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AH! ESTE SOL
Rogério Martins Simões
Preciso deste silêncio
De enrolar as minhas palavras em silêncio
Se as leres… no bulício da cidade
Não te dirão nada
Absolutamente nada
Pois ainda não encontraste paz
Enche os pulmões deste ar refeito
E enfeita o teu rosto de glória
Tantos malmequeres
Ah! Este sol.
25-07-2011 23:27:42
VIGÍLIA
Rogério Martins simões
Entrei pela janela e era luz
Acerquei-me de ti
E a noite murmurou
Era ainda muito cedo…
Uma gota de orvalho
Gotejava em teus olhos
E nem deste pela manhã fria…
Na luz do meu olhar
Acendeste uma fogueira
Com que secaste a última lágrima
Que escorria do meu rosto
Tomei as tuas mãos
E levei-as ao coração
Enquanto a noite finalmente adormecia…
Meco, 22-07-2011 00:28:52
(O direito de autor é reconhecido
independentemente de registo,
depósito ou qualquer outra
formalidade
artigo 12.º do CDADC.Lei 16/08de 1/4)
(A registar no Ministério da Cultura
- Inspeção-Geral das Atividades
Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
Quando o teu corpo adoçava o tempo
Rogério Martins Simões
Quanto no teu olhar
reluzia a sedução,
cristais acenavam
em teu corpo
descoberto…
E o meu corpo,
Em teu corpo
Adoçava.
Era um só corpo
que abraçava,
a todo o tempo,
quando o tempo
contigo dançava,
num sémen,
onde o desejo
não era abstracto
e recomeçava…
Além de nós,
havia um tempo
que anunciava
um vento criador.
Uma ligeira brisa
separava
os nossos corpos do fogo…
Depois, eras a diva
num período de advento,
trazias no teu corpo
estrelícias
de chuva e vento…
Logo, a terra, nos revestia
de volúpia
para que
recomeçássemos…
Suspiros
da procriação
misturavam-se,
em cores férteis,
nos corpos nus…
(cio da natureza,
entreaberto…)
Depressa a natureza
descobriu
desvarios
sem tempo,
de um tempo
de germinação,
E não mais o vento
te esfriou o calor,
com que te avermelhou
o rosto,
em contratempo...
Que rápido
passou o tempo
através de nós,
momento
a momento,
quando no teu corpo
adoçava o vento…
Lisboa, 05-11-2007 22:44
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
HORIZONTE
Rogério Martins Simões
Percorri o teu olhar e não me viste,
Estavas sentada nos limites do horizonte,
Não sei o que nessa hora sentiste,
Havia entre nós uma velha ponte…
Recordei ao passar por ti quando vinhas,
Debruçada nos arautos da lua,
Os viços que entravam pela porta,
E tu trancavas as portas da rua.
Não te quero desviar do que vês.
Talvez a ponte já lá não esteja,
Se está, pintaram-na outra vez,
E com a cor dos teus olhos não se veja.
Hoje, entregue a mim, nem descobriste
Que havia entre nós uma ponte,
Procuraste e não me viste:
Desvanecendo nos confins do horizonte.
Meco, 16-07-2011 19:28:39
EFIGÉNIA COUTINHO
PARABÉNS
Rogério Martins Simões
Mais um dia, mais um ano,
Com muitas alegrias p´ra viver,
Seja assim, até descer o pano,
Com este seu amigo a ver.
Feliz aniversário com casa cheia,
Com amor para dar e receber,
Pois cacos e trapos são areia…
Que melhor presente poderá ter?
Um forte abraço e votos de felicidade
Com casa cheia de amor, amizade e muita saúde
São os votos deste seu amigo,
ROMASI
A BELEZA DA VIDA
Efigênia Coutinho
Dedicado a todos pela passagem do meu Aniversario
A beleza da vida, não depende
da quantidade das flores recebidas
mas sim do seu aroma que vai colorindo
de Felicidade transmitida por cada um
dos amigos aqui presentes ao presente dia!·
Assim é a Felicidade, uma variedade
de muitos momentos que colhemos ao
longo desta passagem chamada Vida!
Pequenos gestos tornam-se grandiosos
diante da grandiosidade de vossos corações!
A vida fica melhor quando se tem bons amigos
para compartilhar e celebrar a própria vida com
suas realizações e suas alegrias, sonhos e felicidades.
OBRIGADA A TODOS VOCÊS QUE FESTEJARAM
AO MEU LADO ESTE DIA 15 - 07 - 2011
Efigênia Coutinho
OS DIAS AMARGOS DE UM DOENTE DE PARKINSON
2011-07-10
Rogério Martins Simões
Nas minhas pernas assento
As minhas mãos trémulas de derrota…
Aos meus pés está este chão
Que ainda não me vence.
A minha cabeça preenche vitória…
Na vitória estas linhas escritas
Que não irei entender…
Depois…
Depois? Logo se verá.
A sorte continua desse lado.
Não! A sorte está comigo que ainda escrevo
Mesmo que eu não entenda o que escrevi.
No fundo não escrevo nada que não tivesse escrito…
Grito!
Um grito percorre sem glória a minha alma…
Meco, 10-07-2011 15:09:41
(Diálogos da alma e do poeta: os dias amargos de um doente de Parkinson)
DARFUR - SUDÃO
Rogério Martins Simões
Era uma noite, tão noite,
nem uma só luz existia,
as velas, acesas, não brilhavam.
Lá fora nem luar havia…
Metia medo!
Ninguém dizia!
Ninguém murmurava…
O silêncio era gélido!
Esperavam o dia,
e os corações sangravam…
Medrosa agonia,
Metia medo!
Ninguém diria…
Vieram os cavaleiros de negro…
Despedaçaram as portas!
Violaram! Mataram!
Derramaram o sangue!
Verteram-se as lágrimas!
Levaram os moços!
Incendiaram o chão!
Queimaram os corpos em pira!
Envenenaram os poços!
E partiram sedentos de ira!
Que tragédia é essa - Sudão?
Voltou o dia!
Fez-se noite!
Viram-se de novo as estrelas!
Que é do teu povo Sudão?
4/4/2005
(Dedicado a João Paulo II)
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspeção-Geral das Atividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
$ JUIZ DINHEIRO $
Romasi
Rogério Martins Simões
O jogo já começou
A luta é de morte
O dinheiro ataca!
O dinheiro defende!
Ao redor, gente, multidão,
Lançam as fichas do jogo...
Uns o atacam...
Outros o defendem...
E todos o acusam...
E entre o azar e a sorte
Alguém perdeu
Alguém lucrou...
Ficha eterna!
Não há dinheiro!
Banca rota!
E o povo sobe ao cadafalso...
Porque não tem dinheiro
Mas está inocente...
11/1968
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspeção-Geral das Atividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)