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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

BORDANDO SONHOS

 

(Óleo sobre tela

 

Elisabete Maria Sombreireiro Palma)

 

 
EM SONHO ME DEPENDUREI NO LUAR
Rogério Martins Simões
 
 
Em sonho me dependurei no luar.
O luar quis acordar os nossos cios.
Ali estavas, desnudada no meu olhar,
Encandeando meus olhos luzidios.
 
Os sonhos soçobram ao acordar…
O luar distende o sonho em atavios.
Ai!, sereia espraiada no meu mar
Esperando as águas dos meus rios…
 
Luar!, tapa-me os olhos e os dias:
Antes cego, que acordar e não ter,
Do que ver, e não ter o que vias….
 
Prendo, no sono, o sonho para te ver
Fico cego se em mim não te sentir
Fios de seda - não te deixem partir!
 
Lisboa, 05-01-2009 20:49:30
 
 
(Poema dedicado a Elisabete Maria Sombreireiro Palma)
 
 
OIÇA AQUI!!!! Este poema na voz de LUÍS GASPAR dos ESTÚDIOS RAPOSA!
 
Amigo Luís Gaspar muito obrigado!
 
 

 

 


 

(Óleo sobre cartão

Elisabete Sombreireiro Palma)

 

 

 

BORDANDO SONHOS
Rogério Martins Simões
 
 
Em sonho me desnudei ao luar.
Ao amor me doei branca e pura.
E quando te encontrei no olhar
Juntei o luar e o sonho na ventura.
 
Teus olhos não os deixes cegar!
Deixai olhar inocente candura.
Os sonhos conseguem triunfar
Na eternidade o sonho perdura
 
Percorre o teu olhar todo o meu ser
Feitiço tem o coração!, quer ser teu.
Glória tem teu sonho, agora meu…
 
E se não solto os fios para te ter,
Cega fico, se em mim não te sentir,
Bordo sonhos e não te deixo partir!
 
Lisboa, 15-01-2009 22:48:22
 
Poema dedicado a três amigos, dois dos quais grandes poetas, que directamente são responsáveis por não ter rasgado a poesia que escrevo.
ERMELINDA TOSCANO – Poetas Almadenses (responsável por ter tirado a poesia da gaveta) OBRIGADO!
EFIGÉNIA COUTINHO - Poeta que tanto admiro e estimo. Responsável pela divulgação da minha poesia no Brasil através do seu conceituado site.
ARMANDO FIGUEIREDO – Mestre da poesia (Daniel Cristal)
 
Finalmente a todos aqueles que visitam este blog e me incentivam a continuar.
Obrigado a todos
Rogério Martins Simões
 
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EM SONHO ME DEPENDUREI NO LUAR

 

(Óleo sobre tela

Elisabete Sombreireiro Palma)

 

 

 

 
Poucas pessoas, à excepção daquelas que verdadeiramente sofrem connosco, se apercebem da verdadeira gravidade da minha doença de Parkinson.
Gestos comuns, instintivos e rotineiros, deixam de estar ao alcance dos doentes de Parkinson. Fazer a higiene matinal que demorava 10 minutos passou a demorar mais de uma hora. Um simples apertar de um botão da camisa; um ajeitar do nó da gravata ou apertar o cinto leva muitas das vezes ao desespero.
Pouco a pouco vamos perdendo a qualidade de vida. Perde-se a dicção, perde-se o movimento do rosto – chora-se o sorriso – e até a agilidade se perde quando nos queremos virar no nosso leito.
Depois sentimos culpa por já não sermos úteis, por já não ajudar nas lides caseiras, como sempre o fiz desde os meus 7 anos de idade.
O ano de 2008, que tento esquecer, foi o ano em que os desaforos da ingratidão nos foram chegando em catadupas, entristecendo e seriamente comprometendo a minha esperança.
Quem não é corrupto, e sendo um trabalhador por conta de outrem, não consegue fazer fortuna.
A dependência humilha a menos que haja alguém que não cobre…
Em 2008 nem o nosso cão nos sobrou!
Depois chega a interrogação: que seria de mim sem o carinho e o amor dos meus idosos e queridos pais, Isabel Martins de Assunção e José Augusto Simões
Que será de mim sem a minha doce e solidária companheira Elisabete Sombreireiro Palma.
Falar de Elisabete Palma é falar de doação. Elisabete Palma reúne, numa só pessoa, todas as qualidades que sempre sonhei encontrar e encontrei numa companheira.
Por serem já tão raras essas virtudes é para ti o soneto que escrevi este ano e que te ofereço com tanto amor.
Rogério Martins Simões

 


 

 
EM SONHO ME DEPENDUREI NO LUAR
Rogério Martins Simões
 
 
Em sonho me dependurei no luar.
O luar quis acordar os nossos cios.
Ali estavas, desnudada no meu olhar,
Encandeando meus olhos luzidios.
 
