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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

Sofrer por amor (republicado)

 

 

 

 

 
 
SOFRER POR AMOR
Rogério Martins Simões
 
Sofrer por amor é dor que arde.
Na carne, essa dor, será mais sofrida.
Sofrer por amor não se retarde,
Mais tarde essa dor será mais sentida.
 
Não há dor que por prazer se guarde.
Guardo a felicidade que levo da vida!
Mas se essa dor chegar mais tarde,
Se tarde e guarde para depois da ida.
 
E se Deus quiser que morra de amor,
Me leve desta vida em primeiro lugar,
Prefiro morrer que viver nessa dor.
 
Perguntem à alma se prefere ficar.
Decerto irá dizer ao corpo que não,
Então, subitamente, que pare o coração.
21/04/2005

 

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Poeta de corpo inteiro

 

(Foto de Rogério Simões)

 

 

 

 
Poeta de corpo inteiro!
Rogério Martins Simões
 
Sigo num tempo
Que atento sinto.
Que sinto?
Alguém falou?
Alguém deu nas vistas?
As vistas curtas confundem as próprias vistas!
Não viste nada!
Desandas!
 
Volto ao caderno.
Não escrevo!
Ligo palavras, sílabas.
Que sílabas?
Tinha tudo para ser feliz…
Tempo inútil,
Onde tudo não passou
De uma forte gargalhada de dor.
 
 
Uma criança chora!
Chora, não sei.
Chora sempre!
Que sente?
Doem-lhe estas palavras rasgadas,
Tramadas.
Dói-me esta dor,
Que se difunde
e confunde em contratempo...
 
 
Volto a sacudir os olhos na escrita.
Tenho o caderno e a mente
A ferro e fogo.
Já fui chama,
Água e gelo.
Gelo os meus pensamentos…
E desço ao patamar da escrita.
 
Movimento-me,
Volto a andar,
E dou nas vistas…
Que angústia!
Travarei a tempo?
Ou o tempo tomará conta dos meus freios?
A dor comanda o meu tempo!
 
Poucos metros me afastam da meta…
Onde já fui primeiro...
Voa, atleta,
Poeta de corpo inteiro!
 
Aldeia do Meco 14-08-2009 0:03:46
Concluído em 27-08-2009 17:03:43
 

 

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Tanta sede desatina... (republicado)

 

 

MECO

PRAIA DAS BICAS

 

Portugal

 

 

TANTA SEDE DESATINA…
Rogério Martins Simões
 
Corre a água cristalina,
Mata a sede é fresca e pura,
Vai à fonte a menina,
Com espreitada formosura.
 
Alagada por sorrisos…
Com que corres à fonte:
De onde vêm os teus risos?
-Vêm do cimo do monte!
 
Tanta sede molha os seios…
Tanta sede desatina…
Vem a fonte por seus meios…
 
Corre a água cristalina,
Enche o cântaro é fresca e pura,
Não tem sede a formosura.
 
12/8/2005
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
 

 

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Tarda que o dia vai curto (republicado)

 

 

 

 

TARDA QUE O DIA VAI CURTO
(Rogério Martins Simões)
 
Tarda!
Porque o dia vai curto,
Como a simples alegria
De te amar eternamente
E, sem querer,
Encurto
A excelsa ousadia
Deste momento breve e curto.
 
Sorri!
Para o tempo recuar.
Como o pudesse algum dia,
O nosso passado mudar,
Pois bem cedo eu podia
Crescer e me entregar.
 
Pois!
Nos caminhos infelizes
Longa é a vida que se adia,
Breves os caminhos felizes;
Tão curtos, como a simples alegria
E leves, como as nossas raízes.
 
Tarda!
Espera ao menos que o tempo tarde
Como esta suave fantasia,
E que Deus aos dois nos guarde,
Qual pedaço de magia,
Numa chama que não se apague.
 
E se a sigma não findar,
Como este momento de poesia,
Virás, novamente, para cantar,
Os poemas que te fiz e faria,
Para eternamente te amar.
10-01-2004
 
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
 
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Teu corpo ausente (republicado)

 

(Museu Etnográfico de Messejana)

Alentejo - Portugal

 

 

 

TEU CORPO AUSENTE
(Romasi)
Rogério Martins Simões
 
Jogo meus braços
Entrelaçados de nuvens.
Beijo o ar
E o travesseiro de lã.
Quebro o silêncio da cama
Num ranger de molas.
Abro náuseas de prazer
E percorro
Em volúpia arrepiante
Teu corpo ausente…
 
Lisboa, 20 de Janeiro de 1974
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
 
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Às horas na batota por amoras... (republicado)

 

(Óleo sobre tela de autor desconhecido

 

Biblioteca da Direcção-Geral das Alfândegas e I.E.C.)

 

 

 

ÀS HORAS NA BATOTA POR AMORAS
(Rogério Martins Simões)
 
Andámos tanto tempo agarrados às horas…
Pendurados nos ponteiros e fazíamos batota,
Quando, amarrados às doze, comíamos amoras…
E das regras do tempo fazíamos letra morta.
 
Por vezes os meios-dias eram vagabundos:
Voltávamos a encontrar as seis e meia;
Não deixávamos abalar os segundos
E quando logravas partir era lua cheia
 
Sem ti, nos ponteiros, o relógio parava
Quando os ponteiros despiam as horas.
Não havia horas, sempre te encontrava.
 
