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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

A menina dança?

 

 

A MENINA DANÇA?

Rogério Martins Simões

 

Minha mãe que vai ser de mim

Passos os dias a cuidar do gado,

Implore à senhora do Bonfim

Que me arranje um bom noivado!

 

Minha mãe está bem assim?

Lavei o rio no meu corpo criado…

Não visto cambraia! Visto cetim

Seios de carmim e corpo rosado.

 

Minha mãe e se eu for ao baile,

Não precisa de vestir seu xaile…

Minha mãe! Vou ter cuidado:

 

Viço de rosa, cravo e alecrim

Minha mãe reze por mim

Que eu não tenho namorado!

 

A menina dança? Vamos dançar?

Acerto o passo! Pula a paixão…

Olha-me nos seios, sobe a visão…

Olho-o nos olhos querem beijar.

 

Aperta, e abraça, bate o coração…

Somos os reis da festa: bonito par!

Sobe o compasso, protejo com a mão…

Você namora? Vamos namorar!

 

O tempo passa, resta a recordação:

Como é sua graça? Vamos casar!

Apagaram a luz, a noite e o luar…

A senhora dança? Agora não…

 

Minha mãe está bem assim?

Lavei no rio o meu corpo criado

Visto cambraia! Não visto cetim…

Seios de carmim e corpo cansado!

 

Lisboa, 22-09-2007 23:36:37

 

 

 

 


 

La chica baila?

Rogério Martins Simões

 

Mí madre que a pasar conmigo

Paso los días a cuidar del ganado

Pide a la señora del Bonfim

Que me arregle un buen noviazgo.

 

Mí madre quedase bien así?

Duché el río en mí cuerpo ya creado

No pongo cambray! Pongo satén

Senos carmines y cuerpo rosado

 

Mí madre si yo me voy a bailar

No necesito tú chal o mantón)

Mí madre! voy a tener cuidado

 

Verdor de rosa, clavo y alecrín

Mí madre reza por mí

Pues que no tengo novio!

 

La chica baila? Vamos a bailar?

Arreglo el paso! Salta la pasión

Me mira los senos, los tapo con la mano

Quieres noviar? vamos a noviar!

 

Apreta, abraza, suena el corazón

Somos los reyes de la fiesta: linda pareja!

Sube el compás, cubro con la mano

Quieres noviar? Vamos a noviar!

 

El tiempo pasa, sólo la recordación:

Cómo te llamas? Quieres casarte conmigo?

Se apagó la luz, la noche y el lunar

La señora baila? Ahora no...

 

Mí madre quedase bien así?

Duché el río en mí cuerpo ya creado

Pongo cambray! No pongo satén

Senos carmines y cuerpo cansado.

 

(Traducción Maria Elena Sancho)

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

CIRANDA DAS LETRAS

 

CIRANDA DAS LETRAS

 Da

 POETISA

 ANNA MÜLLER

 

Acabo de receber do Brasil mais um bonito presente: a gravação do meu poema “desafio ao poeta” pela voz da poetiza brasileira Anna Müller:

 

DESAFIO AO POETA  Rogério Martins Simões   Iniciámos juntos a caminhada, Proclamámos versos ao sol-pôr Percorria um violino a estrada E soltava uma canção de amor   Acendi nos anos todas as velas… Não consigo disfarçar a ventura Enfeitava teus cabelos na loucura Se te visse voltarias às estrelas…   Esvoaçaram pérolas de violetas Manhãs de sol, chuva e Primavera Cresceram nos canteiros borboletas Se te ler nos olhos serás quimera…   Olhei a manhã ver se não te via Seguias os teus passos paralelos Trago meiguice nos meus desvelos Recordo em ti versos e alquimia   Não te sei sentir indiferente Ocupa-me agora com o olhar Cego não te irei olhar de frente Resta o violino para recordar   Dança! Agora, vamos dançar Melodia inacabada… clave de sol Não te podia ver! Se te ver irei corar Esvoaçam versos em girassol….   Lisboa, 03-04-2007 22:52:51

Para recolher a gravação siga este link: >>AQUI<<

 

Para além deste lindo presente a Anna Müller ofereceu-me uma página, com parte da minha poesia, que pode ser consultada neste link  >>AQUI<<

 

Aconselho a visitarem os trabalhos da poetisa brasileira, bem como os poemas e os poetas editados na sua página.

