Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA
Poeta: Rogério Martins Simões
Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004
Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda
Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA
Poeta: Rogério Martins Simões
Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004
Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda
Entrevista a Fernando Pessoa (a partir de excertos do Livro do Desassossego) Tertúlia no Martinho da Arcada Lisboa, 30/11/2011 A) QUEM SOU B) FÉ, RELI GIÃO, RAZÃO, E CIÊNCIA C) ARTE E LITERATURA D) O MUNDO E A SOCIEDADE E) CRISE
Seleção de textos: José Baião Santos Personagens Fernando Pessoa -- José Baião Santos Repórter n.º 1 -- Joaninha Repórter n.º 2 -- Anabela Portugal
Estou aqui em “pulgas” para saber como decorreu o sarau poético. Contigo no comando estou certo que tudo correu bem.
E o meu poema foi bem aceite?
E será que alguma vez o irá ser - no tempo?
Fico feliz por saber que representas um grupo por onde a poesia se passeia no conforto das palavras.
Além de mais és poeta e criei contigo uma empatia de poeta para poeta. Por isso desculpa estar para aqui a escrever, num tempo de Outono esquisito em que o calor da noite não me deixa dormir, porque afinal a mão direita ainda escreve…
Que desconforto seria para mim se não conseguisse escrever. Os poetas são uns operários da caneta e trazem pensamentos errantes que debutam no papel. Que papel nos está reservado? Serei poeta?
Quanto a mim que nada sou, serei o que o destino quiser, porém, sou poeta:
Um poeta sonhador que tantas vezes lhe roubaram os sonhos.
Hoje estou nesta! Enquanto houver alguém a procurar a minha poesia não irei desistir de a escrever ou de a chorar.
Ainda hoje um colega nosso me dizia que tinha visitado o meu blog no Sapo e que estava impressionado ao ponto de se identificar com ela. Já não é a primeira vez que o dizem! Foi por isso que voltei a escrever parando de rasgar como era meu hábito fazer.
Ainda bem que estás virado para organizares e recitares poesia. Tivesse saúde tentaria fazê-lo como tu o bem fazes.
Hoje apetece-me reflectir em vez de escrever poesia e para não falar para as quatro paredes resolvi escrever-te, aditando palavras, com palavras que hoje tenho espalhado por aí.
Pergunto muitas vezes:
Que faço com estes versos?
Sentir-se-ia desconfortável o lixo com o peso dos versos?
Em Portugal quem liga à poesia?
E se eu os mandasse mesmo para o lixo não suavizariam o mau odor que por aí anda de saltos altos…
Vou terminar.
Pouco me importa que em Portugal a poesia não tenha expressão! Só me entristece que no dia de Camões e de Portugal pouco se fale de poesia
Zé! E se em vez de medalhas, no 10 de Junho, condecorassem com poemas dos Lusíadas ou com versos de Caeiro?
Camões tem poesia para todos os gostos. Antes, nas escolas, ensinava-se os Lusíadas, agora nem um só canto. Quantos conhecem a sua lírica? As chamadas elites culturais?
No meu caso nada de elites - sou povo! Como é enorme o povo em – Pessoa!
Meu pai e mestre, como não tinha rendimentos para nos dar sobremesas à refeição, enchia-nos o prato com saborosos poemas – os seus e os dos grandes poetas. Mas isto é pelintrice e pouco importa. Importa é estar na berra, importa é mandar umas tretas para que o povo se entretenha e não pense.
Por mim não quero que pensem! O problema é que um dia o povo irá acordar e vai ser terrível!
Tudo mudou e sem poesia o mundo é menos sonhador e mais desumano
Repara amigo - quando se escreve poesia não está só! Não estamos sós!
A poesia enche-nos a casa de lágrima ou de sorrisos e reverte os sonhos desfeitos em estrelas cadentes para voltarmos de novo a sonhar. Estamos sozinhos quando as paredes emparedam os pensamentos e nem uma só lágrima se verte.
Há pouco visitámos um amigo que está num lar, um bom lar! Que lar substitui a família! Curioso! Chegámos a casa os dois fatigados e estivemos com sono durante umas horas. Agora acordei e estou nesta:
Carta para o Baião!
Carta a um poeta!
O que é a poesia?
O que é ser poeta?
A poesia é a magia que espreita a ponta dos dedos esborratados de tinta…
Ser poeta é quase morrer e renascer num canto ou num verso.
Paro, tenho de parar, porque amanhã voltarei à rotina e sem rotina não tenho possibilidade de viver.
Todos andamos num carreiro, para cá e para lá sem saber ao que vamos. Andamos, corremos, pensamos como fazer para sobreviver e não vemos! Como podemos ver se nada há para ver e se vemos teremos de parar para reflectir?
Deixam-te reflectir?
Que reflexão fazemos nas nossas vidas?
Quantas televisões temos em casa?
Quantos tabuleiros se enchem de pratos no desconforto da mesa vazia?
Porque esfria a comida na espera e cresce bolor no pão que não sobra?
Colega de profissão e amigo, o José Baião Santos (irmão do grande actor João Baião) já editou 3 livros de poesia.
Para além de Poeta e ilustre Jurista, canta, toca viola, representa e recita poesia com verdadeira mestria.
Hoje não resisti à tentação de transcrever um lindo poema, dedicado à sua filha, extraído do seu primeiro livro editado em 2002.
Passo a transcrever palavras suas: A POESIA ajudou a alimentar a poesia: também a música, o teatro, a pintura, a fotografia, a cidade, os afluentes da tarde, o sorriso das aves, um olhar apetecível de mulher, a rebelião das palavras, o silêncio, sobretudo o silêncio, alimentaram durante todos estes anos essa outra alma que vivendo dentro de nós, vive voluntariamente, na mais completa liberdade.
Tenho em José Baião um grande amigo e um dos principais incentivadores da minha poesia. Eis a minha humilde e justa homenagem ao poeta.
Obrigado José Baião
SUBISTE AO PALCO
Subiste ao palco
Como uma rainha
Cativa
- O cabelo solto
O baton e o pó de talco
Num rosto
De deusa festiva!
Subiste os corredores
Amarrada de sombras
E medos
- O rosa do vestido
As pratas os odores
Imortalizaram os teus segredos!
Subiste no voo das aves
Dentro da paixão
Dos poetas
- o olhar firme
O veludo dos lilases
Numa noite
De estrelas e profetas!
Até que por fim todos ouviram a tua voz de diamante soltar os acordes do mar pelas praias de marfim
Até que por fim nada mais se ouviu senão a pérola levada no vento
Até que por fim a cidade desapareceu mergulhada nos teus lábios de cristal numa espiral de melodias
Subiste ao palco
Como uma deusa
Feita do pó das estrelas
Para agradecer
Humildemente
A magia das coisas belas!
(Poema extraído do livro MOMENTANEAMENTE Editora AP Editores)
Poemas de amor e dor
conteúdo da página
publicado às 00:04
MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975
Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado