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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

Pela noite fora...

 

 

 



 

PELA NOITE FORA
ROMASI

Rogério Martins Simões

 

Pela noite fora

Sento no meu colo, de sonho,

O meu tesoiro:

As minhas duas crianças de oiro.

 

Pela noite fora

Sinto a fronte molhada!

Estremeço!

E se adormeço?

Onde estais agora?

Onde estão os meus meninos?

 

Acordo em sobressalto!

Apenas,

Suores frios

Correndo

Pela minha fronte abalada…

 

Lisboa, Janeiro de 1974

 

(Registado no Ministério da Cultura

Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C.

Processo n.º 2079/09)

 

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Construção

 

 

(Foto de Rogério Simões)

 

CONSTRUÇÃO

Romasi

Rogério Martins Simões

 

Passo a passo,

passo em corrida o cansaço,

lembro como fui construindo

este espaço,

tão pequenino;

troquei um abraço…

esqueci o cansaço:

Era tão lindo o menino.

 

Passo a passo,

acelerei a corrida,

recordo como fui construindo

este espaço;

soltei asas de seda fina,

aparei a vida:

Era tão linda a menina.

 

Hoje, quis Deus

que escrevesse

os únicos passos importantes

da minha vida.

Que importa, sequer,

recordar horas más,

castelos de areia,

que os meus passos

foram deixando para trás...

 

Passo a passo,

Chego ao final da construção.

Malmequer; bem-me-quer…

Eu vi duas flores de algodão!

 

Lisboa, 1987

(Registado no Ministério da Cultura

Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C.

Processo n.º 2079/09)

 

 

 

 

 

 

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Regato brando...

 

REGATO BRANDO

ROMASI

Rogério Martins Simões

 

Regato brando

corre com vontade

porque a vontade

é a força

dos seres abandonados

e mata a sede...

 

Regato brando

é livre,

e a liberdade

enche de alegria

a relva verdejante.

 

Regato brando

é bravo

porque a resistência

tem a bravura

da força da nascente...

 

Regato brando

é amor.

É por isso, dizem,

que o sol

põe o regato nas nuvens...

 

Regato brando

não temas,

porque a relva verde

e a urze do campo,

na tua presença, sorriem

 

Regato brando

não cedas e corre livre…

 

10/02/1975

(memórias do poeta “Renovação")

(Registado no Ministério da Cultura

Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C.

Processo n.º 2079/09)

 

 

 

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Dia Mundial da Poesia - A Praia das bicas



 

 

 

A poesia também se pode escrever por imagens. Hoje, Dia Mundial da Poesia, finalmente, e ao fim de mais 24 horas de trabalho, (como sabem para mim tudo é mais complicado…) consegui reunir num vídeo, que partilho convosco, as lindas fotografias e os vídeos da bela Praia das Bicas.
 
O vídeo que aqui deixo mostra a Praia das Bicas no Meco. Dizem os mais antigos que não se lembram de a ver assim - tantas rochas à superfície.
Mas a Praia das bicas terá sempre este encanto: águas límpidas, transparentes e puras a fazerem lembrar que afinal a natureza, no Meco, também se desnuda…
 
Para quem quiser saborear a linda música do vídeo que pode ser livremente recolhida no Site Jamendo, pedia para desligar por momentos o som do blog aqui ao lado.
 
Finalmente deixo um poema de 1969, tinha então 20 anos de idade.
Viva a poesia.
 
 
DESEJO
Rogério Martins Simões
ROMASI
 
Fui ver o pôr-do-sol
As ondas do mar
Fui e encontrei
Em cores de arco-íris
Com que sonhei
O teu amor.
Fui e encontrei
A tua vida.
 
Era noite
Olhei teu manto
De virgem
De natureza pura
E a única loucura
Que encontrei
Foi o luar
Que te beijava com ternura.
 
1969
 
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.P. –
Processo n.º 2079/09)
 
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Enfim chove...

