Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA
Poeta: Rogério Martins Simões
Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004
Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda
Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA
Poeta: Rogério Martins Simões
Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004
Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda
A minha homenagem a todos os poetas conhecidos ou desconhecidos. O meu agradecimento a todos os poetas que doam a sua poesia.
O meu agradecimento a vós todos que, como eu, gostais de poesia.
Como humilde poeta, mas poeta, não posso deixar passar este dia sem que vos diga, que respiro poesia, que amo a poesia, que a poesia faz bem à alma e regenera o corpo.
A poesia é para mim a expressão da alma - a alma de poeta - e se por vezes pareço morrer num verso, ressuscito novamente num canto, - no canto mágico dos poetas.
... E um dia acordas e descobres que tudo mudou...
....que afinal os teus olhosandavam fechadose que não viveste, apenas passaste pela vida...
Mas agora, de olhos bem abertos, descobres que o melhor vem de dentro de ti, que podes amar sem motivo e podes sonhar sem uma razão...
....só tens de aproveitarcada momento da tua vida e manter os olhos bem abertos, porque a vida só existe realmente, para quem sabe vive-la, na sua plena essência...
Ao longo da tua vida colherás os frutos da semente que tu plantas em cada dia....
.... se não tiveres os frutos, não desistas, ainda ficam as flores...
... se não conseguires as flores.. que importa? Ainda tens as folhas....
.... mas se nem mesmo tiveres as folhas... abre a tua mão: ainda te resta a semente...
Foi em 6 de Março de 2004 que criei este blog e iniciei a divulgação da minha poesia: “Poemas de Amor e Dor”.
Quando criei este blog para divulgar a minha poesia, (aquela que não rasguei, e mais uns quantos poemas) jamais imaginaria que passados três anos este blog tivesse existência.
Ao longo destes 3 anos criei empatia, (ou não) e foi graças a muitos de vós que voltei a escrever poesia quando de todo pensava não mais escrever. A simples razão de eu vos ter encontrado é a verdadeira razão de ter voltado. Com a poesia amansei as minhas dores que embora irreversíveis navegam entre a esperança e a fé…
Escrever poesia é um acto de muito amor - podem crer. É como tivesse uma segunda vida, vida secreta e discreta dirão aqueles que me conhecem e, feitas as contas, nunca deram conta que era poeta – um humilde poeta. No entanto estava ali, quando num simples e genuíno gesto dava passagem a uma senhora ou um lugar sentado aos mais idosos.
Tal como interagi convosco ao longo destes 3 anos, também alguns poetas influenciaram a minha poesia. Está e estará sempre no topo Fernando Pessoa. Mas outros houve, desde meu pai ao grande poeta libanês de nome - Khalil Gibran.
Gibran Khalil Gibran (6 de dezembro de 1883, Bicharre, Líbano - 10 de abril de 1931, Nova Iorque) foi um ensaísta, filósofo, prosador, poeta, conferencista e pintor de origem libanesa. Khalil Gibran produziu uma obra literária marcada pelo misticismo oriental, que alcançou popularidade em todo o mundo. A obra literária de Gibran, acentuadamente romântica e influenciada pela Bíblia, Nietzsche e William Blake, trata de temas como o amor, a amizade, a morte e a natureza, entre outros. Escrita em inglês e árabe, expressa as inclinações religiosas e mística do autor. Sua obra mais conhecida foi Asas Partidas, que fala da primeira história de amor dele.
Seu nome completo é Gibran Khalil Gibran, assim assinando em árabe. Em inglês, preferiu a forma reduzida e ligeiramente modificada de Khalil Gibran.
Texto retirado da Wikipédia, a enciclopédia livre.
É deste grande poeta o poema que quero aqui deixar no mês em que POEMAS DE AMOR E DOR comemora 3 anos de existência.
UM POEMA DO POETA KHALIL GIBRAN
(DO LIVRO “O PROFETA”)
O Dom
Então um homem rico disse:
- Fala-nos do dom.
E ele respondeu:
- Dais muito pouco,
Quando dais daquilo que vos pertence.
Quando vos dais a vós mesmos
é que dais realmente.
Que é aquilo que vos pertence,
senão coisas que conservais ciosamente,
com medo de vir a precisar delas amanhã?
E amanhã,
que trará o amanhã
ao cão demasiado prudente
que enterra os ossos na areia movediça
enquanto segue os peregrinos
a caminho da cidade santa?
E que é o medo da miséria,
senão a própria miséria?
Quando o vosso poço está cheio,
não é o medo â sede
que torna a vossa sede insaciável?
Alguns dão pouco
do muito que têm, e fazem isso
em troca do reconhecimento,
e o seu desejo oculto
corrompe os seus dons.
Outros têm pouco
e dão tudo.
Estes são os que acreditam na vida,
na bondade da vida;
e o seu cofre nunca está vazio.
Há quem dê com alegria,
e esta alegria é a sua recompensa.
Há quem dê cheio de dores,
e essas dores são o seu baptismo.
Há ainda quem dê, inconsciente,
da sua virtude,
sem nisso sentir dor nem alegria.
Dão como os mirtos do vale
que a espaços atiram para o céu
o seu perfume.
É bom dar quando nos pedem;
e é bom dar sem que nos peçam,
como bons entendedores.
E para o homem generoso,
procurar aquele que vai receber
é maior alegria do que dar.
E haverá alguma coisa
que possais conservar?
Tudo quanto possuís
será dado um dia.
Portanto, dai agora,
para que o tempo de dar seja vosso
e não dos vossos herdeiros.
Muitas vezes dizeis:
- Gostava de dar
mas só aos que merecem.
As árvores dos vossos pomares
não falam assim,
nem os rebanhos das vossas devesas.
Dão para poderem viver,
porque guardar é perecer.
Por certo
aquele que é digno de receber
os seus dias e as suas noites,
é digno de receber de vós
tudo o resto.
E aquele que mereceu
beber do oceano da vida
merece encher a sua taça
do vosso regato.
E que maior merecimento
do que aquele que reside
não na caridade,
mas na coragem e na confiança
de receber?
E quem sois vós
para que os homens
devam rasgar o peito diante de vós,
vencendo o orgulho,
para poderdes ver o seu mérito
a descoberto
e a sua altivez manifesta?
Procurai primeiro
merecerdes ser doadores
e instrumentos de doação.
Porque, em verdade,
é a vida que dá à vida,
e quando julgais ser doadores,
sois apenas testemunhas.
E vós que recebeis
- e todos sois recebedores–
não atireis para cima de vós
o peso da gratidão,
sob pena de impordes um jugo
a vós mesmos e àquele que dá.
Mas elevai-vos
juntamente com o doador,
usando os dons como asas.
Porque ligar demasiada importância
à vossa divida
é duvidar da sua generosidade,
que tem por mãe a Terra magnânima
e Deus como Pai.
Poemas de amor e dor
conteúdo da página
publicado às 21:55
MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975
Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado