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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

Menina da Rosa Branca

 

 

 

(DEGAS)

 

 

MENINA DA ROSA BRANCA

José Augusto Simões

 

Menina da rosa branca

Que usas no teu cabelo?

-A rosa a todos encanta

Apanhei-a no Restelo.

 

Essa rosa tão bonita

É igual ao teu andar.

A rosa que tão bem te fica

Lindo coração para amar.

 

Essas palavras de amor

A mim não dizem nada

Agradeço o seu louvor

Não fico apaixonada.

 

Esses teus olhos brilhantes

Com tua face rosada

Fazem parar os galantes

Que te querem p´ra namorada.

 

Podem parar à vontade

A todos digo que não

Ainda não tenho idade

Para dar o meu coração.

 

Todos olham rosa tão bela

Apanhada no Restelo

Muitos a morrer por ela

Quando está no teu cabelo…

 

A rosa do meu cabelo

Ninguém a pode tirar

Apanhei-a no Restelo

Numa noite de luar.

 

Usa a rosa no cabelo,

Não ponha a rosa ao peito:

Podem julgar que és modelo

E roubar-te a rosa e o jeito…

 

Lisboa, 15 de Fevereiro de 2012

(à menina da Rosa Branca da Grandoptical do Colombo)

 

 

 

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Roubava uma cereja...

Roubava uma cereja

Rogério Martins Simões

 

Poiso os olhos numa cereja,

Tão exposta ao olhar…

Antes que outra mão a veja,

Aquela vinha mesmo a calhar…

 

É meio-dia!

Ao almoço contam-se os tostões.

Pobre diabo que só pensa em bifes

E os vê por um canudo,

Antes fosse peta,

Ou brincadeira de Entrudo,

Que isto de passar “fome de rabo”

Com a barriga vazia

Até rábano se comia…

 

Engano e engasgo a fome…

Que por ter fome demais

Volto a pensar na cereja

Que vinha mesmo a calhar…

 

Meco, 2/11/2011

 

 

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CICLO FECHADO

 

 

 

Ciclo fechado!

(O MEU SEGUNDO GRITO!)

 

Rogério Martins Simões

 

Se o teu rosto não sorri,

E o teu cabelo não desliza,

É porque a tua boca se encerra,

E a minha não será precisa…

 

O gesto, o medo, o ódio:

Tudo te corrompe.

E, até, não preciso de ponte

Encheste-me a baliza…

Espalhou-se a brisa;

Abriu-se a porta de vidro;

A janela da esperança;

E o vento até desliza.

 

Mas se ao menos

O teu rosto sorrisse!

E os teus cabelos se soltassem

Voltarias a encontrar

Os melhores passos para ti.

Porque o melhor de ti

fui eu

Que adoecia dizendo olá!

O melhor de ti,

fui eu

Que te segurei, quando fugias...

Ou então sempre errei

Quando te amparei

E tremias.

 

Não!

Nada sobrou de mim

Não me faças sentir assim

Pois tudo agora findou.

 

Sabes!

Tudo é nada

Quando nada começa!

E o fim não existe

Se não há princípio.

Para quê essa pressa!?

Se o inicio era nada,

E tudo foi retalhado.

 

Nefasto é o sofrimento

Quando não há, sequer, sentimento!

Se assim não fosse

Poderias dizer, ao menos, como eu

Longe!

Muito longe de ti.

Olá!

Olá poeta!

Não fiques desesperado

Não faças nada apressado!

 

Não!

Não penses sequer

Que te quero!

Quem quer o nada

Se nada tem?!

 

Tu não vês que não há regresso

Quando não há ponto de partida!

E tu nem entendes a chegada...

 

Olha!

Eu tinha um guizo,

Cabeça de andorinha,

Que corria atrás do vento

Ao desafio com as aves.

À procura de outras asas!

E voava,

Voava sem ser preciso.

Chamavam-lhe cabeça de vento…

Certo dia fugiu,

Voou numa folha de papel

Toquei novamente o guizo,

E tantas vezes subiu

Que se partiu o cordel.

 

Sabes!

Agora quero sorrir!

Tenho gosto, tenho vida!

Despejei a "selha de lágrimas"

Encontrei-me no "corpo ausente"

E num arco-íris

Descobri manhãs

Com que sonhei e sempre quis.

 

Afinal estou magoado!

Porque fui muito infeliz!

Mas não há dúvida!

Ainda serei feliz!

 

Lisboa, 1989

 

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Emoções

EMOÇÕES

(Rogério Martins Simões)

 

Passo os meus dias a soluçar:

Tenho açaimes no meu sorrir,

Correntes no meu andar,

Num corpo sempre a cair.

 

Carrego as minhas emoções.

Não distingo o indistinto.

Confundem-se as agitações;

Bebedeiras que não sinto.

 

Sou lembrança e pensamento.

Do que parece não mudar…

Penso a cada momento:

Tombo! O corpo vai tombar!

 

Noite, silêncio e solidão.

Solidão que me ergue e prende,

Que me sufoca, que me fende:

Aqui estou preso aturdido ao chão.

 

Chão que me agita e confronta!

Tristeza que me leva e me traz!

 Dor que me derruba, e afronta,

E tanto sofrimento me dás…

 

Meco, 13/08/2013

(Diálogos da alma e do poeta – Diário de um doente de Parkinson)

 

 

 

 

 

 

 

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amrosaorvalho.gif

MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

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