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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

O MONTE

Tela de Tiago Simões e amiga

O MONTE, um poema de meu pai, José Augusto Simões

 

Quem conhece a minha poesia que desde 2004 tenho divulgado no meu blog, “POEMAS DE AMOR E DOR”, e mais recentemente no Facebook, sabe quanto o meu querido pai, e meu mestre, a influenciou.

O meu gosto pela poesia começou cedo, nos anos 50 do século passado,  pois bem cedo nos serviu à mesa, como sobremesa, os poemas dos grandes poetas e os seus lindamente recitados.

Também já o escrevi, e volto a dizer: durante a década de 60 do século passado era o meu pai que corrigia os meus poemas; agora sou eu que revejo os seus.

Tal como o meu pai o fez durante muitos anos, também rasguei a minha poesia. Chegámos assim a 2004 quando “voltei a escrever e já não queria” e procurei incentivar o meu pai a fazer o mesmo.

Para concluir a apresentação deste poema (canção de roda), e de mais dois que tenho para passar ao computador, quero expressar, mais uma vez, a admiração, o amor e o carinho que os meus queridos pais hoje e sempre me merecem.

De seu filho

Rogério Martins Simões

 

 

O MONTE

José Augusto Simões

 

Subi ao cimo do monte

Para beber água fresquinha

Mas não encontrei a fonte

Fiquei com a sede que tinha

 

Quando descia p´ra estrada

Encontrei uma pastorinha

Com a sua cantarinha

Naquela ponte sentada

 

Assim que entrei na ponte

Ela me disse por graça

- Beba água da minha fonte

Eu a dou a quem passa

 

Encontrei  assim a menina

Não sabia onde ela andava

Com aquela água fresquinha

Que a minha sede matava

 

Matei a sede que tinha

Com aquela água sagrada

Ao beber da cantarinha

Daquela menina sentada.

Lisboa, 25 de Abril de 2012

O poeta, José augusto Simões, nasceu na Póvoa, Pampilhosa da Serra, em 1922

 

 

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

E TU TÃO PERTO

E tu tão perto…

Rogério Martins Simões

 

Meu amor, hoje, tão só;

e tu tão perto…

Perto de mim estão estas mágoas

Este meu fado breve:

certo e incerto:

E tu tão perto!

E tu tão perto…

 

Meu amor está tão só,

e por certo,

Comigo perto,

mareando nestas águas.

Minhas mágoas deixaram-me deserto…

E tu tão perto!

E tu tão perto…

 

Perto está o meu peito,

encoberto,

Esta dor, sem jeito, de se ver

Ver sem ver

é olhar liberto:

E tu tão perto!

E tu tão perto…

 

Olha!

Repara em mim,

entreaberto,

Aberto, e pleno de saber

Que o nosso amor é mais desperto:

 

Contigo perto!

Comigo perto.

 

08-05-2005

(Registado no Ministério da Cultura

Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C.

Processo n.º 2079/09)

 

 

 

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ESTA MINHA VIDA

ESTA MINHA VIDA…

Rogério Martins Simões

 

Esta minha vida,

certa,

que incerta desliza

como a légua por caminhar.

 

Que não me dá trégua,

desespera,

desesperada...

no antever

do percurso a trilhar.

Passeia neste espaço

onde o meu traço

vai deixando marcas:

linhas ligeiras e fracas,

não regulares,

que vão caindo aos poucos

nas teias do meu corpo,

que teima em me prender.

 

Desço,

estou descendo nos sucessivos

e intrometidos sinais proibidos.

Desço esta subida inclinada.

Este lance de escada,

que me para,

em cada mirante,

para me perguntar...

 

-Quantas gerações trazes contigo?

 

Risco e rabisco

- Que faço por aqui sentado?

 

- Glória esta de ainda estares vivo!

 

- Se me conhecesses,

quando passavam os dedos pelos meus cabelos,

não terias deixado cortar

os meus lindos caracóis…

 

Meco, 09-08-2012 21:14:24



 

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Papagaio de papel...

 

 

Repliquem os sinos do meu coração

Rogério Martins Simões

 

Quisera eu ser um papagaio de papel,

Nas palavras que escrevo por lembrança.

Que voasse livre sem cordel,

No arco-íris da minha esperança...

 

E se eu o subisse em corcel,

Com a alegria de uma dança,

Deixando para trás todo o fel,

Do sofrimento injusto que me cansa.

