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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

Dúvida



Dúvida

Rogério Martins Simões

 

Vejo-te ir,

Não vou conseguir chegar,

Se partir…

Vais regressar,

Mas tu já saíste,

E eu fiquei!

Deriva de mim a dúvida

E o conselho a seguir:

Rir de acordo,

Ou acordar a rir,

e ir

Ir por aí

Por onde o meu passo me leva

Atrás de tudo e de nada,

Porque no final tudo se queda...

 

Estou novamente perdido!

Vi-te partir!

Vais regressar!

Afinal prometeste voltar…

1985

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Pior que a dúvida

 

(Óleo sobre cartão Elisabete Sombreireiro Palma)

 

 

PIOR QUE A DÚVIDA

Rogério Martins Simões

 

Pior que a dúvida

É o silêncio

quando o silêncio pesa

Pesam as palavras

Não há certezas

A única certeza é a morte

E na dúvida

Ressoam os pensamentos.

As inquietações

O azar ou a sorte

É como se não existissem

soluções

 

Jogamos todos os dias a roleta…

E, estranhamente,

Quando estamos na valeta

O tempo passa lentamente

- Tão devagar que o tempo medra…

É como que se conservasse uma pedra

no sapato

 

Lancei fora tantas vezes a pedra…

E no ricochete

Vaporizei pó

e de novo se fez pedra

  

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Dizer para quê?

 

(Óleo sobre tela Elisabete Sombreireiro Palma)

 

 

DIZER PARA QUÊ?

Rogério Martins Simões

 

Dizer para quê?

Falar para quê?

Sentir para quê?

Viver para quê?

Faço perguntas:

Sem falar!

Sem sentir!

Sem viver!

 

Solto o meu ouvido

E o meu olhar de lince

À procura de resposta:

Sem falar!

Sem sentir!

Ou viver!

E por mais que pergunte

Sem dizer

Não consigo ver…

Falar!

Sentir!

Ou viver!

 

1979

 

 

 

 

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EFIGÉNIA COUTINHO e DANIEL CRISTAL - A tua melodia e Qual diapasão

 

(foto da autoria de Rogério Rimões)

 

 

Com a devida autorização destes dois grandes poetas, que muito estimo e admiro, deixo-vos com estes dois belos poemas.

Um momento sublime - um hino ao amor!

 

 

A TUA MELODIA

Efigênia Coutinho

 

Enfeitiçada pelo teu canto,

a sonhar e bailar nas vozes

dos pássaros, qual hino celeste,

seduzes-me a cada alvorecer.

 

Se o acaso permitir, este afeto

hei de consolidar, voando nas

asas dum Condor, viverei este

Amor que faz canção no peito!

 

Permanece onde estás, porque

cruzarei todos os céus e mares,

por este afago do teu clamor!

 

Sendo uma vereda infinita, viva

qual rosa-dos-ventos, elevada

ao tom maior do Amor sentido.

 

Balneário Camboriú

Abril 2007

(BRASIL)

 

 

http://www.avspe.eti.br/efigenia/indice.html

 

 

QUAL DIAPASÃO

Daniel Cristal

 

O encanto adentra o nosso canto

na voz do rouxinol ao pôr-do-sol;

a libelinha voa e também soa

nesse sinal bemol com que nos côa.


Vai no feliz sorriso da viagem

a paixão da palavra com sentido

na sua asa vibrante deslumbrante

qual vagem bi-fendida ressonante.


Não saio deste lugar, a melodia prende,

o timbre arrebata a melodia,

e a que não fende, afaga todo o dia...


É o espaço do amor, vivo sem fim

infindo o amor, infindo ao ouvido,

bandolim do olvido sustenido.

 

2007.Portugal

 

 

http://www.avspe.eti.br/daniel/indice.html





TANTA SEDE DESATINA…

Rogério Martins Simões

 

Corre a água cristalina

Mata a sede é fresca e pura

Vai à fonte a menina

Com espreitada formosura

 

Alagada por sorrisos…

Com que corres à fonte

De onde vêm os teus risos

-Vêm do cimo do monte!

