O cíúme mata...
O CIÚME MATA...
(Rogério Martins Simões)
Abri a janela do quarto
Quatro paredes! Deserto…
A sensação de estar farto!
E o meu chão ali tão perto...
Afunda a noite na alma,
Na dor, por amor, sofreu
Esta noite não está calma,
É tão escura como breu.
Clamo por minha loucura.
Desatino tenho certo…
Não tenho medo da altura:
E o chão ainda mais perto...
Olho de novo p´ro rio,
Hoje nem luar de prata.
É verão mas tenho frio,
É o ciúme que me mata.
Nuvens que o ciúme deu.
Luar sem ter lugar certo.
Amor, que te aconteceu,
Perdidamente tão perto…
Lisboa, 10/5/1989
Alterado 2011
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspeção-Geral das Atividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)