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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

Pés descalços (republicado)

 

(Fotografia da National Geographic)

 

 

 

PÉS DESCALÇOS
Rogério Martins Simões
 
Eu vi crianças nuas
A rir e a brincar
Atravessando ruas
Vi os pais chorar
 
Eu vi crianças nuas
Com cus tão vermelhos
Atravessando ruas
Sem ouvirem conselhos…
 
Eu vi crianças nuas
Com sono… já se vê
Atravessando ruas
Sem saberem porquê
 
Eu vi crianças nuas
Fugindo das buzinas
Atravessando ruas
Virando as esquinas
 
Eu vi crianças nuas
Ó magra tristeza
Atravessando ruas
À espera de mesa.
 
Eu vi crianças nuas
Sonhando com fadas
Atravessando ruas
Descalças nas estradas
 
Eu vi crianças nuas
E os ricos às janelas
Atravessando ruas
Que lucro dão elas?
 
Eu vi crianças nuas
Em coro a chorar
Atravessando ruas
Sentias a cantar
 
“Aquela criança nua
Com o rostito chorão
Tinha por vontade sua
Não viver como um cão”
 
12/1973
 
“Na minha Rua
Havia crianças nuas
Olhando as outras…
Com horas
A brilharem ao sol…”
1968
Rogério Simões
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
 
Quando em 1973 escrevi este poema, estava longe de o ver editado no DIÁRIO DE NOTÍCIAS, de 1 de Julho de 2007, com outro autor.
 
 
São descobertas deste tipo, plágios, onde não se respeita o autor, que me tem afundado gravemente.
É para mim bastante doloroso ver este meu poema no “ESPAÇO INTERERACTIVIDADE – DIA DA CRIANÇA, sem a minha autorização e assinado por outra pessoa.
A falta de ética, a falta de valores, levou alguém, que não conheço, a enviar este meu poema para aquele jornal que, por sua vez, o edita sem verificar, num motor de busca qualquer, a quem de facto pertence.
 
Já escrevi para o dito jornal e nem uma linha eu recebi a explicar o sucedido.
 
Estou perdendo tudo! A dor, por tanto plágio à minha poesia, é tanta que até esta mão direita que tinha escapado à Parkinson está a paralisar. Dói muito!
 
Obrigado àqueles que já repuseram o meu nome nos poemas que foram escritos por mim. Obrigado aos que levaram longe a minha poesia sem se apropriarem dela.
Muito triste, fica a mágoa.
Rogério Martins Simões
 
 
 

 

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Recuperei o meu olhar (republicado)

 

DEGAS
 

 

 

Recuperei o meu olhar
Rogério Martins Simões
 
Seguia pela berma da estrada
 Sem ver, sem olhar o caminho:
Quem olha e não dá por nada,
Nada lhe serve andar sozinho.
 
O sol feria queimava os olhos,
Meus olhos ficaram sem ver:
Quem olha e não vê escolhos…
Nada serve bons olhos ter!
 
Minha sombra avelhantada
Certo dia protestou com tino:
Andamos a avelhar na estrada,
Por quê andar sem destino?
 
Percorri caminhos? Não sei!
Aonde estive? Para onde vou?
E foi ao meio-dia que notei,
Que até a sombra me deixou…
 
Veio a noite e fui descansar!
(De noite sombra não nos falta!)
Adormeci sem as estrelas, luar,
Acordei quando a tarde ia alta.
 
Veio o pôr-do-sol. O alvorecer.
A estrela maior saiu ao caminho
- Que prazer em te conhecer!
Não te vou deixar sozinho!
 
 
Nem sombra nos olhos notei.
Só, nem a minha alma gostou!
E na luz dos teus olhos achei
A luz que um dia me deixou.
 
Lisboa, 17-04-2008 22:23:46
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
 

 

 

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Os anos correm (republicado)

 

 

 

OS ANOS CORREM!
Rogério Martins Simões
 
Os anos correm!
O tempo passa…Lentamente,
Mas passa…
E quando vamos na pressa,
Vemos sem graça,
Que o tempo passa depressa.
 
Ontem fui menino!
Era noite já era adulto!
Percorri o meu destino
Pois o passado já foi muito!
 
Oh! Como os meus cabelos mudaram!
Oh! Como o meu rosto crispou!
Como as minhas lágrimas choraram!
E a minha juventude me deixou!
 
Que importa se já sofri?
A quem importa o que já chorei?
Pois sempre me esqueci,
De mim, e tão tarde acordei:
Como os poemas que escrevi
E na manhã seguinte rasguei.
 
E não me tomem por louco!
Não dêem como certo!
Pois ser poeta é um pouco
Da loucura se estar perto.
Mas isso já eu sabia
Quando deixei a poesia
Ser poeta é ser louco:
Voltei a escrever e já não queria!
 
