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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

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Ciclo fechado! Segundo grito!

 

DEGAS

 

Ciclo fechado!
(O MEU SEGUNDO GRITO!)
 
Rogério Martins Simões
 
Se o teu rosto não sorri,
E o teu cabelo não desliza,
É porque a tua boca se encerra,
E a minha não será precisa…
 
O gesto, o medo, o ódio
Tudo te corrompe
E até não preciso de ponte
Encheste-me a baliza…
Espalhou-se a brisa
Abriu-se a porta de vidro
A janela da esperança
E o vento até desliza.
 
Mas se ao menos
O teu rosto sorrisse
E os teus cabelos se soltassem
Voltarias a encontrar
Os melhores passos para ti.
Porque o melhor de ti, fui eu!
Que adoecia dizendo olá!
O melhor de ti, fui eu!
Que te segurei, quando fugias
Ou então sempre errei
Quando te amparei
E tremias.
 
Não!
Nada sobrou de mim
Não me faças sentir assim
Pois tudo agora findou.
 
Sabes!
Tudo é nada
Quando nada começa!
E o fim não existe
Se não há princípio.
Para quê essa pressa!?
Se o inicio era nada,
E tudo foi retalhado.
 
Nefasto é o sofrimento
Quando não há, sequer, sentimento!
Se assim não fosse
Poderias dizer, ao menos, como eu
Longe!
Muito longe de ti.
Olá!
Olá poeta!
Não fiques desesperado
Não faças nada apressado!
 
Não!
Não penses sequer
Que te quero!
Quem quer o nada
Se nada tem?!
Tu não vês que não há regresso
Quando não há ponto de partida
E tu nem entendes a chegada...
 
Olha!
Eu tinha um guizo
Cabeça de andorinha,
Que corria atrás do vento
Ao desafio com as aves.
À procura de outras asas!
E voava, voava…
Voava sem ser preciso.
Chamavam-lhe cabeça de vento…
Certo dia fugiu
Voou numa folha de papel
Toquei novamente o guizo,
E tantas vezes subiu
Que se partiu o cordel.
 
Sabes!
Agora quero sorrir!
Tenho gosto, tenho vida!
Despejei a selha de lágrimas
Encontrei-me
no corpo ausente
E num arco-íris
Descobri manhãs
Com que sonhei e sempre quis.
 
Afinal estou magoado!
Porque fui muito infeliz!
Mas… não há dúvida:
Ainda serei feliz!
 
1989

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

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MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

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