EFIGÉNIA COUTINHO e DANIEL CRISTAL - A tua melodia e Qual diapasão
(foto da autoria de Rogério Rimões)
Com a devida autorização destes dois grandes poetas, que muito estimo e admiro, deixo-vos com estes dois belos poemas.
Um momento sublime - um hino ao amor!
A TUA MELODIA
Enfeitiçada pelo teu canto,
a sonhar e bailar nas vozes
dos pássaros, qual hino celeste,
seduzes-me a cada alvorecer.
Se o acaso permitir, este afeto
hei de consolidar, voando nas
asas dum Condor, viverei este
Amor que faz canção no peito!
Permanece onde estás, porque
cruzarei todos os céus e mares,
por este afago do teu clamor!
Sendo uma vereda infinita, viva
qual rosa-dos-ventos, elevada
ao tom maior do Amor sentido.
Balneário Camboriú
Abril 2007
(BRASIL)
http://www.avspe.eti.br/efigenia/indice.html
QUAL DIAPASÃO
Daniel Cristal
O encanto adentra o nosso canto
na voz do rouxinol ao pôr-do-sol;
a libelinha voa e também soa
nesse sinal bemol com que nos côa.
Vai no feliz sorriso da viagem
a paixão da palavra com sentido
na sua asa vibrante deslumbrante
qual vagem bi-fendida ressonante.
Não saio deste lugar, a melodia prende,
o timbre arrebata a melodia,
e a que não fende, afaga todo o dia...
É o espaço do amor, vivo sem fim
infindo o amor, infindo ao ouvido,
bandolim do olvido sustenido.
2007.Portugal
http://www.avspe.eti.br/daniel/indice.html
TANTA SEDE DESATINA…
Rogério Martins Simões
Corre a água cristalina
Mata a sede é fresca e pura
Vai à fonte a menina
Com espreitada formosura
Alagada por sorrisos…
Com que corres à fonte
De onde vêm os teus risos
-Vêm do cimo do monte!
Tanta sede molha os seios…
Tanta sede desatina…
Vem a fonte por seus meios
Corre a água cristalina
Enche o cântaro é fresca e pura
Não tem sede a formosura