19-07-2004 22:35:23
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)

 

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Arrepiam-me as lembranças (republicado)

 

(Foto na antiga casa da Malhada, 1953

Da esquerda para a direita:

Tia Soledade Simões tendo ao colo meu irmão, Jaime Augusto Simões; Minha querida mãe Isabel Martins de Assunção; Minha avó Júlia, minha tia Laurentina; tio Manuel, Tio Eduardo e esposa; uma vizinha; Eu, Rogério Martins Simões e minha prima Almerinda Simões Gaspar)

 

 

 

 

ARREPIAM-ME AS LEMBRANÇAS
Rogério Martins Simões
 
Arrepiam-me as lembranças
Das manhãs descalças…
De um corpo fino
De um bibe com alças:
Memórias de um tempo menino.
 
Sou alérgico às memórias ingratas!
Clarabóias deixam passar a luz,
Que derrete o gelo indeciso,
Por onde passou um tempo preciso,
Das coisas belas e gratas.
 
Sou um vestígio dos umbrais
Que sustêm o peso dos meus sonhos.
Tento viajar com os olhos cerrados
Por um campo milho verde
Com bandeiras a tocarem o céu…
 
Vou jejuar!
Não comerei os figos
Bicados pelos gaios…
Procuro na horta os abrigos
Onde a distância dos Maios,
Dissipam as canas dos trigos…
 
Toquei na colmeia por querer!
Sou um sopro de saudade
Favo de mel com a minha idade
Picado de abelhas ao alvorecer…
 
Cheguei ao fim dos silêncios
Onde as memórias são silenciosas.
E os silêncios para contemplar…
 
Quem vos disso
Que tinha de atalhar os caminhos
Na horta adulta…
Se me resta um pedaço de água pura
E um púcaro vazio para a apanhar….
 
Lisboa, Tejo, 18 de Outubro de 2007
 
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
 

 

Memórias de um tempo menino

ROMASI

Rogério Martins Simões

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Morangos (republicado)

 

 

Morangos
Rogério Martins Simões
 
É o tempo dos corpos estendidos
Das praias vestidas - cor de morango
Dos peitos nus; dos corpos aquecidos
Num aconchego, laçados num tango.
 
Vem minha amada
Este é o nosso tempo à beira-mar
Candeias iluminam a tua fronte.
 
Defronte às ondas, na praia deserta
Onde o deserto não cobre as dunas
Tinhas na duna, a duna entreaberta
E na descoberta esquecemos as runas…
 
É a temporada dos sonhos
De todas as estações - verbo e amar
Do sémen… do belo horizonte…
 
Vem minha amada
Sorvete de morango na hora doce
Quando, no calor, os calores apertam…
 
É a temporada
Do beijo indiscreto - agridoce
Memórias que os morangos despertam…
 
(Campimeco)
Aldeia do Meco, 13-07-2007
Portugal
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
 

 

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Leva contigo este pedaço de mim (republicado)

 

Óleo sobre cartão

 

Elisabete Maria Sombreireiro Palma

 

 

LEVA CONTIGO ESTE PEDAÇO DE MIM
Rogério Martins Simões
 
O tempo passa
Mas mesmo assim
Não tenho pressa
Permanece em mim
Este lago de amor
Onde todos os dias me banho
Para te encontrar!
 
Toma-o!
Leva contigo este pedaço de ti…
Aceita-o, eu me dou.
E neste lago, feito poema
Eu me vou!
Em beijos, perfumes e flores
Hoje tudo te quero dar.
 
E se neste momento de dor
(Amor e não pena)
O teu perfume é assim:
Do mais distinto odor
Que sejas hino e louvor
E a tua alma sorrindo!
 
Elevei o meu espírito
Quando um dia te conheci!
A minha alma uniu-se à tua
E é tão lindo!
 
19-10-2004 0:00
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
 

 

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Poemas de amor e dor foram plagiados. O desaforo perdura e a amargura continua. Plágio do poema cobri de rosas

 

Caderno n.º 41

 

 

 

Nesta data, e depois do pedido que recebi, resolvi apagar parte deste post.
Rogério Martins Simões
24-06-2009 11:00:58

 

 
 
 
O meu poema “COBRI DE ROSAS”
 
COBRI DE ROSAS
(Rogério Martins Simões)
 
Cobri de rosas
A tua rosa
O teu botão.
Abri a rosa
Cortei a pétala
Pétala a pétala
Enchi o chão.
 
Mas se ao menos
O teu rosto sorrisse
E a tua boca
Dissesse palavras
De ternura:
Eu te daria
De novo rosas
Formosas
E em botão.
 
