Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA
Poeta: Rogério Martins Simões
Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004
Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda
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Poeta: Rogério Martins Simões
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(minha mãe, meu irmão jaime Simões e eu Rogério Simões
anos 50 do século XX- Santa clara - Lisboa
ARREPIAM-ME AS LEMBRANÇAS
Rogério Martins Simões
Arrepiam-me as lembranças
Das manhãs descalças…
De um corpo fino
De um bibe com alças:
Memórias de um tempo menino.
Sou alérgico às memórias ingratas!
Clarabóias deixam passar a luz,
Que derrete o gelo indeciso
Por onde passou um tempo preciso,
Das coisas belas e gratas.
Sou um vestígio dos umbrais
Que sustêm o peso dos meus sonhos.
Tento viajar com os olhos cerrados
Por um campo milho verde
Com bandeiras a tocarem o céu…
Vou jejuar!
Não comerei os figos
Bicados pelos gaios…
Procuro na horta os abrigos
Onde a distância dos Maios,
Dissipam as canas dos trigos…
Toquei na colmeia por querer!
Sou um sopro de saudade
Favo de mel com a minha idade
Picado de abelhas ao alvorecer…
Cheguei ao fim dos silêncios
Onde as memórias são silenciosas.
E os silêncios para contemplar…
Quem vos disso
Que tinha de atalhar os caminhos
Na horta adulta…
Se me resta um pedaço de água pura
E um púcaro vazio para a apanhar….
Lisboa, Tejo, 18 de Outubro de 2007
“Um pampilhosense “alfacinha”, um “alfacinha das Serras da Pampilhosa” é o título de uma extensa entrevista, à minha pessoa, publicada no “Serras online”. Quem a quiser ler poderá aceder a ela através do link que no final deste apontamento deixo.
Nasci em Lisboa por acaso. Se tivesse nascido na Pampilhosa da Serra, ou na Póvoa onde nasceu o meu pai, sentiria o mesmo orgulho que tenho em ter nascido na linda cidade de Lisboa.
A serra é também minha por direito próprio e rouba a minha alma e o meu coração.
Nos tempos de diamante em bruto, quando o horizonte era a eternidade, escrevia poemas no universo estrelar.
Nesses tempos de que me lembro bastante, por não recordar os poemas, costumava versar as estrelas cadentes, e, pendurado na ponta de um cometa, atravessei galáxias onde registei os meus versos.
Certo dia reparei, porque o disseram, que as estrelas cadentes eram, afinal, restos de poeiras cósmicas
– Mas eu não acreditei!
Sempre que avistava uma estrela cadente escrevia um poema.
Era como os devolvessem embrulhados em luz…
- Rogério que fizestes aos poemas?
-Os poemas maiores são todos aqueles que se soltam das palavras e tão libertos esvoaçam sem vento, sem tempo…
Talvez eu veja na poesia a forma mais sublime de passar a barreira da comédia das nossas vidas.
Prefiro as cerejas penduradas nas orelhas.
Beijar a lua e acordar numa gota de orvalho manhã cedo de Outono.
Poesia! És tão linda!
Gosto tanto de namorar contigo.
18-09-2006 22:49
Poemas de amor e dor
conteúdo da página
publicado às 23:00
MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975
Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado