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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

Avatar

 

 

 

 
Tínhamos chegado adiantados.
Chegássemos mais cedo e já não teríamos de esperar.
Subimos por escadas rolantes que nos levaram por caminhos distantes ao quarto andar.
Que tragédia provar umas calças.
Os provadores têm pequenos triângulos que nem dão para sentar. Que importa, quem se importa, com todos aqueles que já nem conseguem andar? Não! Não olhem para mim que ainda consigo disfarçar…
Carinhosa, a Bete, pegava na minha mão esquerda que teimosamente se queria esconder. Dei-lhe a mão direita para não chorar, a esquerda tremia, tremia, e ainda não a consegui parar.
Voltam as angústias, esta enorme dor que eu sinto por tremer, esta mão que não escreve e que ao de leve se vai escondendo por querer.
Temo por mim… Não estou bem assim.
Meu corpo pesa, minha alma adoece, padece.
 
AVATAR
Pudesse recuar ao tempo em que meus pés voavam pelas pistas de cinza. Avatar!
Pudesse regressar ao meu corpo menino, evitando os caminhos que penei e continuo a penar.
 
Fui ao cinema, acabo de chegar.
O filme era tão lindo que acabei por chorar
A fita já acabou e vai recomeçar. Avatar! Avatar!
A Parkinson já avançou e não vai parar.
Bete, meu amor: que eu seja o teu AVATAR…
Lisboa, 27-12-2009 00:07:30

 

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É TARDE AMOR

 

 

 

É tarde amor
Rogério Martins Simões
 
Todos os dias quando me deito,
E às vezes quando te acordo
Sem jeito,
Corre em mim um deleito,
Que nos faz
Amanhecer mais tarde.
 
São ternuras e tantas
Neste coração que arde
Que afinal me traz,
A sede de te ver acordada.
 
É tarde amor!
 
Mas os sentidos são tantos,
E as viagens tão curtas,
Que as loucuras são mágoas
De não te ter há mais tempo.
 
Acorda mesmo assim,
Esquece a dor!
 
Deixa correr os sentidos
De não sentir mais nada,
Deixa-nos vaguear perdidos,
E respirar quase tudo.
 
E neste meu frenético sentir.
Neste nosso coração que arde.
Não vais finalmente dormir,
Pois vamos acordar mais tarde
98/09/07
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
 
 
Poemas de amor e dor conteúdo da página

SANTO NATAL PARA TODOS OS POVOS DO MUNDO



Para ouvir poderá desligar o vídeo destino ou coragem.

 

 

 

MENSAGEM DE NATAL
Um desejo que se repete
 
Natal, tempo de preparação para uma festa muito especial – comemora-se precisamente nesse dia, o dia 25 de Dezembro, o nascimento de um Menino que permaneceu menino através dos tempos.
 
É por isso que o Natal é das crianças e a festa é toda delas.
 
Natal é um tempo de paz e de harmonia em que os adultos se recordam que já foram meninos, mas, também, querem entrar na festa esforçando-se por realizar os sonhos dos meninos.
 
Ou por que O tal Menino tudo fizesse para haver paz entre os homens, todos nós, crentes ou não crentes, aproveitamos este tempo para expressarmos, uns aos outros, o nosso amor pelo próximo e, quiçá, tentando apagar das memórias momentos menos felizes nas nossas relações interpessoais.
 
Que o verdadeiro espírito de NATAL prevaleça na nossa amizade, nas nossas diferenças, nas nossas casas, no nosso trabalho - com quem passamos a maior parte da nossa vida e, unidos, tudo faremos para construir um mundo melhor para todos.
 
(Um agradecimento muito especial para aqueles que me ajudaram a suplantar as barreiras que a vida me colocou na pista… Não preciso de citar os nomes, eles bem o sabem, obrigado.)
Vou concluir desejando a todos, sem excepção, um Natal de partilha e muito amor e que 2009 nos dê tudo o que de bom desejamos, ou devemos desejar.
 
Feliz Natal
Feliz ano novo
Rogério Martins Simões 

 

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CORRO! (republicado)

 

 

 

CORRO
Rogério Martins Simões
 
Corro!
Meus olhos correm
E não me mexo.
Mexe-me o silêncio
e a grandeza
Do pensamento
Que não morre,
Voa,
Late na nuca,
Na testa e no peito.
Não sei,
há quanto tempo parti…
Mas que jeito!
Tenho de por tudo na ordem!
Não posso estar a sonhar!
Fogem-me os cabelos na desordem,
E nem sei se estou vivo
ou a acordar.
 
Corro!
Meus olhos correm,
E não me mexo.
Mexem-me as lembranças
Sofridas
E mal resgatadas,
De mil vezes repetir
Volta tudo a reunir!
Quem?
Como irei convidar
quem esqueci,
Se já não os conheço!
E meus filhos
Que os vi crescer, sem ver!
 
Porém,
Tudo parece estar certo,
Porque tudo está registado!
É como que tivesse uma cábula,
Uma lista de convidados,
Um manual de projectos.
Não! Não quero,
nem posso admitir
Tudo não passou por um sonho
E eu não estava a dormir!
 