 

Tanta sede molha os seios…

Tanta sede desatina…

Vem a fonte por seus meios

 

Corre a água cristalina

Enche o cântaro é fresca e pura

Não tem sede a formosura

 

 

 





Poemas de amor e dor conteúdo da página

DANIEL CRISTAL

(ARMANDO FIGUEIREDO)

 

 

 

Terei muito gosto e sentir-me-ei honrado pelo facto, se colocar 5 poemas em seu excelente Blog.

.

Um abraço,

Daniel Cristal

Poema de amor e dor, de Rogério Martins Simões, tem o orgulho e a felicidade de divulgar, com a devida autorização do seu autor, 5 poemas de um Poeta Maior de língua Portuguesa – ARMANDO FIGUEIREDO, que assina a sua poesia como DANIEL CRISTAL.

Ter poemas deste talentoso sonetista; deste enorme e esquecido poeta português neste meu humilde livro de poesia, é para mim um dos momentos mais importantes da história deste blog.

(NOTA)

Recebi uma nova mensagem, destes dois poetas amigos, concedendo-me autorização para editar dois novos e belos poemas. Por este motivo reedito este post para preparar o momento em que colocarei os dois magníficos poemas.

Finalmente, quero agradecer a estes dois poetas terem recebido e concedido valor à minha poesia. Desde 2004 que a página brasileira da ACADEMIA VIRTUAL SALA DOS POETAS E ESCRITORES, que pertence à poetisa Efigénia Coutinho, divulga a minha poesia. Saliento o facto de esta página ser das mais acedidas no Brasil e ter no seu seio grandes poetas portugueses e brasileiros a título gratuito

HONRA E GLÓRIA AOS GRANDES POETAS

Um beijo a Efigénia Coutinho e grande abraço ao poeta Daniel Cristal

 

 

 

(Poetisa Efigénia Coutinho)

EFIGÊNIA COUTINHO
Daniel Cristal


Do céu veio esta bênção, cheia de azul carinhoso,
e todo o horizonte esbelto se incendiou;
toda a musa parou, nenhuma mais ficou,
a não ser esta deusa dada ao seu gozo:

Ao gozo do prazer celeste, nada mais,
ao êxtase do amor mais puro que a vida;
penso até que a morte foi a pena erguida
para purificar a alma destes nossos ais...

E assim nos levou nas asas de uma pomba,
ou melhor: foi um arcanjo belo quem levou
as nossas almas plenas e as manejou
até às mãos de Deus, que, nunca, do amor zomba.

Nos teus olhos de azul, do azul mais brilhante
juntou-se o meu cristal ao puro diamante.

17.11.2005

 

 

O NÉCTAR

Daniel Cristal

 

Lembro-me que havia vento, e a cortina

movia-se como folha de videira;

era asa de seda à nossa beira

e eu co' a tua imagem na retina...

 

E também havia o som que encanta a dança;

abraçado ao amor, o nosso passo

dançava o acorde desse laço

que ata o coração e o amansa.

 

E foi assim p'ra toda a eternidade:

o vento a afagar o cair da parra,

a asa a transpor o cais da nossa barra

e a retina a amar-te a identidade...

 

E mais ainda: foi o néctar desse mosto

que embriagou a vida ao nosso gosto.

 

2007.Portugal

 

 

 

POETA É
Daniel Cristal

Poeta é quem me lê, é quem me sente;
Poeta é quem se emociona e se extasia
Com a poesia mais pura, a Harmonia
Da existência da hora florescente.

Poeta é quem me sente, quem existe
Como eu a aprender, ou decifrar
Sinais no Holomundo, crendo amar
O que, em todos nós, com Amor persiste.

Poeta sou eu, és tu, quem me elogia,
Somos nós, todos, Poetas, bem unidos,
E esta união é ubíqua em qualquer dia;

Poetas somos, agora e ternamente,
És tu, sou eu e ele, bem ungidos
Por Deus para amar tudo o que sente.

21.10.2004

 

 

 

O MEU CORAÇÃO DANÇA
Daniel Cristal

Hoje o meu coração baila alegre
e vive de contente este instante
em que o teu rosto traz a luz bastante
para iluminar todo o nosso albergue

É uma flor ao sabor do Sol radioso
um girassol de cor na minha rota
beleza a transpor a simples nota
duma outra partitura e outro gozo

Quando tira o véu descobre o xaile
o céu fica sem nuvem rodopia
a alegria da pelugem deste dia
e tudo nos convida ao eterno baile

Há som no tom que nos fulmina
e Cupido no ar com a sua lança
mas até o deus entra na dança
porque Zeus também tem a mesma sina.

