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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

DIAMANTE

DIAMANTE

(Rogério Martins Simões)

 

 

Veste-se de cetim, e branca anágua,

Seus lábios de mel são natureza.

Tens a liberdade e estás presa:

Pequena rocha; tão fresca água.

 

Tens o coração atado à mágoa.

Nos teus olhos pende a represa:

Manto de burel, chora a tristeza,

Corpo e alma na acesa frágua…

 

Outro caminho não se vislumbra:

Se a louca viagem for na penumbra,

No teu destino; no teu mirante:

 

Insubmissa às palavras jazidas

Deixaste cair as letras vencidas

És a minha rocha e o meu diamante…

 

 

 

 

Campimeco, Praia das Bicas, Meco 29-05-2012 22:43:32

 

 

 

 

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Não sei como estar...

NÃO SEI COMO ESTAR

Rogério Martins Simões

 

Não sei como estar:

Se do lado de dentro?

Se do lado de fora?

 

Sou o meu universo palpável:

A terra lateja

e o meu corpo pulsa.

 

Dentro de mim,

Uma dor física igual às alterações do tempo.

Hoje todo o meu corpo me dói

e nem posição encontro para estar.

 

Estive lá fora,

Onde não estou,

De onde me escondo

Para que não me vejam.

 

Percorri uns quantos metros:

A distância que me separa entre parar

À espera do fim…

Parece que não deram por mim…

Quem haveria de dar?

 

Estou agora na parte de dentro

Tenho por perto o mar.

Ontem soltei um rio…

Que me deixou à mercê de desaguar

No que aqui me traz:

Quantos rasgos de génio,

ou de coragem,

adoçam o sofrimento?

 

As minhas dores parecem abrandar.

Abro a boca!

Tenho sono!

Quero de paz!

Meco, 31/08/10 16:57:19

(Diário de um doente de Parkinson)

 

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Holocausto

Holocausto

Rogério Martins Simões

 

Holocausto

Miséria insana!

 

Compasso meu andar:

Um passo à frente

E outro para trás.

 

Que me irá salvar deste instante?

 

Ah raça humana

Desumana!

Lisboa, 2008

 

 

 

 

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Mundo Melhor

O poema que vos dou a conhecer foi escrito em 1969, tinha 19 anos de idade e queria um Mundo Melhor. Foi então musicado pelo conjunto “A Cápsula” do qual fazia parte o meu irmão Jaime Simões e era muito solicitado nas festas. Dou-o a conhecer pois faz parte do meu percurso como homem e poeta. Um agradecimento ao meu irmão mais novo, o José Manuel, por ter conservado este poema que rasguei.

Finalizo a sua apresentação, trata-se de um humilde poema mas, tal como quando tinha 19 anos, continuo a pensar que devemos exigir um Novo

 

Mundo – Um Mundo Melhor.

Rogério Martins Simões

 

 

 

MUNDO MELHOR

Romasi

Rogério Martins Simões

 

Irmão, meu irmão,

não temas dá-me a tua mão,

não vês que o mundo é belo

quando assim nós o queremos.

Abre os olhos, olha em frente:

Não vês flores no chão

espalhadas pelo vento...

Vamos! Lança a tua mão

a minha espera a tua

 

Este é o mundo do Criador,

O mundo do Senhor

O mundo melhor.

 

 

Vamos irmão,

Não temas dá-me a tua mão

Dorme no meu palácio

na minha melhor cama

Come do meu pão

veste o meu pijama.

Sabes? Aqui não há ouro

mas não existe fome,

estás tão fraco, come.

Serve-te do meu talher

vai à dispensa

tira o que houver.

Come mas reza primeiro

agradece  ao Senhor

Este é o Seu Mundo

Um Mundo melhor

 

Vamos irmão

não temas e dá-me a mão.

Vamos beijar flores…

acariciar os nossos irmãos

Olha! Está ali uma flor

formosa flor plantada na terra

que a terra parece engolir

Terá de florir!

