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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

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ESTAS PALAVRAS, AGORA, NÃO SERÃO VIRGENS

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ESTAS PALAVRAS, AGORA, NÃO SERÃO VIRGENS

(Rogério Martins Simões)

 

Quando o desespero nos aperta

E do peito saem soluços

É que o gesto

Toma o lugar incerto

É que o caminho louco

Corre louco

Como a pena com que escrevo.

 

Alinho minhas palavras

Cem palavras

Ritmadas

A muitas pulsações por minuto

E nesta cadência

Arrasto

Meu arrasto

Minha canoa virada ao tempo.

 

E em que gesto

Meu gesto se transforma

Num acto

Numa viagem apressada

Cadenciada

Vencendo quem sabe

O desastre que arrasto

À razão do tempo adulto.

 

Que decência

É a cadência do gesto

Do acto

Porque neste momento exacto

Mais palavras não serão virgens…

 

1978

 

(Caderno Uma Dúzia de Páginas de Poesia n.º 41)

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ÁGUA DA FONTE

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ÁGUA DA FONTE

José Augusto Simões

 

Fui buscar água da fonte,

P´ra minha casa levei,

Passei uma velha ponte,

Outro caminho não sei.

 

Deitei-o na cantareira,

No dia seguinte voltei,

Quando cheguei à lareira,

O Cântaro não encontrei.

 

Quem a minha água tirou,

Sabia que ela era minha:

Água e o cântaro levou

Da minha casa velhinha.

 

O cântaro da cantareira,

Eu sei bem quem o levou,

Fez isso por brincadeira,

Mas bem sabe que pecou.

 

Deixou um papel escrito:

- Muito te quero dizer

Sabes bem o que tens dito…

Foste à fonte sem me ver.

Lisboa, 18 de Agosto de 2013

 (Poema de meu pai)

 

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PARKINSON: SORRINDO À DOR PARA VIVER

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PARKINSON: SORRINDO À DOR PARA VIVER

Rogério Martins Simões

 

Amarram-se estes dedos com que escrevo.

Enfraquece-me a fala. Não a entendem.

Todos os movimentos se me prendem.

Perdi a esperança e sei que a ti o devo…

 

Trina tão forte meu despertador,

Lembrando os comprimidos a tomar.

Sou fábrica de espasmos e de dor.

Sofro por turnos sem mais descansar.

 

Parkinson: maldita sejas doença,

Que tanto aqui me tens feito sofrer.

Parkinson: tu terás a indiferença.

 

Que diferente te eu seja na viagem:

E baloiça meu corpo na coragem.

Sorrindo eu mesmo à dor para viver.

 

Meco, Praia das Bicas, 03/12/2014 22:51:43

 

 

 

 

 

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MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

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