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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

ERAS O LUAR

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ERAS O LUAR

Rogério Martins Simões

 

Cruzei-me contigo eras o luar,

Trazias no teu rosto as luas cheias,

Hoje não te vi, e fui procurar

Com velas acesas e candeias.

 

Subi e desci p´ro fundo do mar,

Vi as estrelas a beijar sereias.

Procurei no horizonte o olhar…

Que deitado estava nas areias.

 

Não tivessem razão os meus receios…

Senti ciúmes ao ver-te despida,

Ali esperando o sol estendida…

 

Prendi os olhos da lua com colchetes;

Segurei o teu sol com alfinetes;

E afoguei-me no mar dos teus seios…

Meco, 29-08-2011 22:15:49

(Versão final 20/10/2014)

 

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Florbela Espanca - Papoilas da alma

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FLORBELA ESPANCA

(PAPOILAS DA ALMA)

Rogério Martins Simões

 

Enquanto na planície o sol dançava,

Todos os seus desejos recresciam.

Pálida neve! O seu rosto nevava…

Seus olhos tristes às dores sorriam.

 

Da janela da noite suspirava.

Amores seus, proibidos, consumiam:

A seara infecunda que secava…

E as papoilas de génio que nasciam.

 

E quando a bruma o seu corpo levou,

Todo o Alentejo cantando a chorou:

Nos seus tão belos poemas de amor.

 

Mas se os amores lhe foram adversos,

Nem a morte apagou seus lindos versos

Soror Saudade, dor, Charneca em flor.

 

Meco, Praia das Bicas, 24-10-2011 21:54:38

(revisto em 2013/11/29)

(A Florbela Espanca)

 

 

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Gira que gira a minha tristeza

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GIRA QUE GIRA A MINHA TRISTEZA

Rogério Martins Simões

 

Certa como incerta é minha certeza:

É estar morto e sentir o coração;

E é andar, para aqui, a tombar no chão;

Gira que gira por baixo da mesa.

 

Que o meu derrube não será leveza,

Tão pesado, parado, em contra mão.

E o vento que de mim se fez pião,

Gira que gira na minha tristeza.

 

Decerto, dirão aqueles que me leram,

Que outros, por tanto, ou muito mais sofreram:

Saindo muito mais cedo da corrida…

 

Sendo eu poeta, e bordão, vos secundo,

Que o tempo é p´ra ser vivido ao segundo.

Lutando para ganhar tempo à vida.

 

Meco, Praia das Bicas, 09/10/2014 18:53:10

(ao meu irmão, José Manuel Martins Simões)

 

 

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Liberdade

 

 

 

 

Para escutar o vídeo desligue por favor o fundo musical do blog, obrigado

 

 

 

 

 

LIBERDADE

Rogério Martins Simões

 

Quando as manhãs, as tardes,

e as noites escondiam,

 desesperados esperámos,

não chegavas,

e de ti nada sabíamos...

 

Foram tão longas as noites

do tamanho dos dias,

que nos esquecemos do sol

na esperança que vinhas.

 

Foi por ti que chamámos,

e de luto, lutando, morreríamos.

Foi por ti que gritaram,

aos que antes da morte

 a morte pediram...

 

E depois de tanto tempo,

em que o tempo silenciado

e o desânimo quase vencia,

tu vieste de novo,

com mais idade,

aos olhos do dia.

 

Nossos olhos abertos

quase cegos ficaram,

quando as portas cerradas

e os cimentos caíram...

 

Era tarde e tardaste

quando finalmente chegaste

na mais linda primavera

que me recordo que vira...

É por ti que de felicidade

te chamo sem ira...

 

LIBERDADE!

 

Lisboa, 02-03-2010 17:48:32

 

Dedicado a José Carlos Ary dos Santos

Simões, Rogério, in “GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO”,

(Chiado Editora, Lisboa, 1ª edição, 2014)

 

 

 

 

 

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Liberdade

 

 

 

 

 

 

LIBERDADE

Rogério Martins Simões

 

Quando as manhãs, as tardes,

e as noites escondiam,

 desesperados esperámos,

não chegavas,

e de ti nada sabíamos...

 

Foram tão longas as noites

do tamanho dos dias,

que nos esquecemos do sol

na esperança que vinhas.

 

Foi por ti que chamámos,

e de luto, lutando, morreríamos.

Foi por ti que gritaram,

aos que antes da morte

 a morte pediram...

 

E depois de tanto tempo,

em que o tempo silenciado

e o desânimo quase vencia,

tu vieste de novo,

com mais idade,

aos olhos do dia.

 

Nossos olhos abertos

quase cegos ficaram,

quando as portas cerradas

e os cimentos caíram...

 

Era tarde e tardaste

quando finalmente chegaste

na mais linda primavera

que me recordo que vira...

É por ti que de felicidade

te chamo sem ira...

 

LIBERDADE!

 

Lisboa, 02-03-2010 17:48:32

 

Dedicado a José Carlos Ary dos Santos

Simões, Rogério, in “GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO”,

(Chiado Editora, Lisboa, 1ª edição, 2014)

 

 

 

 

 

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MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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