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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

ODISSEIA

 

 

ODISSEIA…

Rogério Martins Simões

 

Se ao menos me dissessem:

- podes esperar!

 

Se a soma dos meus pensamentos

fossem a resolução dos meus lamentos:

voltaria a ter um sorriso aceso de criança,

gaiato,

pendurado no beiral

da plenitude da minha odisseia.

 

Desfaço o nó imaginário,

na corda

que enrola as minhas mãos,

e deixo deslizar o pião…

 

08-06-2006

(Registado no Ministério da Cultura

Inspeção-Geral das Atividades Culturais I.G.A.C.

Processo n.º 2079/09)

Poemas de amor e dor conteúdo da página

E a vida acontece

E A VIDA ACONTECE

Rogério Martins Simões

 

Os anos vão passando,

a manhã já vai alta

e a tarde já escapa.

 

A vida corre para a meta

e a meta fica mais próxima

em cada Natal;

Em cada ano novo;

 

Tudo foge!

Caem os cabelos,

o rosto fica mais rugoso

e a vida acontece.

Mas um Menino tão antigo

permanece menino como nasceu.

Que magia!

Como encanta este menino,

como sai bonito das mãos do carpinteiro.

Como renasce perfeito na roda de um oleiro.

 

De barros somos todos nós!

Ainda, assim, dá para expressar sentimentos

e, no virar de página,

de mais um ano,

nós, viajantes de um espaço terreno,

aproveitamos o tempo que nos resta

para lembrar os amigos que partiram

e os que estão entre nós.

É por isso que vos recordei

com um carinho muito especial.

pois os anos vão passando,

e a manhã já vai alta

a tarde já escapa

e a vida acontece.

Gosto tanto de vós!

Lisboa, 24 de Dezembro de 2007

 

UM SANTO E FELIZ NATAL

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SOLUÇO

 

(FOTO PADRE PEDRO)

 

 

 

SOLUÇO

Rogério Martins Simões

 

O rio que corre no meu olhar,

De tantas vezes corrente,

Finge e vai desaguar

Aos meus olhos de nascente.

 

E se volta a soluçar

Dando conta da enchente;

O rio faz transbordar

A tristeza que sente…


Campimeco, Aldeia do Meco, 18-12-2011 22:32:33

 

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COBRI DE ROSAS (poema e vídeo)

COBRI DE ROSAS

(Rogério Martins Simões)

 

Cobri de rosas

A tua rosa

O teu botão.

Abri a rosa

Cortei a pétala

Pétala a pétala

Enchi o chão.

 

Mas se ao menos

O teu rosto sorrisse

E a tua boca

Dissesse palavras

De ternura:

Eu te daria

De novo rosas

Formosas

E em botão.

 

1987

 

(Caderno Uma Dúzia de Páginas de Poesia n.º 41)

(Poetas Almadenses)

(Registado no Ministério da Cultura

- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –

Processo n.º 2079/09)

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

Amanhã estarei melhor (Poema e vídeo)

Amanhã estarei melhor

Rogério Martins Simões

 

Hoje continua o lastro

do meu estado de alma

do dia de ontem.

 

Estou envolvido

Numa teia que enleia.

Estou como que pregado

A um madeiro

Sem pregos ou cordas.

Solto uma terrível agonia

E, sem dar conta,

Nem vómitos dão a perceber.

 

Sou uma represa invisível

Num turbilhão de água

Pesarosa.

 

Se ao menos chorasse.

Se ao menos morresse.

 

Sou um ser solitário,

Acompanhado

Com a mulher mais presente:

- O amor da minha vida.

 

Será do tempo?

 

Hoje meu corpo

Nem o Tejo espreitou!

Sinto-me agarrado a nada,

E nem mesmo a lua

Terá saudades em me ver.

 

Este vazio imenso

Parece furtar

As palavras do coração.

Parece levar a alma,

Que renascia,

Quando noite fora partia,

Pelo Tejo,

Em busca de uma bruma de saudade.

 

Será do Inverno?

 

Não! O Inverno esquivou-se

Nas estações esquecidas,

Onde nem as carruagens

De terceira classe param.

 

Amanhã estarei melhor!

2008

(Registado no Ministério da Cultura

- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –

Processo n.º 2079/09)

 

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Nó cego... Vídeo e poema

NÓ CEGO…

Rogério Martins Simões

 

Vezes sem conta… que contam?

Os deslizes desta vida nas bordas;

Os precipícios inclináveis sem retorno;

Ou a demência descontrolada num forno

Nos baloiços dos suplícios sem cordas…

 

Deixo ir os sentidos… que montam?

A carcaça seca de um velho barco

Ou o ginete de um gato parco

Capado, coitado, sem ego…

De gatas, às gatas, em nó cego…

 

Às vezes tenho guizos… que gizo?

A senda de um marinheiro acorrentado…

A contenda de um plano inclinado

Ou a arte de escapar à descida,

Atravessada, cordata, vencida…

 

Deixo estas palavras: descontem!?

Confusos sentimentos sem viso?

Deixo de fora a estética: preciso?

De um soneto heróico de Camões

Ou de um jogo combinado a feijões?

Hoje nada conta: abro o misturador

E pico as palavras no obliterador…

Vezes sem conta! Desmontem…

 

Lisboa, 01-07-2008 20:57:28

(Registado no Ministério da Cultura

Inspeção-Geral das Atividades Culturais I.G.A.C.