Vai, leva-a ao meu palácio…

dá-lhe o que te dei

ensina-lhe o que te ensinei

lança-a na vida

à procura  de outras flores

e seremos um novo mundo:

Um Mundo Melhor

 

Lisboa, 7/2/1969

 

(Registado no Ministério da Cultura

- Inspeção-Geral das Atividades Culturais I.G.A.C. –

Processo n.º 2079/09)

 

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Meus olhos veem, minha alma chora

MEUS OLHOS VEEM, MINHA ALMA CHORA

 

M.A.Vaz da Silva Augusto

 

Meus olhos veem
Minha alma chora.

Nesse incessante olhar
Que não sentem
Mas veem,
Numa alma que não vê
Mas sofre e sente.

Meus olhos veem
Minha alma chora.

Na busca da perfeição
Perdi meu olhar
Tremulo, inseguro,
Tampouco minha alma sente
Perfeito que seja meu olhar.

Meus olhos veem
Minha alma chora.

E nos olhos que veem
E na alma que sente
Procuro, busco e rebusco
Outra visão do olhar
A paz sofrida da alma.

Meus olhos veem
Minha alma chora.

Sinto-me tão cansado,
Sem ânimo que eleve
Meu olhar perdido
Ou alma que revele
Sentimentos idos.

Meus olhos veem
Minha alma chora.

C.Rainha, 12/05/2012
M.A.Vaz da Silva Augusto
(reservados direitos de autor)

 

(Dedicado ao amigo e poeta Rogério Martins Simões)

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Quando nas mãos de amor me vi sujeito

Quando nas mãos de amor me vi sujeito

João Xavier de Matos

 

Quando nas mãos de amor me vi sujeito,

A razão em mil erros consentindo,

Jurei de nunca mais, em lhe fugindo,

Sujeitar-me a seu bárbaro preceito.

 

Ora pude escapar-lhe, e ver desfeito

O duro laço, que me andara urdindo,

Até que pouco a pouco fui sentindo

De novas chamas inflamar-se o peito.

 

Olhando então por mim, achei quebrada

A ligeira promessa, a um brando rogo,

Por minha própria mão sacrificada;

 

Que juras contra amor, por desafogo,

São votos de tormenta já passada,

Que depois de serena, esquecem logo.

 

(tomo I de Rimas)

João Xavier de Matos, nasceu entre 1730 e 1735 numa povoação designada por Ribeirinha do Tejo e faleceu em 1789, em Vila de Frades

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Continuo minha mãe a crescer

 

CONTINUO MINHA MÃE A CRESCER

Rogério Martins Simões

 

Continuo minha mãe a crescer,

Cresço e já não posso desistir.

Continuo, minha mãe, a erguer

Os caminhos por onde quero ir.

 

Não chore que eu irei escrever,

Quanto me ensinou a sentir:

Neste corpo que o viu nascer;

Nestes olhos que os viu abrir.

 

Tudo deu! Mais não me pode dar.

O menino cresceu, e de tanto amar,

Escreve versos com doçura.

 

Meus versos são o leite materno,

Gerados no ventre do amar eterno.

Mãe! Seu coração é de seda pura.

 

12-05-2011 19:27:26

 

 

 

 

 

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O corpo que não comando

O CORPO QUE NÃO COMANDO

Rogério Martins Simões

 

O meu corpo que não comando

Não para, não me dá descanso.

Seara de trigo ondulando:

Ao vento e à chuva balanço.

 

Tremo, e por seu desmando,

Quero alcançar;  não alcanço.

Tocar os céus mesmo sonhando.

Quero dançar e já nem danço.

 

Fui à bruxa: Tinha quebranto,

Mau-olhado! Espinha caída.

Sou a minha sombra vencida:

 

Olho por meus olhos sem ver.

Baloiço entre ser e não ser.

E afogo minha dor no pranto…

 

Lisboa, 30-04-2012 01:31:46

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MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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