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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

ÀS HORAS NA BATOTA POR AMORAS

(óleo sobre tela Elisabete Sombreireiro Palma)

 



 

ÀS HORAS NA BATOTA POR AMORAS

(Rogério Martins Simões)

 

Andámos tanto tempo agarrados às horas

Pendurados nos ponteiros e fazíamos batota

Quando amarrados às doze comíamos amoras

Das regras do tempo fazíamos letra morta

 

Por vezes os meios-dias eram vagabundos

Voltávamos a encontrar as seis e meia

Não deixávamos abalar os segundos

E quando logravas partir era lua cheia…

 

Sem ti nos ponteiros o relógio parava

Quando o ponteiros despiam as horas

Não havia horas, sempre te encontrava

 

Hoje vi-te à janela eras toda cidade

Percorriam o teu corpo

as vielas da madrugada

E trazias nos cabelos a noite

Espreitando a tua lua sorridente…

 

Justamente hoje!

Quando me apeteciam as amoras…

26-10-2005 23:19.

 

(Poema dedicado a Natália Correia)

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CORRO EM SENTIDO CONTRÁRIO

 

(Óleo sobre tela

Elisabete Sombreireiro Palma)

 

 

CORRO EM SENTIDO CONTRÁRIO
(Rogério Martins Simões)
 
Corro em sentido contrário
Desço o rio a pé, molhado à cintura
Quem me entende?
Quem me deita?
Quem me estende?
Quem me aceita?
 
Seco a cabeça no limiar da secura
Deixem correr o rio…
Que me entende!
Que me ajeita!
Que me estende!
Que me aceita!
 
Aceito o colo da ternura
Nado numa pista de cinza
Estou cansado
Das falsas partidas…
Prometidas
Incumpridas
Desgastadas
Ando aos recuos
Ao contrário das vistas…
 
Vistas as coisas, estamos nus…
 
O mundo é dos vestidos,
Compridos,
Rasgados
Comprimidos
Decotados
O mundo é dos modelos
Dos esbeltos e dos belos
Das farsas
Dos comparsas…
 
Tiraram-me as medidas…
Encurtaram as pistas…
Recuei
Minguei
Encontrei a loucura...
 
07-10-2005 18:24

 

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TAIZÉ

TAIZÉ

Rogério Simões

 

Ontem olhei o céu

Estava diferente...

Vi uma nova estrela reluzente

Indicando o caminho do amor.

Brilhava tanto...

Era enorme

Cintilava do pulsar da oração.

De repente,

Tão de leve,

Que de leve nem se sente,

Escutei no meu coração:

Taizé

Irmão Roger Schutz


 

Sabes:

"No início de tudo está a confiança do coração"

18/08/2005

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Poemas de amor e dor 18 meses

 

NÃO! HOJE NÃO!
Rogério Martins Simões
 
Não. Hoje não!
Não existem freios no vento
Cristais no pensamento ...
Palavras a mais pelo chão
 
Não! Hoje não
Não tenho o corpo doente
Maresia no meu coração
Embalo uma alma docemente
No fogo desta paixão
 
Sim! Hoje só há rosas!
Bem Vermelhas e viçosas,
Belas na perfeição.
Eu as entrego como presente
Eu me dou neste amor ardente
Recebe-me em teu coração.
 
Lisboa, 19 de Outubro de 2005
(Registado não Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC --
Processo n. º 2079/09)
 

 

 

 

(óleo sobre tela Elisabete SOMBREIREIRO Palma - Reprodução)

 

O poema seguinte, de que gosto muito, é dedicado a todos os meus "companheiros" portadores da doença de Parkinson. Foi publicado pela primeira vez quando o meu blog "Poemas de amor e dor" foi Acedido 1 milhão de vezes, em 18 meses. (início do blog Março de 2004).

Este poema foi escrito quando pela 2 ª vez fiz "borrada".

Foi assim:

A minha doce Elisabete fazia anos, e eu até não estava muito mal, porém fui um desastre no restaurante, nesse jantar de anos: para Salpicou comida para uma gravata, como calças, e quando eu pretendia limpar, tombou a cadeira, eo casaco foi ao chão.