Processo n.º 2079/09)

(Poema dedicado ao filho da minha companheira, Ricardo Palma Ferreira,

que faleceu, em 1989, num acidente de mota na ponte 25 de abril)

 

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UM PÚCARO DE SAUDADE... O VÍDEO

UM PÚCARO DE SAUDADE…

Rogério Martins Simões

 

Regressei à velha casa da aldeia,

Procurei a chave que nunca serviu

E à luz da velha candeia

O trinco da porta sorriu…

 

Espreitei!

A mesa ainda estava posta…

No meu lugar vazio encontrei:

Um prato, um talher desirmanado

E um corpo longínquo…

 

Mesmo ao meu lado,

Tal como a tinham deixado,

Estava uma caixa de silêncio…

 

Tinha sede…

Procurei no prego enferrujado

O púcaro da saudade…

Então, uma mulher adelgaçada

Abraçou o cântaro;

Pegou na rodilha,

E partiu para a fonte…

Meco, 27-09-2011 14:54:00

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O cíúme mata...

O CIÚME MATA...

(Rogério Martins Simões)

 

Abri a janela do quarto

Quatro paredes! Deserto…

A sensação de estar farto!

E o meu chão ali tão perto...

 

Afunda a noite na alma,

Na dor, por amor, sofreu

Esta noite não está calma,

É tão escura como breu.

 

Clamo por minha loucura.

Desatino tenho certo…

Não tenho medo da altura:

E o chão ainda mais perto...

 

Olho de novo p´ro rio,

Hoje nem luar de prata.

É verão mas tenho frio,

É o ciúme que me mata.

 

Nuvens que o ciúme deu.

Luar sem ter lugar certo.

Amor, que te aconteceu,

Perdidamente tão perto…

 

Lisboa, 10/5/1989

Alterado 2011

(Registado no Ministério da Cultura

- Inspeção-Geral das Atividades Culturais I.G.A.C. –

Processo n.º 2079/09)

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O Menino Jesus de Fernando Pessoa.

TERTÚLIA POÉTICA NO MARTINHO DA ARCADA

30 de novembro de 2011

 

Sejam bem-vindos ao Martinho da Arcada no dia em que se completam 76 anos da morte de Fernando Pessoa.

 

Caros amigos

 

Tal como Fernando António Nogueira Seabra Pessoa, também corro atrás dos sonhos. Foi assim no primeiro evento, aqui realizado, para comemorar o Dia Mundial da Poesia. Será assim nesta noite em que o sonho cria forma e se transforma num convívio de poetas e amigos para celebrar o génio criador de Pessoa.

 

Neste sonho entra um amigo, aqui presente, o Manuel Augusto.

Foi o seu exemplo de luta pela vida, e as suas palavras, que me motivaram para dar início à realização deste novo sonho. Assim, e depois de ter a anuência do meu amigo e poeta, José Baião, entrei em contacto com o Sr. António Sousa, sócio-gerente do Martinho da Arcada, que mais uma vez acreditou que o sonhador conseguisse encher esta sala.

 

 

Não foi fácil conseguir reunir este grupo devido às desistências com que não contava. Conseguimos trazer amigos pessoais, e aqui agradeço o esforço das poetisas Dalila Moura, Anabela Portugal e da minha amiga Maria da Luz. As minhas saudações ao talentoso pintor de Lisboa, aqui presente, REAL BORDALO.

 

Mas os sonhos só se concretizam com persistência e, apesar dos obstáculos colocados na pista de cinza onde já não corro, vou conseguindo superar aos poucos essas barreiras com a ajuda de alguns amigos.

 

 

Durante mais de 25 anos andei, aos Sábados, pelos caminhos da arqueologia – a minha segunda grande paixão. Certo dia, ao escavar uma sepultura medieval, deparei com aquilo que restava do que tinha sido uma sola de um sapato que, supostamente, pertenceu a um defunto.

Reparei que aquela sola estava intrometida no meio duma forte e grossa raiz de um plátano.

Vi através dos furos feitos na sola, pelo sapateiro, que passavam raízes daquela árvore.

Afinal, a raiz grossa ramificou-se para ultrapassar o obstáculo e voltou a reunir-se mais à frente, formando novamente uma raiz compacta em busca do alimento que permitiu a frondosa árvore viver.

 

Se até a raiz ultrapassou o obstáculo qual a razão para desistirmos?

 

Não desisti! Aqui estou entre vós mais uma vez.

Porém não basta reunir um grupo de amigos para concretizar o sonho. Era necessário criar um programa de qualidade à altura do Poeta. Aqui entra o poeta José Baião que nos irá surpreender e enriquecer esta noite.

Mas o José Baião ainda nos vai dar música acompanhado por um amigo, o Eduardo Abrantes, a quem desde já agradeço por nos acompanhar ao piano.

 

Nesta programação surge outro trabalho a cargo dos poetas António Barroso Cruz e do Policarpo Nóbrega que vieram da Madeira.

Uma especial saudação para o Policarpo, para o Soares Teixeira que têm o dom de bem recitar e à Joaninha pela arte de encantar.

 

Para esses e todos os restantes amigos que nos vão dar o prazer de os escutar o meu muito obrigado.

 

Finalmente, um beijo para a minha esposa e companheira - a Elisabete Sombreireiro Palma - que, para além de me proteger e amparar, ainda tem a arte e a paciência de aturar este vosso humilde poeta.

Ou como escreveu Alberto Caeiro:

 

"Ser poeta não é uma ambição minha

É a minha maneira de estar sozinho..."

 

"Alberto Caeiro - Guardador de Rebanhos"

 

Lisboa, 30 de novembro de 2011

Rogério Martins Simões

ROMASI

 

 

 

 

 

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amrosaorvalho.gif

MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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