Hoje, vi-te à janela, eras toda cidade.
Percorriam o teu corpo
as vielas da madrugada,
E trazias nos cabelos a noite,
Espreitando a tua lua sorridente…
Justamente hoje!
Quando me apeteciam as amoras…
26-10-2005 23:19
 
(Poema dedicado a Natália Correia)
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
 
 

 

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Nightingale

 

(22/9/1947

 

Hospital de Arroios  Lisboa)

 

 

 

 
 
 
NIGHTINGALE
Rogério Martins Simões
 
Não sei se estava…
Era tão longa a agonia.
Talvez pairasse.
Pairava?
Quase nada sentia.
Sentia?
 
Tinha regressado
Vinha de longe…
De tão longe
Do outro lado…
E no limite
Nada desejava ou queria.
 
Tinha de facto partido
Tinha de facto chegado
E nesta atmosfera fria
Um estranho acenar
Acenava!
Tocava!
Uma mão, docemente,
Afagou-me o rosto.
Tinha bata branca.
Mãos de seda!
Alguém sorria!
E o meu corpo, lentamente,
Voltava.
 
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
(Poema dedicado a todos os enfermeiros do Hospital de Santa Maria)
 


 

Fotografia da Word Press Photo Contest

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Real Bordalo o mestre pintor da cidade de Lisboa

 

MESTRE- REAL BORDALO

 

 

 

Real Bordalo – O Mestre pintor da Cidade de Lisboa
 
Tenho a felicidade de conhecer e ser amigo deste grande pintor.
Conheci o Artur, nos anos 70 do século passado, quando passávamos férias nas termas do INATEL em Entre-os-Rios.
O tempo não pára. Até que um dia de novo nos encontrámos, agora mais velhos: Ele, o Mestre Real Bordalo, um talentoso pintor, a par dos maiores, entre os maiores, que o tempo não fará esquecer. Eu, um humilde poeta - mas poeta - que como ele ama a nossa querida Lisboa.
Falava do nosso reencontro. Foi aí que o Mestre puxou pela caneta e, na toalha de papel que protegia a mesa, desenhou a minha caricatura. Guardei religiosamente esse pedaço de talento.
Passado um tempo voltei a escrever poesia. Foi assim que nasceu este soneto que dediquei ao Mestre Real Bordalo e que reedito com muito prazer.
Hoje, por amigos comuns, recebi notícias do Artur – O MESTRE - REAL BORDALO – Que Deus o proteja e nos continue a contar as histórias de Lisboa através desta luz tão especial que coloca nas suas aguarelas e nos seus óleos.
Os eléctricos quase desapareceram.
Os seus quadros são autênticas preciosidades e raridades.
Vejam como o pintor magistralmente nos mostra um eléctrico, junto à Basílica da Estrela, em dia de chuva.
Um grande abraço ao meu bom amigo Artur, mestre entre os mestres da pintura portuguesa.
Do seu sempre amigo,
Rogério Martins Simões
11-08-2009 22:53:46
 
 

 

 

(REAL BORDALO)

 

 

REAL BORDALO
Rogério Martins Simões
 
Apanho o eléctrico amarelo à pendura,
Agacho-me para o condutor não ver,
O que as tintas, e pincéis de seda pura,
Imortalizaram numa tela sem perceber.
 
Miúdo traquina pendurado na pintura…
Brincando às escondidas sem saber,
Que um pincel o apanhou com ternura.
Viaja de graça num quadro sem o ter…
 
E salta para o chão em andamento.
Abala, embalo, travo e não me estalo…
E o Mestre pinta na tela o movimento.
 
E ficam as cores arco-íris nas telas.
Os putos, os eléctricos e as vielas.
Lisboa é toda sua! - Real Bordalo.
 
Lisboa, 30 de Janeiro de 2007
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
 

 



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Sonhos desfeitos (Republicado)

 

 

 

MONET

 

 

Sonhos desfeitos
Rogério Martins Simões
 
O Sol resplandece e a água espuma,
As ondas vagueiam e o barco desliza,
Sobra no meu peito uma dor bruma,
Que se esfuma nas colinas da brisa.
 
A minha mão sobressai e já foi calma.
O meu papel reproduz o adverso,
Deixa escrever o que chora a alma,
Acalma, vagueia e ensaia um verso.
 
A escrita azul tem uma mancha preta:
Letra miudinha que desenha a caneta.
Do bloco de notas gotejam os defeitos!
 
E se não mais encontrar sonho vão…
Fiquem os versos, que redigi com a mão,
Colorindo sonhos, com sonhos desfeitos.
 
 
Lisboa – Tejo – 14 de Agosto de 2007
Concluído em 18 de Outubro de 2007
 
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)

 

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Elevo o espírito - Republicado

 

 

(CEZANNE)

 

 

 

Elevo o espírito
Rogério Martins Simões
 
Elevo o espírito! Tenho os olhos perto,
Só o pensamento não o sente tremer,
Entoo, num canto, um canto encoberto,
O que a tremura não me deixa fazer.
 
Volto à poesia na catarse que liberto.
Chegaste, assim, ao impasse quefazer?
Desdobro e retomo o amanhã incerto:
Faço de conta que se vive sem viver?
 
Aperto as minhas mãos para as libertar,
Vejo-as estremecer! Já não sabem parar.
Salva-me poesia, não me deixe ficar mal.
 
Volta poesia, pois de chorar tudo chorei.
Volta! Que na dor, pela dor não morrerei.
Quanta melancolia têm estes olhos de sal!
 
Campimeco, Meco, 09-07-2007 20:03
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
 

 

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amrosaorvalho.gif

MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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