Pouco se notam as diferenças, mas parece que caem sobre nós todos os olhares, e virei carrossel, recordei-me do melaço com que enfarruscava o meu rosto, que recuperei na lembrança. E fui novamente criança, agora mais tonta e mais perdida.

Para todos os que lêem os meus poemas, fica o meu agradecimento. Muito carinho "O Livro dos Meus Permitam-me que lhe chame com poemas".



 

(Desligue o som do blog para ouvir este poema declamado por Luís Gaspar)
Oiça "Quisera andar de carrossel"

AQUI»Declamado por Luís Gaspar



 

Quisera ANDAR DE CARROSSEL

Rogério Martins Simões

 

Quisera andar de carrossel

Com um sorriso de criança que ri

Rosto rebuçado, melaços de mel

Laivos da festa que resta em ti ...

 

Num dedo prendo o balão,

Com outro seguro o corcel

Soco uma bola com a mão

As mãos, o rosto e uma testa

Besunto-me todo com mel.

 

Solta-se dos dedos o balão

Que voa a caminho do céu

-Mãe! Vai-me apanhar

Um sorriso igual ao seu ...

 

-Meu filho a mãe não sabe!

Ler, nunca aprendeu:

A mãe vai procurar

O balão que se perdeu ...

 

-Mãe que sabe escutar,

Meus choros em seu coração

Abençoada o seja minha mãe

Por tudo o que foi e me deu!

 

Rodopiam como lembranças da festa

Pára o movimento ondulante

Sujo-me de novo a cada instante ...

Sem rebuçados com sabor a mel

Mas ... Brinquei tanto no Carrossel ....

 

2005/10/20

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Sofrer por amor

De Padre Pedro - Lobatos - Raposo Pampilhosa da Serra

 

 

 

 

SOFRER POR AMOR
Rogério Martins Simões
 
Sofrer por amor é dor que arde.
Na carne, essa dor, será mais sofrida.
Sofrer por amor não se retarde,
Mais tarde essa dor será mais sentida.
 
Não há dor que por prazer se guarde.
Guardo a felicidade que levo da vida!
Mas se essa dor chegar mais tarde,
Se tarde e guarde para depois da ida.
 
E se Deus quiser que morra de amor,
Me leve desta vida em primeiro lugar,
Prefiro morrer que viver nessa dor.
 
Perguntem à alma se prefere ficar.
Decerto irá dizer ao corpo que não.
Então, subitamente, que pare o coração.

21/04/2005

 

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A gaveta das fotos

 

 

A gaveta das fotos

Sou o Rogério que tem por aí um livro de poemas e de vez em vez descobre algumas raridades que me deixam bem-disposto.

Quanto às fotografias sempre fui metódico, isto é, enquanto as fotos não me traziam más recordações. Arquivava as ditas em velhos álbuns, por colegas de escola secundária – Gil Vicente e Patrício Prazeres- Família, amigos de S. Vicente de Fora, atletismo e faculdade.

Depois parei no tempo – o tempo não era tempo para recordar e passei a guardar numa gaveta tudo ao molho e fé em Deus. Às vezes notava que da gaveta saíam uns gritos de protesto e eu não percebia porquê. Na verdade vim a descobrir que havia retratos cujas figuras, agora, se digladiavam.

Estive-me nas tintas para os ditos e ia apertando mais algumas, isto é comprimindo-as, colando cara a cara alguns desses personagens e cada dia que passava maior era o protesto.

Também lá existiam alguns que se aproveitaram para se aproximarem...por isso, às vezes, saíam da gaveta gemidos incontidos de prazer.

Estavam todas numa confusão e eis que resolvi fazer uma selecção.

Vou acabar senão não paro de escrever.

Concluindo há dois anos devolvi umas quantas que eu não queria ver.

É interessante, com o passar do tempo tudo se esbate e o que nos era amargo como o fel passa a ser menos amargo mas com sabor a azedas. Posto isto voltarei se estives disposta a aturares este poeta.

Bom ano e que 2005 te dê a continuação reinante com que nos brindas. Muita felicidade para todos nós, se tempo houver.

Rogério Simões

 

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amrosaorvalho.gif

MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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