 

 

(Foto de Rogério Simões)

 

 

 

Enfim... chove...
Rogério Martins Simões
 
Lá fora chove.
Chove dentro de mim...
e não aqueço...
É tarde,
está na hora
e não adormeço.
Molhado por dentro
seco por fora;
Enfim
chove…
Lisboa, 09-02-2010 16:53:53
 

 

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Ninguém me viu... (republicado)

 

 

Fotografia da minha autoria

 

publicada em "Caras" e Olhares"

 

http://olhares.aeiou.pt/poetaromasi

 

 

 

Ninguém me viu
(Rogério Martins Simões)
 
Cheguei! Marquei presença
e não deram por mim…
Quem haveria de dar?
Tenho a ausência descomprometida
e regras para respeitar…
 
Cheguei!
Ninguém viu:
Pardais de telhado…caídos;
uma pomba branca amordaçada…
Corruptos vendidos,
pátria minha; sua coutada…
 
Cheguei!
O aviso estava na porta:
-Aqui só gente morta…
 
Ninguém acudiu!
Ninguém reparou!
Ninguém sorriu!
 
Farto de escutar o silêncio
Da ausência comprometida…
Chorei!
Gritei!
E ninguém me viu…
 
Barco Seixal Lisboa 21-08-2008 8,59:02
 
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
POEMAS DE AMOR E DOR
 
 
 

 

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Inverno

 

 

(foto Rogério Simões)

 

 

INVERNO
Rogério Martins Simões
 
Engrossam as nuvens.
Repartem as marés…
Alongo a mão
chapéu-de-chuva.
Resvalo no chão
húmus nos pés.
O tempo está de chuva
de lés a lés.
 
Bendita sejas
Estação:
Das folhas vencidas…
Das árvores despidas.
Das saias compridas.
Das noites de entrega.
 
Faz frio!
O vinho escorrega…
 
Lisboa 11 de Outubro de 2005
(Registado no Ministério da Cultura
Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C.
Processo n.º 2079/09)
 

 

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Se estives por cá faz um sinal...

 

 

SE ESTIVERES POR CÁ FAZ UM SINAL…
Rogério Martins Simões
 
Ergue-se na destreza, sem contratempo,
mesmo em agonia não deixa de pensar,
louca sensação, esta, para viajar,
nos neurónios, por um buraco do tempo…
 
Ah! Este poder de estar aqui, ou ali,
atravessando os confins do imaginário,
por mil léguas separado, ali ou aqui,
de louco, um pouco, e visionário…
 
Nunca te perguntarei por onde andas!
Se estives por cá faz um sinal...
 
Lisboa, 28-02-2010 01:52:50
(Diálogos da Alma e do poeta)

 

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Real Bordalo, o poema e o vídeo

 

 


Por favor: antes de abrir desligue primeiro o som do blog.

 

Ou aceda ao vídeo no You Tube

 

AQUI


 

SONETO REAL BORDALO

 

 

 

 

REAL BORDALO
Rogério Martins Simões
 
Apanho o eléctrico amarelo à pendura,
agacho-me para o condutor não ver,
o que as tintas, e pincéis de seda pura,
imortalizaram numa tela sem perceber.
 
Miúdo traquina pendurado na pintura…
brincando às escondidas sem saber,
que um pincel o apanhou com ternura,
viaja de graça num quadro sem o ter…
 
E salta para o chão em andamento.
Abala, embalo, travo e não me estalo…
E o Mestre pinta na tela o movimento.
 
E ficam as cores arco-íris nas telas.
Os putos, os eléctricos e as vielas.
Lisboa é toda sua! - Real Bordalo.
 
Lisboa, 30 de Janeiro de 2007
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
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Antes...

 

(MONET)

 

 

ANTES...
Rogério Martins Simões
 
Antes que as águas
me façam sofrer...
corro com as mágoas
que não quero ver.
Antes que não ande
e não saia…
enrosco-me nas ondas
que vão dar à praia:
glória e prazer de rolar,
como o vento,
nas águas do mar.
 
Meco 2009
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
 

 

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amrosaorvalho.gif

MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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