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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

Ausência

AUSÊNCIA

Rogério Martins Simões

 

Gritei, chamei por mim e não estava.

Chorei, voltei a chamar, e não me vi:

Era a ausência que me arrastava,

Voltei a chamar, e não estava ali.

 

Era a idade que não descansava,

O banco de jardim que nos sorri,

Era o meu tempo que avançava,

Voltei a chamar e não me revi…

 

Veio o vento com alforges de mel,

Soprou  nos pedacinhos de papel

Que um dia este menino cortou

 

Eram os seus sonhos de criança,

Bolinhas de sabão de lembrança,

De quem na saudade despertou.

 

Meco, 25-10-2012 21:35:37

 

 

 

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Em noite de lua azul

Foto de Rogério Martins Simões

Em noite de lua azul

Rogério Martins Simões

 

Em noite de lua azul

Que acabei por não encontrar

Inventei palavras e soltei luas

no nosso universo estrelar

E as minhas mãos em desalinho

Percorrendo os lençóis de linho

E só encontram as tuas

02-09-2012 22:22:37

 

 

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Conheço a escada...

 

 

CONHEÇO A ESCADA

Rogério Martins Simões

 

Continuo a subir devagarinho

Os degraus que me levam ao fim da estrada.

Conheço a escada.

Não conheço o caminho.

 

Cada lance de escada

Cada degrau conquistado

É uma sombra vencida

É um passo de nada.

 

Antes, subia as escadas soltando léguas,

E descia os degraus abrindo mares.

Hoje, olho para o cimo da escada…

 

Estou atrasado…

Derramo lágrimas à indiferença…

E acrescento degraus, imaginários, à descrença…

Meco, 03-05-2012 18:22:37

 


 

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LIBERTÁRIO...

(Autor: Rogério Martins Simões)

LIBERTÁRIO

Rogério Martins Simões

 

Passeio neste espaço

onde o meu traço

vai deixando marcas:

linhas ligeiras e fracas,

não regulares,

que vão caindo aos poucos

nas teias deste corpo,

que teima em me prender.

 

Olho as árvores deste bosque florido;

Vou regendo, dentro de mim,

um espaço onde os sentidos

vão descortinando um novo ciclo de vida.

 

Quem sabe,

se ao conseguir preencher com rasgos de génio

as desgovernadas e ameaçadas incertezas,

consiga parar este meu dilúvio

e não me afogue na tristeza.

 

No armário do mundo,

Da gaveta do fundo,

está guardada a minha pedra angular

Amanso as minhas palavras;

arredondo os gestos

e saio libertário.

 

Todo o destino tem um inocente fim

AH! A angústia?

Essa ficou debruçada no parapeito de tudo…

Campimeco, Meco, 09-10-2012 20:54:44

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TODO O DIA CHOVEU

(Óleo sobre tela REAL BORDALO)

Todo o dia choveu

(Rogério Martins Simões)

 

Hoje, fiquei triste

Por triste ser

E se mais triste estou

Entristeci ao amanhecer...

Hoje, todo o dia chorei!

 

Quisera ser copo de água

Para afogar a minha mágoa.

E se mágoa tenho

Para deitar tanta lágrima

Entristeci por perder

E ao perder eu perdi,

Perdi até mais não ver,

(Se mais ver eu consiga)

Consiga alguém sofrer?!

 

Hoje, todo o dia choveu.

Toda a noite foi de chuva

Estava escuro como breu.

 

Já goteja na goteira

Está molhada a lareira

Há quanto tempo não sofria

Há quanto tempo não chovia

E logo tudo num dia

Como esta chuva que vai,

Pendurada no meu pranto,

Na torrente agita e cai:

Rega o prado verdejante

Evapora e enfrenta

O deserto escaldante

E volta, ao mar, na tormenta…

23-04-2004

(Registado no Ministério da Cultura

- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –

Processo n.º 2079/09)

 

 

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O QUE O VENTO NÃO LEVOU

 

O QUE O VENTO NÃO LEVOU…

(poema a duas mãos)

AnaMar e Rogério Martins Simões

 

Já não levantas a terra das suas entranhas.

Não desbaratas, nos morros, o pó lamacento

Que se crava no rosto, no peito e na garganta.

Partiste!

Todos os cavalos estão parados…

Que fizeste da picareta,

da marreta e do guilho?

Olha essas mãos que sulcaram as montanhas;

Esse teu rosto sem brilho;

O bolso vazio,

O frio

Em teu olhar perdido de vista…

Encaminham-se os pés num suave delírio,

No brilho da lua escondido pela montanha:

Rito do pão que o diabo amassou.

A memória da tua voz é eco da minha força.

Ensaia um gesto:

Grito rouco de conquista

Que o vento não levou.

Meco, 23-06-2011

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amrosaorvalho.gif

MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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