PALHAÇO
PALHAÇO
Rogério Martins Simões
Ai se eu pudesse ser arauto do contrário,
Alargando o disfarce e a mímica.
Se eu pudesse mostrar que esta química,
Transforma tantas vezes este circo em calvário.
Se por momentos deixasse de ser palhaço,
Atrelando ao olhar o que na verdade sinto.
Pudesse dizer que rindo, do que faço,
Sou apenas palhaço no recinto.
Depressa, veste o traje e pinta o rosto,
Que o circo está cheio de meninos,
E o que importa é fazer rir os pequeninos:
Mesmo que o teu riso seja desgosto.
Batem palmas e riem tanto,
Que mesmo chorando não minto:
Lágrimas que este meu riso de pranto,
A todos fazem sorrir por instinto…
Meco, 23/06/2014 23:19:49
(In “Poemas de Amor e Dor”)
((Poema do próximo livro
Registado no Ministério da Cultura
Inspeção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C.
Processo n.º 2079/09))