No relevo do campo
(Óleo sobre tela Elisabete Sombreireiro Palma)
NO RELEVO DO CAMPO
No relevo do campo
Na giesta do mato
E meu peito se quebra
Num soluço virgem
Num bater profundo
Como se todo o gesto
Percorresse o próprio gesto
Como se todo o silêncio
Fosse o próprio silêncio.
No relevo do campo
Na giesta do mato
Tudo parece acabar
Como que no chão
As flores irão florir
Porque eu terei a força
Renascerá o próprio gesto.
No relevo do campo
Na giesta do mato
Fecundar a terra