Os sonhos soçobram ao acordar…
O luar distende o sonho em atavios.
Ai!, sereia espraiada no meu mar
Esperando as águas dos meus rios…
 
Luar!, tapa-me os olhos e os dias:
Antes cego, que acordar e não ter,
Do que ver, e não ter o que vias….
 
Prendo, no sono, o sonho para te ver
Fico cego se em mim não te sentir
Fios de seda - não te deixem partir!
 
Lisboa, 05-01-2009 20:49:30
 
 
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Alma minha

 

 

(AMIGO ROGÉRIO, É CAPAZ DE ME ENVIAR UM SONETO SOBRE O AMOR NESTA TEMÁTICA CAMONIANA? QUEIRA CONSTITUIR UM PAINEL DE SONETOS INSPIRADOS POR CAMÕES. POSSO CONTAR CONSIGO?
DANIEL CRISTAL
 
“Alma minha gentil, que te partiste
tão cedo desta vida descontente,
repousa lá no Céu eternamente,
e viva eu cá na terra sempre triste.
(...) “
 
Camões (*sonetos de amor)
 
 

 

ALMA MINHA
Rogério Martins Simões
 
Alma minha gentil que coloriste,
Tão tarde, minha vida docemente,
Abraça-me neste tempo presente,
Eterna senda que então floriste...
 
Com teu amor meu corpo resiste!
Nossa esperança não se ressente…
Antes que nossa alma se ausente:
Não viva cá na terra sempre triste!
 
E se da morte me puder erguer,
No etéreo, ou aqui, eu quero ter,
Este amor que na terra encontrei.
 
Reviveremos o nosso amor terreno
Perfeito, infinito, lindo e sereno.
- Alma minha que eu tanto amei!
 
Lisboa, 07-05-2008 22:19:00
 
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Renascerei!


 

(Óleo sobre tela Elisabete Maria Sombreireiro Palma)

 

 

 

RENASCEREI
Rogério Martins Simões
 
Queria ver minha sombra
Caída por terra sem ver o corpo.
Queria ver a minha alma
Caída do céu sem ver o corpo.
 
Haverias de ver…
Quando o amanhã chegar
Meu corpo caído ao sol
E a minha alma
Escapando da sombra…
 
Voltaria a cintilar no firmamento
Alma que não sente nem desespera
E regressaria em dado momento
Num corpo que nasce e a espera.
 
E disse o filho do homem
- Que sabes tu poeta?
- Que esperas recolher
no teu corpo velho?
 
E disse o poeta
Que sabes tu de mim?
Quantas almas
desceram depois de ti?
Quantos ventos
limparam os teus pensamentos,
E disseste, não sei!
Afinal o que queres saber,
Se tudo dizes!
Se nada sabes!
 
Acaso vês a serpente
 rastejante
Que sobrevive ao deserto
ondulante?
Quanta sabedoria
tem a sobrevivência?
 
Será o calor e o frio do deserto
Maior que o próprio deserto?
Soltastes os teus camelos…
Quando já morto de sede
Clamaste por Deus?
 
Pois eu te digo
Renascerei!
Lisboa, 8 de Abril de 2005

 

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AS AVES SEM ABRIGO DA MINHA CIDADE

 

 

VAMOS ACABAR COM A POBREZA!

 

 

 

 

As aves sem-abrigo da minha cidade
Rogério Martins Simões
 
Já não confio no Sol,
e no claro dia,
que davam visibilidade à esperança
quando as flores
nem se pisavam nos canteiros…
 
Era proibido pisar a relva! …
Antes assim!
Que este estado de coisa nenhuma…
Quando muitos,
há muito,
deixaram de viver…
 
A exclusão social
todas as noites acorda
no desassossego…
Nas filas que ainda…
ordeiramente se erguem,
na espera,
por um prato de sopa
ou por um pedaço de pão.
 
Retemperam-se os corpos
Agonia dos mais desesperados,
Olvidados, excluídos da sociedade,
dos poderes políticos e dos governantes.
 
A explosão social não dorme! –
Não tem por onde ficar…
A vergonha vai perdendo o medo
ou a noite está a chegar
cada vez mais cedo…
 
Sorte têm os pardais…
ou os estorninhos…
que ensaiam bailados
nos céus de Lisboa.
 
Ontem saí mais tarde!
O céu estava cinzento carregado.
Fazia frio!
Era cedo ainda a noite!
Era tarde já o dia!
Lá estavam…
As aves sem-abrigo,
da minha cidade,
agonizando
e pachorrentamente embrulhadas
em cartões não recicláveis.
 
Esta noite
toda a noite choveu!
Pela manhã
uma fresta de luz rompia,
do céu cinzento,
não deixando esfriar as pedras aquecidas
nos corpos da madrugada…
 
Lisboa, 01-01-2009
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amrosaorvalho.gif

MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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