SELOS DE PARTICIPAÇÕES EM “CIRANDAS” DE POESIA
PRÉMIOS RECEBIDOS E OUTRAS DISTINÇÕES
Os links estão ao lado
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Banner da autoria de Anne Muller
Não chores por mim, não chores, sabiá…
Rogério Martins Simões
Debaixo do sabiá está um homem a descansar
Dorme, dorme, cortador que sabiá não é pinho…
-Dorme, trabalhador que sabiá te vai abrigar!
-Sabiá onde estás? Oh meu lindo passarinho?
-Toma cuidado oh sabiá não o deixes acordar
Num galho de um sabiá, o sabiá faz o ninho
Vai-te embora oh caçador que sabiá quer pular,
Do cimo do sabiá, para a mata de rosmaninho
Uniram-se os sabiá e o homem ficou ao sol…
Debaixo do sabiá está agora um guarda-sol
Volta sabiá! Canta sabiá que alegria já não há
Eu vi um sabiá com uma semente no bico
Deitou-a a meus pés, eu com ela não fico
Volta a dar sombra sabiá! Vem cantar sabiá!
Lisboa, 13 de Março de 2007
Poemas de amor e dor
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publicado às 21:37
(Quadro do Metropolitan Museam of art)
A MENINA DANÇA?
Rogério Martins Simões
A menina dança? Vamos dançar?
Acerto o passo! Pula a paixão…
Olha-me nos seios, sobe a visão…
Olho-o nos olhos querem beijar.
Aperta, e abraça, bate o coração…
Somos os reis da festa: bonito par!
Sobe o compasso, protejo com a mão…
Você namora? Vamos namorar!
O tempo passa, resta a recordação:
Como é sua graça? Vamos casar!
Apagaram a luz, a noite e o luar…
A senhora dança? Agora não…
Minha mãe está bem assim?
Lavei no rio o meu corpo criado
Visto cambraia! Não visto cetim…
Seios de carmim e corpo cansado!
Lisboa, 22-09-2007 23:36:37
(Dedicado aos meus amigos dos blogs do jornal SOL)
Poemas de amor e dor
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publicado às 22:20
PRIMAVERA Daniel Cristal
A minha Primavera é o teu sorriso; por isso, não tem tempo, não tem ano, nem na cronologia qualquer dia. Ela é a alegria dentro do ser sano!
Pode mudar o tempo, pode até mudar as rotas do Rei-Sol, a translação de estrelas e cometas, que o teu olhar traz os prazeres da vida ao coração.
Ela anula as dores cruéis do corpo e alma transforma o que é triste em alegria na dádiva do amor - a imensa palma que traz felicidade ao dia-a-dia.
Logo, o teu sorriso é a Primavera que gera a alegria duma espera!
PORTUGAL
Poemas de amor e dor
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publicado às 23:07
Reencarnação Daniel Cristal Preciso de outro corpo que sustenha o brilho da firmeza, tida outrora, e que guarde esta alma com a senha duma senda vivida nesta hora... Preciso de emigrar, de transumância, de nova encarnação num outro corpo, porque este já não firma a elegância, e a um fácil desafio cai de borco. Preciso de dizer um obrigado a todo o amigo-companheiro, e despedir-me assim do ser amado... Irei voltar na forma de um obreiro que continua a obra inacabada, recordando a senha decorada. 2007.Portugal
de poesia
POESIA Y ALGO MAS
Quero agradecer à poetisa Anne MÜLLER o convite que me remeteu para mandar poemas para a Argentina.
Quero agradecer a MARIA ELENA Sancho
A tradução e adaptação poética para castelhano do meu poema inédito, “A MENINA DANÇA?”, e a sua gravação em mp3
OBRIGADO; Rogério Martins Simões
Poemas de amor e dor
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publicado às 22:56
Efigênia Coutinho & Daniel Cristal
Duetos
Meus Seios Efigênia Coutinho Meus seios, por onde desnuda-me latentes fantasias um fogo ateia de um Inverno vindo, cintila, por tua boca na espera... Meus seios, levo-te à boca, lês dormentes segredos e deleita-se ao beber o néctar, gostas de afagos do aroma mais fundo do meu ser... Meus seios, os beija faminto caça-me fêmea da ébria loucura com tua língua de veludo. Meus seios, delicio ao deleite nas labaredas da tua língua, ao meio das coxas vaza o teu pelo meu desejo! MAIO 2006 Balneário Camboriú PRELIMINAR Daniel Cristal É na língua que está a fantasia da tua-minha alegria, preliminar de um modo de amar o mar que se aviva no dia da alegoria... A língua e o beiço, teu e meu, a onda na nossa vaga cunilíngua; ela eleva-se à força dessa míngua que nasceu do desejo camafeu. Feia que seja, és semipreciosa! Pedra areia cheia desse beijo que arredonda o seixo... és gulosa. Nata batida faz gostoso queijo, a onda violentada, maré-viva, capricho de sereia, a mulher-diva. 21.05.2006 Portugal
Poemas de amor e dor
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publicado às 14:11
(ARMANDO FIGUEIREDO O POETA DANIEL CRISTAL)
Rogério Martins Simões tem a honra de receber no seu blog o grande poeta português DANIEL CRISTAL.
Falar em Daniel Cristal é falar num dos maiores poetas vivos de Portugal.
Mais uma vez obrigado ao poeta, a quem desejo muita saúde, e que Deus permita que permaneça muitos anos entre nós, que muito o admiramos.
ROMASI
Poemas de amor e dor
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publicado às 00:32
Abri a janela do meu quarto
Rogério Martins Simões
Abri a janela do meu quarto,
Era ainda manhã,
Em cima da mesa estava o coração!
Reparei na moldura,
Passei discreto,
Eram tempos de hesitação!
Que segredos guardam meus passos?
Que tristezas guiam meus conflitos?
Acabei por descobrir os meus laços,
Percorrendo sempre os meus gritos!
Corri para o canteiro do lugar
Recolhi um botão de formosura,
Que atento coloquei ao luar.
Era noite, cedo tarda a noite,
Porque cedo amanhece o dia!
Que fado é a saudade
Da mesa do meu quarto
Que a felicidade é ter-te à mesa,
Servir-te este caldo farto
Num prato de sobremesa...
Esta rosa florida em botão.
Este instante de ternura e poesia,
Que neste momento te entrego em mão.
Sexta-feira, 4 de Julho de 2003
Poemas de amor e dor
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publicado às 13:03
TANTA SEDE DESATINA…
Rogério Martins Simões
Corre a água cristalina,
Mata a sede é fresca e pura,
Vai à fonte a menina,
Com espreitada formosura.
Alagada por sorrisos…
Com que corres à fonte:
De onde vêm os teus risos?
-Vêm do cimo do monte!
Tanta sede molha os seios…
Tanta sede desatina…
Vem a fonte por seus meios…
Corre a água cristalina,
Enche o cântaro é fresca e pura,
Não tem sede a formosura.
12/8/2005
Poemas de amor e dor
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publicado às 00:25
(Capela da Póvoa - Pampilhosa da Serra)
Vieram de longe
Rogério Martins Simões
Vieram de longe de onde se avista a pinha!
De olhos esperançados e o rosto enrugado,
Com rugas do cansaço de trabalho na mina.
Sempre por perto porque longe fica ao lado…
Vieram para Lisboa para perto da linha:
Que os viu chegar no comboio apinhado.
Estrangeiros na sua terra; que estranha sina,
À procura de trabalho mais remunerado.
Trabalhavam, sol a sol, qual terra prometida.
Visitavam a aldeia já cansados da vida,
Onde colhiam os cachos e faziam o vinho…
Esventraram montes e derrubaram as colinas…
Construíram as pontes, cruzaram as esquinas!
E regressaram às aldeias no final do caminho…
2004-04-23
(Aos meus pais)
Poemas de amor e dor
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publicado às 18:55
(Óleo sobre tela Elisabete Sombreireiro Palma)
Filho de um deus qualquer
Rogério Martins Simões
Se o meu clamor aos céus aprouvera,
Nada mais ousaria para ser feliz,
Saber voar, sonhar, então quisera,
Para fazer a paz como sempre quis!
Tal como num sonho ou numa quimera,
Descesse dos céus numa flor-de-lis,
Trazendo comigo a fértil Primavera,
Bendizendo os povos de qualquer país.
Que eu seja filho de um deus qualquer.
(Filho de um homem e de uma mulher!)
-Venho dos céus onde não há guerra!
A minha religião é fraterna e universal,
Só quero o amor numa entrega total!
Espírito da paz desce de novo à terra!
29-07-2004 20:20
Três anos de saudade!
(Ao meu querido primo
Luís Manuel Nunes de Almeida
Ex Presidente do Tribunal Constitucional
Faleceu em 6/9/2004)
Poemas de amor e dor
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publicado às 01:29