2007.Portugal

 

ANDRÓMEDA E TESEU

Daniel Cristal

 

 

Perdi-me neste mar da imensidão...

Perdi-me numa noite! Quem me acode?

Quem me dá a sua mão ou a ilusão

de encontrar uma estrela numa ode?

 

Da palavra ao gesto, use a bússola,

perscrute o espaço de angústia,

descubra a Cassiopeia, a Menor Ursa,

ou a Estrela Polar, a estrela augusta.

 

Mude o rumo e espere a alvorada,

a aurora boreal ou a austral!

Vai nascer uma nova madrugada

com uma outra potência magistral.

 

Se a angústia persistir, palpite ainda

a Estrela da Manhã, ou, em nova sonda

o Cruzeiro do Sul, pois nunca finda

a beleza do Amor...E não se esconda!

 

Não se esconda no incerto deambular

a paixão de Andrómeda e Teseu;

não se esconda da luz, ela é polar,

e norteia ao inverso, tu e eu.

 

2007.Portugal

Todos os direitos reservados
ao poeta

Copyright©ArmandoFigueiredo

 


AQUI –BIOGRAFIA DO POETA

AQUI -Poemas escritos e declamados por Daniel Cristal



DEIXE UMA MENSAGEM PARA DANIEL CRISTAL



 

 

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RAMA

 

 

RAMA

Rogério Martins Simões

 

Um ramo!

E na ramagem um sonho

Deixado pelo ninho,

 atrás dele,

voando por além…

Um passarinho

recorda a sua rama…

 

Outrora era novo

Agora, quando invoca o nascer

As suas penas o julgam perdido

Na ira dos ventos vai morrer…

 

Triste passarinho

Triste emigrante sem destino.

Veio de uma terra distante

Em busca de outro caminho

 

Na vida há sempre aves

E uma ave não morre deitada….

 

Sem nada!

recordando o sonho que levou

Soltou a vida

Deixando nas recordações

As terras que semeou.

 

É noite!

Amanhã o sol voltará de novo

Mas ele já voou…

 

Lisboa, 14 de Fevereiro de 1969

(não resisti à tentação de vos dar a ler um poema de 1969 que recuperei dum velho caderno. O meu pedido de desculpas pelo atrevimento, mas está tal e qual como o escrevi quando tinha 19 anos, muitas preocupações e muitos sonhos...)

 

 

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FÁTIMA

 

 

 

FÁTIMA

Rogério Martins Simões

 

Acendemos as velas da penitência

Que ardem no meio das chamas

Acalmando a nossa consciência

Tanto sofrimento; tantos dramas

 

O sofrimento esbate a clarividência

Por um milagre esperas e clamas

Perdida a esperança na ciência

Resta a fé e Deus que tanto amas…

 

E se milagres da fé, na fé se derem

Coxos a correrem e os cegos a verem

Logo ali  prometemos voltar…

 

Pisaremos descalços com um sorriso

Estradas, caminhos… o que for preciso

E regressamos a Fátima para rezar.

13-02-2004 18:35:46

 

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Rosas

 

 

 

 

ROSAS
Rogério Martins Simões
 
Tinha por hábito dar flores.
Flores em forma de beijos:
Sementes dos desamores,
Contrárias aos meus desejos.
 
Via o dia com muitas cores,
À noite escrevia os meus versos,
Segredos das minhas dores,
Amores que me foram adversos.
 
Hoje, se recordo tudo isto,
Isto que revivo e insisto,
Nisto insisto e me revejo.
 
Voltaria para dar rosas.
Às flores mais preciosas:
Meus filhos e neto que beijo.
06-05-2004
 
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Esse teu mundo

 

(Foto da National Geographic)



 

ESSE TEU MUNDO

Rogério Martins Simões

 

Esse teu mundo…

Aberto e fechado.

Essa tua fortuna natural

Tuas montanhas

Aduladas,

(Meu pecado original),

Eu, bem as percorri…

 

Se neste canto as acordo…

Porque as logrei e perdi

É porque agora recordo

O tempo em que as abri …

06/02/1974

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amrosaorvalho.gif

MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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