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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

Escarpa...

 

 

(Foto de Rogério Simões)

 

 

ESCARPA
Rogério Martins Simões

Afronto e confronto
os meus pensamentos esguios.
Dói-me esta dor que se entranha
e não estranha
os meus pensamentos frios...
Só saltarei nos limites conscientes,
da inconsciência,
pelo prazer de voar...
Abeiro-me da escarpa
de sentido único:
Único prazer que me arrebata,
e ensina a não voltar…
Não estou só!
Estou parado!
Espero que me empurres…
ou me salves...
Lisboa, 14-05-2009 13:11:29
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)

 


Poemas de amor e dor conteúdo da página

PINGA NO MEU OLHAR DESTERRADO...

 

(Óleo sobre tela

da minha querida e amada companheira

Elisabete Maria Sombreireiro Palma

 

Pinga no meu olhar desterrado – quem me dera ver!
Já não sei se quero!
Que importa, se a porta está ferrugenta.
Arrasto esta casa que me encolhe e confina ao meu espaço melancólico.
Optassem por mandar-me embora.
Espere…!, faltam-me os óculos e não almejo o dia seguinte sem chorar
21-10-2008 22:59:39
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Improviso da alma e do poeta

 

Foto de Rogério Martins Simões

 

SANTA PÁSCOA

 

 

Improviso
da alma e do poeta

(Rogério MartinsSimões)

 

Dia a dia o desamor

Quebra o sentido da vida

Sofre-se em segredo

E na incerteza...

Reina a ganância,

A injustiça

O sofrimento, a pobreza,

E o medo!

 

É fácil dizer:

Temos de ser solidários!

Ser… não é fácil?

A vida é tortuosa,

Manhosa,

Vai tudo numa pressa.

E na pressa tudo olha

Nada se vê!

 

Olho! Nada vejo!

Olho! Nada sinto!

Olho! Olho! Olho!

Que vejo?

Vai tudo na pressa

À velocidade do salário

Vai tudo na pressa

À velocidade do ganho!

E o homem virou máquina,

Computador

Autómato.

 

Mas… o luar está igual

O céu não mudou!

Mudou a humanidade

Que perdeu a individualidade.

Passámos a ser números,

Peças de inventário.

Desumanidade!

 

Dia a dia

Caem os valores morais

Perfilam as estatísticas

Dos ganhos:

Ganha a produção:

Ganha-se menos!

Trabalha-se mais:

Ganha-se menos!

Que importa?

Se um homem tem fome?

E se há revolta.

Que importa?

A quem importa?

Importa é o dinheiro

Ser rico,

Virar banqueiro.

 

Mas… a areia cintila no deserto!

E nem tudo o que brilha é oiro

- Não vedes o céu a irradiar?!

Não! A humanidade não luz:

A sociedade é egoísta,

Prolifera o desamor.

Importa é estar na "berra"

E neste egoísmo nada sobra.

Está quase a bater no fundo!

 

Estes tempos são difíceis

Só há tempo para o fútil,

Para a notícia brejeira,

Para a asneira

Para a coscuvilhice.

E nesta agitação…

A alma consome

E o corpo mata.

 

Mas o mar permanece azul!

O melro assobia

O vento vira furacão.

 

Passou o tempo…

(O tempo passa depressa)

E na pressa

Não há tempo para filhos.

Dos filhos para os avós.

Dos avós para os netos.

Dos meninos para a família!

 

Volta poesia!

Volta poeta...

Acredita...

Que estamos no Outono,

Mais logo… será Inverno,

Vem aí a Primavera

Tudo será verde… renascido,

E de volta ao lar,

Em redor da lareira

Quando o dia findar,

Os avós,

Os pais

E os netos

Recordarão histórias da vida,

Contadas sem segredos,

(Segredos bem guardados).

E desses segredos

Renascerão

Os gestos colectivos de amor

Repreendidos

E esconjurados

Os actos egoístas

De desamor.

 

E os meninos

De volta às escolas

(Sem números nas camisolas)

Pintadas a lápis de cor

Vão ter recreios doirados

Em mil e uma aventuras.

E se treparem às árvores,

Subirão à “Torre de Babel”

E todos se entenderão

Na mesma língua.

 

Porque a terra vai ser paraíso

E os frutos não serão proibidos...