Logo que a saúde o permita reiniciarei a minha participação nas cirandas - CIRANDA DAS LETRAS

 

Para a ANNA MÜLLER o meu carinho, admiração pelo seu trabalho e o reconhecimento do seu talento na poesia e declamação.

Obrigado

Rogério Martins Simões


DESAFIO AO POETA

Rogério Martins Simões

 

Iniciámos juntos a caminhada,

Proclamámos versos ao sol-pôr

Percorria um violino a estrada

E soltava uma canção de amor

 

Acendi nos anos todas as velas…

Não consigo disfarçar a ventura

Enfeitava teus cabelos na loucura

Se te visse voltarias às estrelas…

 

Esvoaçaram pérolas de violetas

Manhãs de sol, chuva e Primavera

Cresceram nos canteiros borboletas

Se te ler nos olhos serás quimera…

 

Olhei a manhã ver se não te via

Seguias os teus passos paralelos

Trago meiguice nos meus desvelos

Recordo em ti versos e alquimia

 

Não te sei sentir indiferente

Ocupa-me agora com o olhar

Cego não te irei olhar de frente

Resta o violino para recordar

 

Dança! Agora, vamos dançar

Melodia inacabada… clave de sol

Não te podia ver! Se te ver irei corar

Esvoaçam versos em girassol….

 

Lisboa, 03-04-2007 22:52:51


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A Minha Terra - Manoel Virgílio - Luiz Poeta - Efigênia Coutinho - CIRANDA EM DÉCIMAS COM QUADRA E

CIRANDA EM DÉCIMAS COM QUADRA E GLOSA

 « A MINHA TERRA»

Uma iniciativa do Poeta Daniel Cristal


 

 


Minha Terra

Minha Terra, o meu Rio,
Tem beleza e esplendor,
De manhã sempre espio,
Na colina, o Redentor.
Altaneiro o Corcovado
É o altar de Jesus Cristo.
Eu me sinto abraçado
Toda vez que o avisto,
No meu Rio de Janeiro,
Muito lindo, o ano inteiro.

Pão de Açúcar, lá de cima,
Uma vista que alucina.
´A bela Copacabana,
De areia prateada,
Numa orla bem humana,
Por poetas, exaltada.
Vemos toda a Lagoa,
Num contorno rendilhado.
O meu canto ali ressoa
Por meus versos, assim, rimados.

Perdoa Gonçalves Dias!
Também canta o sabiá,
Para nossa alegria,
Nas Palmeiras que de cá.
São belezas do Brasil
Quer do Rio ou Ceará
Sob um céu que é cor de anil.
Como em nenhum lugar, há.
Exalto meu Rio co’ ética
Em décimas e com métrica!

Manoel Virgílio




 

 

 


Luiz Poeta
Luiz Gilberto de Barros - Rio de Janeiro - Brasil
Às 22 h e 25 min do dia 8 de janeiro de 2008,especialmente para o meu eterno irmão Armando Figueiredo ( Daniel Cristal )


Ouço um fado... silencio...
No triste som das guitarras
Meu sonho solta as amarras
Que me prendem ao vazio
E liberta meu navio...
De sonhos... rumo a Lisboa
De Camões e de Pessoa
De Saramago e Florbela...
E, por fim, na caravela
É minha alma... que voa.





 

 

 



TERRA DA MEIGUICE
Efigênia Coutinho

Sou da terra da meiguice
com cânticos de amor leal
é essa a terra real
aquela que sempre disse
sem qualquer esquisitice
ser o meu País natal.
Do oceano peço o sal
pra ir contigo ao mundo
do encanto onde abundo
Brasil também Portugal.