1987
 
(Caderno Uma Dúzia de Páginas de Poesia n.º 41)
(Poetas Almadenses)
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
 
 
Como sabem este blog nasceu em 6 de Março de 2004, ano esse em que editei o meu poema, “Cobri de Rosas”, conforme registos que existem no Sapo e no Google.
Para que não restem dúvidas informo que este poema e mais 8 foram editados, e registados, em 27 de Março de 2004, no caderno n.º 41 “Uma Dúzia de Páginas de poesia de Rogério Simões”.
Na página 10, da “Colecção INDEX POESIS”, encontram este poema publicado em Cacilhas, no ano de 2004, pela boa amiga Ermelinda Toscano, com o apoio da Junta de Freguesia de Cacilhas, da Assembleia Distrital de Lisboa, do FAROL – Associação de Cidadania de Cacilhas e do SCALA – Sociedade Cultural de Artes e Letras de Almada
Quem pretenda o caderno com os nove poemas só têm que se dirigir à Redacção desta colecção, que funciona na Rua Trindade Coelho, n.º 4 – 1º Direito 2800-297 Almada, onde encontram este poema.
Qualquer dúvida consultar os POETAS ALMADENSES cujo link aqui mesmo está em POEMAS DE AMOR E DOR.
 
 
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Ondas me vão levando (republicado)

 

Praia da Bicas

 

MECO

 

 

 

Ondas me vão levando
Rogério Martins Simões
 
Nestas tardes vazias, ondas me vão levando.
Nestas tardes tardias, nas ondas terei sofrido.
Morto estarei, se breve não estiver chorando…
Cedo estarei chorando; se tarde haverei morrido…
 
Homem poeta, quimera ou sonho, até quando?
Aceito as tardes vazias e não me dou por vencido
Estou morto? Ou vivo num corpo que não comando?
Passos os dias sofrendo, de tanto sofrer dividido.
 
E se a dor avançar, chorar não será humilhação.
Quero combater meus choros desta atribulação.
Quero esgrimir que o mau tempo traz a bonança.
 
Erguerei barreiras para conter todas as marés,
Que me travam as mãos e me tolhem os pés,
E com elas erguerei uma fortaleza de esperança.
 
05-03-2007 21:51
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
 
 

 

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Fernando Pessoa O poeta é um fingidor

 

 

 

Autopsicografia
 
Fernando Pessoa
 
    O poeta é um fingidor.
    Finge tão completamente
    Que chega a fingir que é dor
    A dor que deveras sente.
 
    E os que lêem o que escreve,
    Na dor lida sentem bem,
    Não as duas que ele teve,
    Mas só a que eles não têm.
 
    E assim nas calhas de roda
    Gira, a entreter a razão,
    Esse comboio de corda
    Que se chama coração.
        01.04.1931
 
        Publicado in Presença, n.º 36, Novembro de 1932.
Fernando Pessoa, Obra Poética e em Prosa, ed. António Quadros. Porto, Lello & Irmão, 1986.
 

 

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Lisboa é a minha cidade (republicado)

 

 

Lisboa é a minha Cidade

 

 

 

Lisboa é a minha Cidade!
Rogério Martins Simões
 
Mote
 
Minha terra é a mais bela.
É bela e não tem idade.
Vigio-a da minha janela:
Lisboa é a minha cidade.
 
Glosa
 
Coração apaixonado…
Morro de paixão e amor
Apraz-me ver-te em flor
No Castelo enfeitiçado
Perdido, vivo em pecado.
Viajo na canoa à vela,
Vejo Alfama aguarela,
Rio acima com ternura.
Subo o Tejo na ventura
Minha terra é a mais bela!
 
Mouraria vem navegar.
À desgarrada vou partir,
O meu amor não quer ir,
É tarde! Vamos marchar,
Se partir hei-de voltar.
No chão flores de jade.
Madragoa é qual saudade
Doce encantos, sacro mel,
Nunca me soubeste a fel.
É bela e não tem idade.
 
Coração foi bem levado,
No trinar duma guitarra,
Está frio veste a samarra!
Bairro Alto, meu pecado.
Boémias e noites de fado,
Cravos rubros na lapela,
Não passes por mim sem ela…
Voltei, e já fui à Graça,
Por São Vicente se passa,
Vigio-a da minha janela.
 
Subi à Bica e vou a pé,
A pé desci ao Rossio.
Carícia do Paço ao rio
E ao Santo António da Sé.
Entrei e rezei com fé!
Sete morros de amizade
Vivendo em liberdade
Resguardam estes tesouros:
Latinos, Godos e Mouros,
Lisboa é a minha cidade!
 
Lisboa, 23 de Janeiro de 2008
 
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
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amrosaorvalho.gif

MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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