 

Repliquem os sinos do meu coração!

Acordem os sentimentos da minha ilusão.

Será que a esperança de facto existe?!

 

Existe e estou certo do incerto fim…

Pois certo é eu estar certo assim:

Se o futuro não for melhor e menos triste.

 

5/5/2004

 

(Registado no Ministério da Cultura

- Inspeção-Geral das Atividades Culturais I.G.A.C. –

Processo n.º 2079/09)

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RESPLENDOR

RESPLENDOR

Rogério Martins Simões

 

Acordei! Era manhã!

Esqueci o trabalho!

Harmonizei!

Vi nascer o dia

Vi nascer o astro-rei

E, num tempo sem horário,

Por ali fiquei,

Onde tudo brilha,

Em perpétua ondulação.

 

E vi o sol numa dança

Incendiando o meu rosto

Alvorada de esperança

Suavizando o meu desgosto…

 

Um raio de sol

Penetrou no meu semblante

E fui manhã ao acordar

E se libertar implica luz

Que eu seja luz a cada instante

Para sempre me purificar

 

Um raio de sol

Permanece em mim

Neste momento de meditação!

 

Um raio de luz…

Do tamanho de um Sol

Encontrou o meu coração.

14-06-2004 23:39



(Registado no Ministério da Cultura

- Inspeção-Geral das Atividades Culturais I.G.A.C. –

Processo n.º 2079/09)

 

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RIO AO FUNDO

TELA DE ELISABETE SOMBREIREIRO PALMA

O RIO AO FUNDO…

Rogério Martins Simões

 

O rio ao fundo do vale

Leva consigo as lágrimas deste povo que sofre,

Deste povo que labuta e vê partir nas águas

Outras almas em busca de outros mirantes

Que triste é viver num país sem esperança,

Sem futuro!

Meco, 05-10-2011 01:33:52

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Incendiário

Incendiário

Rogério Martins Simões

 

Incendiário,

Que contrato fizeste com a natureza

Se na ira… queimas o que respiras

Que respiras tu?

Merda!

Fumo negro!

Que tragédia!

11/08/2005 01:26

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HAVIA ENTRE NÓS UM NÉCTAR...

HAVIA ENTRE NÓS UM NÉCTAR

Rogério Martins Simões

 

Havia entre nós um néctar

Quando em teu corpo voava:

Tu eras a rainha, desnuda,

Seios de água-mel,

Que a minha boca adoçava.

 

Havia entre nós um néctar

Pois os nossos corpos alavam…

E num bailado exuberante,

Com asas diamante

Em tuas asas dançava…

 

E havia um banco de jardim

num prado de flores campestres.

E havia um chão de mim

Com teus odores silvestres…

 

Sim! Havia entre nós um néctar

E os nossos corpos poisavam…


Praia das Bicas, 01-09-2012 20:06:04

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ÁRVORE

 

 

ÁRVORE

Rogério Martins Simões

 

Árvore!

Que me defendes do sol

E tombas lutando:

Para que eu respirasse

Para que eu dormisse

Para que eu repousasse

Para que eu sorrisse

Conta-me os poisos que tiveste

Os cânticos que escutaste

Os namorados que espreitaste

Os ladrões que encobriste

Os trovões que ouviste

As portas que abriste e fechaste

Os murmúrios dos tristes

Os ventos que tapaste

Recorda-nos o canto do rouxinol…

 

Árvore

Que na alvorada me dás abrigo

E adornas o fruto que não vou comer...

Se ao morrer

Carregas o fardo

De me levares contigo:

Em tábuas, penumbra, cinzas e nada

 

Árvore

Que sabes tu de mim?

 

 

Campimeco. MECO 03-09-2007 20:53

 

 

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Eterno sonhador

 

 

 

 

ETERNO SONHADOR

Rogério Martins Simões

 

De novo o barco avança...

Quem o poderá deter?

Quem sonha sem esperança,

Que esperança pode ter?

 

Ontem, ainda criança,

Fui feliz mesmo sem ver:

Que um sonho só se alcança

Quando avança sem dizer…

 

Percebo na idade adulta,

Que um sonho não resulta,

Se o alento desandar.

 

E se em sonhar persisto,

Solto tudo e não desisto:

Renasço e volto a sonhar.

Meco, 19-11-2011 23:25

(Registado no Ministério da Cultura

Inspeção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C.

Processo n.º 2079/09)

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amrosaorvalho.gif

MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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