~

 



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A minha terra - Humberto Rodrigues Neto -CIRANDA EM DÉCIMAS COM QUADRA E GLOSA -

CIRANDA EM DÉCIMAS COM QUADRA E GLOSA

 « A MINHA TERRA»

Uma iniciativa do Poeta Daniel Cristal




MINHATERRA
Humberto Rodrigues Neto

Décimas em glosa ao mote do próprio autor:

A todos São Paulo abriu
futuro alegre e otimista
e disso eu me vanglorio,
da glória de ser paulista!


Glosa


Aqui nasci e me criei
à sombra de arranha-céus,
em meio aos suados véus
da garoa que eu amei,
das mulheres que afaguei!
A Paulicéia atraiu
quem de sua terra saiu,
e uma vida de sossego,
a chance de paz e emprego
a todos São Paulo abriu!

Acolhendo os forasteiros,
a terra dos bandeirantes
deu apoio aos imigrantes,
que alegres e sobranceiros
uniram-se aos brasileiros!
A essa grei sã e idealista,
plena de visão realista,
São Paulo sempre apoiou
e em tempo algum lhes negou
futuro alegre e otimista!

Terra mais verde e amarela
neste meu país não há
desde o sul até o Pará!
Belos parques, lindas praças,
perfeita fusão de raças
que um tesouro construiu
de honra, de amor e brio!
É o sangue de João Ramalho
pulsando na forja ou malho,
e disso eu me vanglorio!

De Fernão Dias as bandeiras
já pensavam coisas grandes
e até no sopé dos Andes,
com as cores brasileiras,
fincaram nossas fronteiras!
De seu pendão cada lista,
é um triunfo, uma conquista
deste rincão soberano;
por isso me sinto ufano
da glória de ser paulista!

Humberto Rodrigues Neto
(Humberto - Poeta)


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A minha terra - Carmo Vasconcelos - CIRANDA EM DÉCIMAS COM QUADRA E GLOSA -

CIRANDA EM DÉCIMAS COM QUADRA E GLOSA

 « A MINHA TERRA»

Uma iniciativa do Poeta Daniel Cristal



A MINHA TERRA

Em Lisboa eu nasci
E digo de brincadeira
Desta cidade altaneira
"Prá terra" nunca parti...

 

Nota: para quem não saiba, "Ir prá terra"= ir de férias ou partir de vez para a Terra Natal

 

Quadra de Carmo Vasconcelos
Glosada pela própria autora

Sou alfacinha da gema
Lusitana com vaidade
Pois nasci numa cidade
Que se veste de poema
Cheira a goivo e alfazema
Tem as cores do colibri
No mundo que percorri
Não encontrei outra igual
Seu porte é nobre e real
Em Lisboa eu nasci


Foi nela que vi o rosto
Da santa que me deu vida
E onde os seus olhos à ida
Também fechei com desgosto
No seu sal e no seu mosto
Criei a força guerreira
Desta gleba justiceira
Nela sorri e chorei
E o primeiro amor beijei
E digo de brincadeira

Que sou filha dos sem-terra
Pois nas férias de que gosto
À terra doutros me encosto
Seja no mar ou na serra
Mas cedo a saudade berra
Para voltar à soleira
Postar os olhos à beira
Das gaivotas
em voejo
No
verde ondular do Tejo
Desta cidade altaneira

Amo o seu cheiro sem par
Sua luz que me ilumina
É musa que me fascina
Pois tem vozes de avatar
Poesia a me chamar
Desde que me conheci
E ao seu fado me cingi
Lisboa do meu amor
Jamais lhe dei essa dor
"P´rá terra" nunca parti

Carmo Vasconcelos
Lisboa, 8 de janeiro/2008




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A minha terra - Benedita Azevedo - CIRANDA EM DÉCIMAS COM QUADRA E GLOSA -