 

Lisboa, 29-10-2004 22:27:03

(Registado no
Ministério da Cultura

-
Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –

Processo n.º 2079/09)

 

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Diálogos: as pedras

Castelo de S. Jorge (Foto de Rogério Martins Simões)

 

 

Castelo de S. Jorge (Foto de Rogério Martins Simões)

 

 

DIÁLOGOS: AS PEDRAS

Rogério Martins Simões

 

Hoje pisei as pedras da calçada,

Devagarinho!

E as pedras disseram baixinho

- Olá poeta

 

Lisboa, 8/02/2011

 

 

 

 

 

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

PARKINSON

 

HOJE É O MEU DIA... DIA MUNDIAL DA PARKINSON

 

SEJAM TODOS MUITO FELIZES

 

SEM PARKINSON!

 

 

PARKINSON

(DIAGNÓSTICO)

Rogério Martins Simões

 

Meu amor! Tu não estavas enganada!

Só tu darias pela diferença no gesto,

Pela minha expressão algo errada,

O meu lado esquerdo menos lesto.

 

Hoje, tu não ficaste surpreendida.

Componho este poema e não desisto:

A direita, com que escrevo, agradecida!

Com a esquerda não escrevo mas insisto!

 

Com a direita escrevo o “A” de amor!

Com a esquerda se escreve o “D” de dor!

E o resto deste poema em desespero!

 

Pois sofrer, tanto sofrer não conhece.

O meu corpo, tanto sofrer, não merece.

Sofrer mais, por sofrer, não quero!

 

04-06-2002

 

 

 

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Memórias de um inverno em 1954

 

Rogério Simões com 5 anos de idade

 

 

Memórias de um Inverno em 1954

Rogério Martins Simões

 

 

 

De repente, do céu,

esvoaçaram farrapos de algodão

e através da vidraça eu via

que a minha rua se revestia

 Com uma veste branca e fria:

Era o inverno

Que ainda não conhecia…

E apresentava-se esplendoroso

 Ali, ao alcance da mão,

Nevava, em Lisboa, nesse dia.

 

E os meus pais assomaram à janela,

Enquanto, entre os dois,

em bicos de pés eu crescia…

Queria tanto brincar com ela,

E a neve não me via…

 

Bem cedo parti à descoberta.

Nada se sabe

e tanto se descobre no dia-a-dia.

Todos os meninos são marinheiros,

cavaleiros andantes,

que, pouco a pouco, vão sitiando

com olhares e andares

as terras e os mares.

 

Tantas coisas me tinham ensinado...

“Os meninos são marinheiros

São cavaleiros andantes

Os meninos são guerreiros

Homens pequenos, gigantes.”

 

Meu irmão ocupava, agora, o berço

que tinha sido meu.

 Estava irreconhecível;

Era pequeno

e pintado de azul.

Olhava.

Ali estava um menino

parecido comigo,

e eu desejoso por brincar.

 

- Cresce depressa e vem brincar.

- Cresce depressa

para fazeres parte da minha história.

-Sou um menino pequenino,

maior do que tu,

cresce para seres como eu:

Cá em casa tudo é grande…

 

Pelas tábuas da velha casa

jogávamos ao berlinde.

Meu irmão,

olhava o berço que já foi seu,

que já foi meu,

e repetia as mesmas palavras:

- Cresce depressa

para brincares comigo.

 

E a nossa mãe

dava de mamar ao nosso irmão.

E ralhava!

Ralhava connosco,

 ao ver os buracos

feitos no chão.

Havia, agora, três meninos;

Três buracos no chão,

Pequeninos,

do tamanho dos berlindes.

 

O tempo passa depressa

e a escola começara.

Conheci outros meninos

que jogavam ao berlinde na rua.

E tinham abafadores,

berlindes grandes,

com que “abafavam”

os berlindes dos outros…

Aprendi a guerrear…

nunca fiz parte dos fracos…

 

E se por qualquer razão,

A razão que em mim manda,

Certo estava, às vezes não.

 “Escutei sempre o coração

Essa voz que me comanda”.

 

Nunca mais nevou na minha rua!

 

 

 (Memórias)

Lisboa, 2005-02-28

 

 

 

 

 

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amrosaorvalho.gif

MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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