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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

PINGA NO MEU OLHAR...

PINGA NO MEU OLHAR...

Rogério Martins Simões

 

I

PINGA

 

 

Pinga no meu olhar desterrado.

Quem me dera ver!

Já não sei se quero.

Que importa,

se a porta está ferrugenta.

Arrasto esta casa que me encolhe

e confina ao meu espaço melancólico.

Optassem por mandarem-me embora.

Espere! Faltam-me os óculos

e não almejo o dia seguinte

sem chorar.

 

PINGA NO MEU OLHAR...

Rogério Martins Simões

 

II

 

NO MEU OLHAR

 

Emparcelo os meus precipícios

 em suplícios esquartejados...

Soluço degredos,

antigos medos, esconjurados…

Trago nesta única mão

estas letras esfareladas.

Trago duma só vez

todas as ingratidões…

Trago o acre do sofrimento…

a agulha pica e não sinto.

Sinto pingar o chão deste desterro

onde me estreito e deito…

Optassem por me deixar partir!

Espere... agora não quero ir…

 

PINGA NO MEU OLHAR...

Rogério Martins Simões

 

III

 

DESTERRADO...

 

Piorei antes e depois por estares pior.

Melhoraria se soubesse que estarias melhor.

Que melhoras terei se não estás bem?

Volto a estar só!

O cão faz tanta falta

e ainda só agora começou a chover!

Espere! Não quero ficar só!

 

PINGA NO MEU OLHAR...

Rogério Martins Simões

 

IV

 

AMO-TE TANTO MEU AMOR

 

É tarde! Estou gelado!

O frio tomou conta deste espaço

que derruba as minhas preces.

Amo-te tanto meu amor!

 

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FELIZ NATAL: Um desejo que se repete

FELIZ NATAL: Um desejo que se repete

 

Natal, tempo de preparação para uma festa muito especial – comemora-se precisamente nesse dia, o dia 25 de Dezembro, o nascimento de um Menino que permaneceu menino através dos tempos.

É por isso que o Natal é das crianças e a festa é toda delas.

Natal é um tempo de paz e de harmonia em que os adultos se recordam que já foram meninos, mas, também, querem entrar na festa esforçando-se por realizar os sonhos dos meninos.

Ou por que O tal Menino tudo fizesse para haver paz entre os homens, todos nós, crentes ou não crentes, aproveitamos este tempo para expressarmos, uns aos outros, o nosso amor pelo próximo e, quiçá, tentando apagar das memórias momentos menos felizes nas nossas relações interpessoais.

Que o verdadeiro espírito de NATAL prevaleça na nossa amizade, nas nossas diferenças, nas nossas casas, no nosso trabalho - com quem passamos a maior parte da nossa vida e, unidos, tudo faremos para construir um mundo melhor para todos.

(Um agradecimento muito especial para aqueles que me ajudaram a suplantar as barreiras que a vida me colocou na pista… Não preciso de citar os nomes, eles bem o sabem, obrigado.)

Vou concluir desejando a todos, sem excepção, um Natal de partilha e muito amor e que o ano de 2014 nos dê tudo o que de bom desejamos, ou devemos desejar.

Feliz Natal

Feliz ano novo

Rogério Martins Simões 

  

 

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MAR DE PRANTO

Meco 15/12/2013

MAR DE PRANTO

Rogério Martins Simões

 

Toda a noite este mar tanto bateu.

Toda a noite a falésia lá chorava.

Parecia que ali perto alguém rezava,

Ao destino que só a morte atendeu.

 

Rapina e tão cruel onda acometeu.

Feia noite que a falésia chocalhava.

E o mar que desde sempre salteava…

Voltou para levar quem escolheu.

 

Ah desprezível onda que assassina.

Ave agoirenta tu és, e na triste sina,

Pela manhã retine um cais de espanto…

 

Espalhas e recolhes tantas dores,

Flores! E tantas flores. Deitem flores:

Lágrimas e jasmins ao mar de pranto.

 

Meco, Praia das Bicas 15/12/2013 23:24:32

 

(Aos jovens que hoje morreram ou desapareceram na Praia do Meco)

 

 

 

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MÁGOA

(CEZANNE)

MÁGOA

Rogério Martins Simões

 

Cai uma lágrima. Em mágoas te vejo.

Que magoadas choram no meu peito.

Se deste jeito mais dores não desejo

De tanto chorar, lágrimas não deito.

 

Voltam as mágoas. Não as invejo.

Sofridas dores, mais dores despeito.

Se deste jeito mais as antevejo,

De tanta dor chorar, chorando aceito.

 

Cego estes olhos sedentos de ver,

Doem as marcas deste meu sofrer:

Basta de sofrimento e desventura.

 

Vai! Transporta contigo este meu fado

Vai! Prefiro a loucura a este enfado:

Mágoas vos cantei… Chorai ternura.

 

Praia das Bicas, 16/10/2013 22:54:03

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MINEIROS

(Fotografia da World Press Fhoto Contest 2004)

MINEIROS

(Romasi)

Rogério Martins Simões

 

Nas tempestades

Dizem os mineiros

Que ouvem os filhos dos companheiros

Perdidos na madrugada

E as lágrimas das crianças

Por entre os pinheiros

Molham as esteiras dos mineiros…

 

Ai; como as mães choram

E os filhos as entendem

 

Pela madrugada

Há coros

Milhares de vozes…

Avisando da derrocada os mineiros

E os mineiros choram

Como os meninos órfãos

Moribundos na serra

Debaixo do orvalho

Por cima dos espinheiros…

 

Dizem os patrões às viúvas

Para partirem

E se não mendigarem!?

As suas vozes irão engrossar

A tempestade…

Porque virá o dia da revolta

Das crianças moribundas

Das viúvas

E dos mineiros estropiados

Então

A tempestade

Será justiça vermelha de fogo

A queimar a tirania…

 

Nas tempestades

Há agora um coro marcha revolta

É o som da trombeta

A indicar o caminho à revolução

 

Lisboa, 5 de Janeiro de 1974

(Registado no Ministério da Cultura

- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –

Processo n.º 2079/09)

 

 

 

 

 

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amrosaorvalho.gif

MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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