CIRANDA EM DÉCIMAS COM QUADRA E GLOSA

 « A MINHA TERRA»

Uma iniciativa do Poeta Daniel Cristal





A Minha Terra
Mote

Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá.
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
(Gonçalves Dias)

Glosado por: Benedita Azevedo

Minha terra vou te amar!
Foi lá que ao mundo cheguei,
E naquele rio nadei.
Tentei aprender remar
Para o rio navegar.
Com folhas tais quais bandeiras
Em suas margens as palmeiras
Transmitindo as alegrias,
Cantos de Gonçalves Dias:
MINHA TERRA TEM PALMEIRAS
.

São tantos os bens legados
Alegria do meu povo...
Ai! Quero vê-las de novo.
Tais quais leques espalhados
Em horizontes nublados
Quero muito voltar lá.
Correr pra lá e pra cá,
Ver aquela natureza
De Itapecuru, beleza...
ONDE CANTA O SABIÁ
.

Meu rio naquelas paragens,
Correndo bem caudaloso
Com seu cantar amoroso.
Ondas batendo nas margens
Dos banzeiros, das aragens,
E as meninas que passeiam.
Com sorrisos alardeiam,
Para os meninos que encontram,
Todos ali reencontram,
AS AVES QUE AQUI GORJEIAM
.

Já vai lá o entardecer
Daquela gente querida
Que deu vida à minha vida,
Não consigo esquecer.
E quero então merecer,
No jantar um vatapá.
Depois ver o boi-bumbá,
Visitar os meus vizinhos
Pois aqui os passarinhos
NÃO GORJEIAM COMO LÁ
.

Praia do Anil, Magé, RJ,Br, 05.01.2008
Benedita Azevedo


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A minha Terra - Célia Lamounier de Araújo -CIRANDA EM DÉCIMAS COM QUADRA E GLOSA -

CIRANDA EM DÉCIMAS COM QUADRA E GLOSA

 « A MINHA TERRA»

Uma iniciativa do Poeta Daniel Cristal



 

(ITAPECERICA)

 

 

A MINHA TERRA

Cidade Itapecerica
tem rosas e prosadores
feliz a minh’alma fica
quando lhe canta louvores.


Quadra de Erriene.

Glosada pela filha Célia Lamounier de Araújo

Atendo o chamado amigo
para cantar minha terra
e meu coração não erra
quando “Verde é meu chão” digo
pelas ruas canto e sigo.
Sou de Itapecerica
Tamanduá, linda e rica,
de Minas velha cidade
era São Bento do Abade
Cidade Itapecerica.


Tantos nomes, tantos filhos
tanto tempo se passou
muito romance ficou
em versos, prosas, idílios
nascidos ficam nos trilhos
de alegrias e amores.
De alguns também restam dores
no livro "O Seminarista"
a história toda é vista,
tem rosas e prosadores.

Seja no campo ou na estrada
na sede, rio ou em casa,
toda beleza extravasa:
pássaros em revoada
sempre aqui na terra amada.
Nas capoeiras, a bica
de água nascente é mais rica
flores, frutos, bichos tem
vida verde-azul e bem
Feliz a minh’alma fica.

Canto minha terra sim
não troco lugar nenhum
por este mundo incomum.
Tenho jasmim e jardim
bandolins e moro enfim
onde vivem sonhadores,
maestros e cantadores
de uma vida bem feliz.
E é tal qual meu verso diz
Quando lhe canta louvores.

http://celialamounier.portalcen.org

 

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A minha terra - DANIEL CRISTAL -CIRANDA EM DÉCIMAS COM QUADRA E GLOSA -

CIRANDA EM DÉCIMAS COM QUADRA E GLOSA

 « A MINHA TERRA»

Uma iniciativa do Poeta Daniel Cristal

 

 

 

(Foto da autoria de Fernando Pinto)

 

 

FURADOURO - OVAR

Praia da minha afeição
Do meu brincar de menino,
Vives no meu coração
A rir do próprio destino!