3/8/1999
 (Caderno Uma Dúzia de Páginas de Poesia n.º 41)
INDEX_POESIS
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
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CUMPLICIDADES (Republicado)

 

Foto de Rogério Martins Simões

 

 

 

Cumplicidades
(Rogério Martins Simões)
 
Observei-te, estavas, linda!
Bonita, como a rosa em botão!
Não te toquei, estavas ainda
Longe no teu olhar - eu não!
 
Afinal não te era indiferente.
Mas, enfim, lá por dentro vias
Que havia em mim algo diferente
Nos locais para onde ias.
 
Para compensar o tempo ido
Prometias em pensamento
Recuperar o tempo perdido
À força de um sublime momento.
 
Amor! Estavas tão linda
Bonita como a rosa em botão
Não te toquei, estavas ainda
Perto do meu olhar - tu não!
 
Finalmente teu coração reparou
E descobriste que eu existia
Teu amor em mim encontrou
E… foi tão lindo esse dia.
 
E foram tão longos os abraços,
Carentes, infinitos e diferentes.
Foram estes os nossos laços
Afinal não éramos indiferentes…
 
2003
(Caderno Uma Dúzia de Páginas de Poesia n.º 41)
E colectânea de poemas”INDEX-POESIS”
(ISBN 972-99390-8-X e Depósito Legal 249244/06)
 
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.P. –
Processo n.º 2079/09)
 

 

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Flor de campina

 

 

 

Flor de campina
ROMASI
Rogério Martins Simões
 
Teu corpo
Leve, leve, como o vento!
Meu guizo
Correndo,
Tocando, atrás do tempo
E é qual espuma
Batendo
Dançando docemente
Como teu corpo
Que desejo e alento!
 
Teu corpo
Leve, leve, como o vento!
Por cima dos muros
Comendo amoras silvestres
É qual gesto
Que tão lesto
Não nos ocupa tempo!
Como este guizo
Tocando atrás do vento.
 
Teu corpo
Que canto,
Ao desafio com as aves,
É qual menina traquina,
Vermelha papoila do campo.
 
A liberdade meu amor,
Que a tanto guisa e alento,
É qual campina em flor,
Leve, leve, como o vento.
1981
 
(Registado no Ministério da Cultura
Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C.
Processo n.º 2079/09)
 
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Ceifeira campo de trigo a crescer

 

 

 Messejana

 

 

 

Ceifeira campo de trigo a crescer
(Romasi)
Rogério Martins Simões
 
Há terra lavrada
E vida nas ceifeiras.
Há trigo desejado
Em cada espiga cortada:
Nasceram os filhos
Às ceifeiras!
E ouvem-se pelos montes
Cantos da esperança
Por cada nova jornada:
Cantem!
Porque chora uma criança.
 
Há terra lavrada
E vida nas ceifeiras
Haja alegria
Pois a espiga doirada
Deu mais trigo à jornada.
Viva o trigo a crescer
O povo a viver
Pois em cada espiga cortada
Há uma força redobrada
Da natureza a parir.
Viva! A espiga doirada
De trigo a sorrir.
 
1976
(Registado no Ministério da Cultura
Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C.
Processo n.º 2079/09)
 
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Entre portas e paredes

 

VINCENT VAN GOGH

 

 

 

 

 
ENTRE PORTAS E PAREDES
Rogério Martins Simões
 
Entre portas e paredes
Eu me divido
Centro e concentro
Hesito e parto…
A nuca lateja
Ai de mim que não veja
Uma porta de saída…
 
Parto em silêncio...
Na mais pura água cristalina
Entre musgos e seixos
Oiço o chiar dos eixos
De um simples carro de bois
Depois…
Mãos nos queixos
Aceno na despedida…
19-06-2005 1:09
(Registado no Ministério da Cultura
Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C.
Processo n.º 2079/09)
 
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Rio de peixe; mar de carne...

 

MECO 2009

 

 

RIO DE PEIXE, MAR DE CARNE…
ROMASI
Rogério Martins Simões
 
Foste ao mar
Aventureiro
Rio de peixe
 
Tragaste o duro pão
Aventureiro
Mar de carne…
 
O mar estava calmo
Aventureiro
Rio de peixe
 
Varreste a onda em vão
Aventureiro
Mar de Carne…
 
Lançaste a rede na bonança
Aventureiro
Rio de peixe
 
Foste pescado…
Aventureiro
Mar de carne…
 
Escutaste o canto da sereia
Aventureiro
Rio de peixe
 
Por que o mar estava irado
Aventureiro
Mar de carne…
 
És bravo, és herói
Aventureiro
Rio de peixe
Mar de carne…
 
Lisboa 1973
 
(Registado no Ministério da Cultura
Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C.
Processo n.º 2079/09)
 
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O menino, o cão e o osso...

 

 

 

O MENINO, O CÃO E O OSSO
Romasi
Rogério Martins Simões

 

 

 

 

 

 

Aquela criança loira
Tinha um cão,
De cor de cinza,
Que a ternura lhe dera.
No “rostito” chorão,
Havia bocados limpos,
Desenhados,
Pela língua do cão.
E eram beijos,
Mil vezes, dados,
Sem favor,
Pelo lambão.
 
E o menino jogava
A bola de meia
Para longe.
O cão ia e regressava,
Mordiscando na peúga.
E ia atrás do cão!
E iam atrás do osso!
E ficava atrás do pão...
 
Lisboa, 1969
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
 
 

 

 

 

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amrosaorvalho.gif

MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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