolas)
Pintadas a lápis de cor
Vão ter recreios doirados
Em mil e uma aventuras.
E se treparem às arvores,
Subirão à “Torre de Babel”
E todos se entenderão
Na mesma língua.
Porque a terra vai ser paraíso
E os frutos não mais serão proibidos...
 
Lisboa, 29-10-2004 22:27:03
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Leva contigo este pedaço de mim

(LEONARDO Da VINCI)

 

 

 

LEVA CONTIGO ESTE PEDAÇO DE MIM

Rogério Martins Simões

 

O tempo passa

Mas mesmo assim

Não tenho pressa

Permanece em mim

Este lago de amor

Onde todos os dias me banho

Para te encontrar!

 

Toma-o!

Leva contigo este pedaço de ti…

Aceita-o, eu me dou.

E neste lago, feito poema

Eu me vou!

Em beijos, perfumes e flores

Hoje tudo te quero dar.

 

E se neste momento de dor

(Amor e não pena)

O teu perfume é assim:

Do mais distinto odor

Que sejas hino e louvor

E a tua alma sorrindo!

 

Elevei o meu espírito

Quando um dia te conheci!

A minha alma uniu-se à tua

E é tão lindo!

 

19-10-2004 0:00

(Aniversário de 2004)

 

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SAPO, agradecimento público +++ grato

(VAN GOGH)

 

POEMAS DE AMOR E DOR

Bastam pequenos nadas de tudo

De tudo, mais pequenos que o sejam

Dos pequenos gestos, contudo,

Todos os esperam e desejam

Sejamos felizes!

Romasi

 

 

Venho agradecer ao grupo gestor dos blogs do Sapo, por terem colocado a minha poesia em destaque. Acreditem que desconhecia por completo que no passado já a tinham colocado em evidência; tal como desconhecia o que fizeram o favor de me lembrar.

Quando assim é sinto-me pequeno do tamanho do menino que já fui e que está na foto do meu blog.

Quero agradecer ao Sapo a oportunidade que me deram, ao longo destes quase 3 anos, em divulgar a minha poesia. Graças ao Sapo a minha poesia já se encontra em três dos maiores e dos melhores sites brasileiros e espalhada livremente por sites e páginas de amigos que entenderam e gostaram da minha poesia.

Também fui convidado e já enviei para publicação dois poemas, um dos quais inédito no Sapo, que irão fazer parte de uma colectânea poética na justa homenagem à grande e saudosa poetisa Natália Correia.

A responsabilidade é grande! Tenho resistido a vários convites para passar a livro a minha poesia que por “culpa” dos que abaixo responsabilizo não foi parar ao lixo:

 

  1. Meu pai com 84 anos, poeta e mestre, que “ganhou” em meu nome os “Jogos Florais” nos anos 60. Também um “destruidor” da sua poesia e que tenho conseguido apanhar e divulgar no blog que para ele criei http://povoa.blogs.sapo.pt ;
  2. Minha companheira e esposa que não me deixou rasgar os poemas que não lhe foram dedicados e os outros escritos para ela. Agradeço-lhe também a sua reconhecida arte de bem pintar, como é disso exemplo, a imagem dos “Poemas de amor e dor”
  3. O grupo de poetas de Almada na pessoa de Ermelinda Toscano;
  4. Poetas portugueses Daniel Cristal e Feerol; Poetisa brasileira Efigénia Coutinho e o Roberto oliveira que me receberam de braços abertos e outros que agora não recordo os nomes;
  5. O poeta, colega e amigo José Baião;
  6. Ao Sapo que me disponibilizou este meio de comunicação;
  7. Colegas actuais e antigos de trabalho onde destaco Cristina Coelho, Teresa Madaleno e o Jaime Silva entre muitos;
  8. A poetisa Maria Petronilho;
  9. Os meus companheiros portadores da doença de Parkinson, nomeadamente, a professora Dalva Molnar no Brasil;
  10. Todos aqueles que me incentivaram e apoiaram nas horas boas e más visitaram ou deixaram o seu comentário construtivo no blog com a minha poesia. Um especial agradecimento aos amigos que me apoiam desde 2004: à Heloisa; à Cris; à Maria Branco; à Rosa dos Açores e a todos aqueles que criaram link para P.A.D. 

Quero terminar dizendo-vos que tudo farei para continuar a merecer a atitude que tomaram, e que, de facto, entenderam a minha mensagem, como, aliás, escreveram.

