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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

Quero respirar

 

 

 

 

 

QUERO RESPIRAR

 

Rogério Martins Simões


 

Os silêncios.


A tristeza dominante;


Este estado de alma
reinante


que não me deixa
descansar;

 

 

 

Este corpo que não
obedece,

 

e padece,

 

perto e distante:

 

Copo esguio,

 

rolado, rolando

 

numa ponte levadiça,

 

que mais parece preguiça,

 

ora se levanta, e logo tomba.

 

 

 

Tomba a própria vida,

 

quando a rua desliza

 

e nos pisa,

 

quando ela nos foge

 

nos derradeiros lances de
estrada,

 

inclinada,

 

e lá vai...

 

 

 

Ainda se fosse.

 

Não vai!

 

Esta dor acamada,

 

parando,

 

parada

 

em cada lance de escada.

 

 

 

Sou um peso morto,

 

lastro, navio à deriva,

 

vida encalhada:

 

sofrida.

 

A minha sorte é nada.

 

 

 

Decrépitas tristezas

 

tomaram o pulso ao meu
fôlego:

 

Quero respirar… 

 

Aldeia do Meco, Campimeco,

2/10/2009

Poemas de amor e dor conteúdo da página

Presente e verbo amar

 

(Óleo sobre tela Elisabete Sombreireiro Palma)

 

 

PRESENTE E VERBO AMAR

Rogério Martins Simões


Sempre que vou comigo,

Comigo fico a pensar:

Quantas vezes em mim,

Contigo no meu olhar.


Quando estou contigo,

Contigo no teu cuidar...

Quantas vezes em mim,

Comigo, te sinto chorar.


Tento, mas não consigo,

Não consigo disfarçar:

Quantas vezes em mim,

A morte mais desejar.


Sempre que estou contigo,

Por vezes volto a sonhar:

Sonho que estarás comigo

Quando de novo voltar.


Sempre estarás comigo!

Sempre estarei contigo!

Presente e verbo Amar.


Lisboa, 19-02-2011 15:49:25

Poemas de amor e dor conteúdo da página

Envelheço a espaços

 

 

Meu falecido tio

José Antunes

 

 

 

ENVELHEÇO A ESPAÇOS…

Rogério Martins Simões

 

Envelheço a espaços

E não dou por isso…

Já não subo à figueira

Onde apanhei figos…

Vejo chegar os netos

E partirem os amigos

Seara ondulante

Numa dança com espigas

Pão azeite, coentros

E alhos para as migas…

 

Já não preciso de sol

Pois a espiga está madura.

Já não necessito de água

Pois a mágoa está segura.

Envelheço a espaços

E, afinal, dou conta disso.

 

Lisboa, 4/8/2005

(Registado no Ministério da Cultura

- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –

Processo n.º 2079/09)

 

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A pensar em ti... Um poema de 1983

 

 

(imagem do facebook)

 

 

A PENSAR EM TI

ROMASI

(Rogério Martins Simões)


Estrela da manhã

Que queimas

E não me guias…


Amiga

Flor que desperta

E não se apaga.


Lírio

Flor de lótus.

Semente.

Mar de vida.

Onde semeio

Onde me banho

E não me apago.

1983

(Registado no Ministério da Cultura

- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –

Processo n.º 2079/09)

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

Rogério Martins Simões - poeta da alma

 

 

 

Foi por acaso que descobri este belo poema, do poeta João Raimundo Gonçalves, no blog Direito de Resposta.

Sou um Humilde poeta e não mereço esta linda homenagem à minha poesia.

Muito obrigado ao poeta e partilho convosco este seu poema com a respetiva autorização.

Bem-haja  - Amigo e grande poeta, João Raimundo Gonçalves.

 

 

Rogério Martins Simões – poeta da alma

(João Raimundo Gonçalves)


olho no teu rosto a esperança

segredo dum homem que se deu conta

toda tempestade traz bonança

ainda que instante breve tanto monta

*

olho no teu rosto a firmeza

olhos leais lábios expressivos da vontade

que por mais afoita seja a tristeza

na tua alma regurgita eterna a liberdade

 

*

olho palavras transpiram poesia

tão de tanto amor serenas nas memórias

por mais que o temporal seja de maresia

ergues na alma a força das vitórias

*

olho amor sem espera duma mulher

aroma que ameniza dor num homem irreverente

nem a Parkinson vence quando quer

nem a epilepsia anula a coragem que a alma sente

*

olho o encanto de versos que seduzem

o incitamento à coragem humana de tudo vencer

vida possuída de estrelas que reluzem

e que atraem mundos ansiosos por te conhecer

*

olho o homem de memória inteira

o poeta que encanta e maravilha a fantasia

de forma brilhante à doença toma dianteira

que viva nele eterna tão doce poesia

 


 

 

Poeta, João Raimundo Gonçalves


Fico quase sem estrelas,

pois as quero dar neste momento em que tomo conta, sem contar,

deste magnífico poema que quiseste dedicar.


Sabes, os poetas são assim: ternura e sensibilidade à flor da pele,

nobreza de sentimentos,

encantamentos e tudo isto e tanto mais os distingue dos demais.


Fazemos parte do universo da luz que reluz nos versos,

nos poemas com que nas noites calmas e serenas nos encontramos com o luar.


Desfolhamos pétalas sem ferir as flores.

Choramos todas as lágrimas num turbilhão de sentimentos

e ressuscitamos num verso.

Apanhamos o último barco onde não chegámos a entrar.


Sim! Fico sem estrelas mas cheio de luz!

Muito obrigado poeta por este momento que eternizo na minha alma.


Rogério Martins Simões

 

ROMASI

 

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

Triste

 

 

 

TRISTE

Rogério Martins Simões

 

 

Sabendo-te triste!

 

Desconhecendo

 

se a dor que existe

 

não é por seres triste;

 

Em que consiste

 

essa tristeza tão triste?

 

 

Antes triste,

 

não sendo triste,

 

que viveres eternamente triste...

 

 

Lisboa, 02-12-2010 19:03:05

 

À Maria João, que hoje está tão triste

 

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amrosaorvalho.gif

MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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