Não espera isto. Repito que desconhecia o anterior destaque e se fui ingrato em não agradecer, foi, com toda a certeza em momento de desespero, quando a minha doença de Parkinson quis tomar conta do meu espírito.

Obrigado a todos

Rogério Martins Simões

 

CONVITE
POETAS ALMADENSES
CONVIDAM-NO (A) a PARTICIPAR
NA
TERTÚLEA POÉTICA
Sábado, 27 de Janeiro de 2007 a partir das 17 horas
No café Sabor & Art
Rua Cândido dos reis n.º 88 – Cacilhas
PORTUGAL

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VOLTEI! (Reeditado)

 

Rogério Simões

 

3 meses

(5/7/1949 - 5/10/1949)

 

 

 

 

VOLTEI!
 
(Rogério Martins Simões)
 
Venho dos limites do tempo
De uma galáxia qualquer
Já fui mar, já fui vento
Agora sou pensamento
Aparado em dado momento
No ventre de uma Mulher!
 
Meu corpo é magistral!
Brutal! Perfeito! Soberbo!
De início não era verbo
Agora sou o verbo ser
 
Tenho comigo segredos
Segredos do universo
Transporto no corpo recados
Escrevo em forma de verso.
Venho dos limites do tempo
Não sei o que fui e sou:
Deserto? Nascente?
Já fui Norte, já fui Sul
Pó astral, mar azul!
Luar, estrela cadente.
 
Eu me vou!
Partirei num cometa qualquer
E serei novamente pôr-do-sol.
Cor-de-rosa, aloendro, malmequer!
 
Voltei...Já cá estou…
Agora sou pensamento
Nascido em dado momento
Do ventre de uma Mulher!
 
23-09-2004 18:39
Aldeia do Meco
 
(Este poema foi gravado em MP3 pelo Luís Gaspar nos Estúdios Raposo – para o programa “Lugar aos novos” – e pode ser copiado seguindo o link no lado direito.

 

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Desejo

 

 

 

 

DESEJO
Rogério Martins Simões
 
Fui ver o pôr-do-sol
As ondas do mar
Fui e encontrei
Em cores de arco-íris
Com que sonhei
O teu amor.
Fui e encontrei
A tua vida.
 
Era noite
Olhei teu manto
De virgem
De natureza pura
E a única loucura
Que encontrei
Foi o luar
Que te beijava com ternura.
 
1969

 

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Não sei rimar palavras azedas!

(Foto Padre Pedro)

Não sei rimar palavras azedas!

(Rogério Simões)

 

Não sei rimar palavras azedas!

Não sei encurtar, nem cortar as palavras!

Reajo às nefastas evidências

E cerro o punho na mesa.

Não acendo as letras apagadas,

Nem cedo às letras indefinidas.

Sou um iletrado,

Nas palavras que sobram das letras.

Renuncio às funestas evidências da alma

E volto-me para a luz

Bate o sol no meu olhar!

17-10-2006 21:37

(Dedicado à poetisa Efigénia Coutinho)

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A dor que se tenta esquecer

 

 

A DOR QUE SE TENTA ESQUECER

ROMASI

 

Quantas vezes

Dizes esquecer,

Mas não podes esconder:

A traição que me rasgou o corpo.

O corpo que te tapou o gesto.

O gesto que te alentou a vida.

 

Quantas vezes

Soletras ódio.

O ódio que destrói a alma.

A alma que sustém a vida.

A vida que retém a dor.

A dor que me sobra tanto.

O tanto que te dei

E que canto.

 

Quantas vezes

De luto me visto.

Visto dar sem receber

Receber nada, sem nada ter

Tenho a dor que não quis

- Quisera alguém sofrer?

 

Quantas vezes

De cor me viste…

Visto que só luto me deste.

Deste amor sem amar

Amar sem amor não compensa

Compensa perdidamente ficar?

Ficar?

Só quando o amor apareça.

 

Quantas vezes

Hesitei e não parti.

Parti sem coragem e voltei

Voltei a morrer e morri

Morri mas ressuscitarei.

 

Sabes:

O amor perdido por vezes

À espera que algo aconteça

Retém o corpo por meses

E nós ficamos sem pressa

 

Quantas vezes

Deveria ter partido

E mais partido fiquei…

 

Maio de1979

(Publicado em Índex Poesis - Almada)

(Caderno “uma dúzia de páginas de poesia n.º 41”)

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MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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