QUADRA DE MANUEL MENTARFA

(Poeta vareiro)
Glosada por Daniel Cristal

Não é só do Furadouro
mas também da sua ria
que a terra d' alegria
desenha com cor de ouro
signo emerso imorredouro...
Nunca traz a frustração
e conforta o coração,
esta praia conhecida:
Furadouro, cheia de vida
praia da minha afeição.


Mas além do Furadouro
gosto imenso dessa ria,
nosso espanto e alegria
que já acolheu o louro,
também o vencido mouro;
circundada pelos montes,
encostas com muitas fontes,
tem fértil planície aberta,
a eira ideal e certa
do meu brincar de menino.

O seu Museu e a Igreja
são seus belos monumentos,
mas há outros acrescentos,
esculturas de quem seja
símbolo do que almeja...
A faina é a emoção
amor de varina e pão,
ensejo de arte nativa
- o Entrudo que cativa...
Vives no meu coração.

O rio Cáster serpenteia
na nossa cidade alegre
e com a ria se agrega;
Tanto banha quão bronzeia
quem se diverte n' areia...
Em cima dum gordo suíno
No Carnaval faço o pino!
E ainda qu' aí troque o passo,
posso até ser um palhaço
A rir do próprio destino!

2008

 

 

(Um especial agradecimento à fadista, Ana Marina Correia, por me ter cedido diversos fados para colocar neste blog.

Que gesto tão bonito fadista Marina Correia! Como diz - nada é por acaso! Muita sorte e sucesso na sua digressão pela Suíça - Rogério Simões)

 

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A minha terra - Alfredo dos Santos Mendes -Ciranda em décimas com quadra e glosa

CIRANDA EM DÉCIMAS COM QUADRA E GLOSA

 « A MINHA TERRA»

Uma iniciativa do Poeta Daniel Cristal

 


(Pintura de Tarsila do Amaral)

 

A MINHA TERRA

CIRANDA EM DÉCIMAS COM QUADRA E GLOSA

 

A poesia é a maior manifestação de arte que o ser humano dispõe para emoldurar o mundo. Poetas somos todos nós e até na guerra, na miséria há poesia, mas só é mesmo poeta quem nasce com o dom.

O verdadeiro poeta manifesta-se com a alma e se seguir as métricas e todas as leis na sua composição esta ganha foros de sabedoria aliada ao bem estar de quem os lê.

Armando Figueiredo, Daniel Cristal, Eugénio de S.Vicente e muitos outros heterónimos foi o poeta que organizou esta ciranda em décimas com o tema A MINHA TERRA.

Deixo ao leitor a apreciação deste grande documento de raro valor.

Victor Jerónimo

 

MOTE

de

Armando Figueiredo

 

CIRANDA COM O MOTE «A MINHA TERRA» - UTILIZE ESTA ESTRUTURA FORMAL : A DÉCIMA - ESCOLHAM UMA QUADRA PARA SERVIR DE MOTE NA FORMA DE QUADRA, E EM QUATRO DÉCIMAS (ESTROFES COM DEZ VERSOS), REPITA NO FIM DE CADA ESTROFE UM VERSO DO MOTE (PRIMEIRA QUADRA) PELA MESMA ORDEM.

 

POETAS

 Alfredo dos Santos Mendes,  Daniel Cristal, Célia Lamounier de Araújo, Benedita Azevedo, Carmo Vasconcelos, Humberto Rodrigues Neto, Mercília Rodrigues, Eugénio de Sá, Paulo Gondim, Rogério Martins Simões.

***

 

Seguem-se décimas  de Manoel Virgílio, Luiz Poeta, Efigênia Coutinho e um exercício poético de Lino Vitti

 

 

Querido Poeta Romasi,
agradeço muito as palavras elogiosas que me dedica, atribuindo-me atributos que não mereço, mas aceito-os por vir de quem vêm. Sou um Poeta em construção, e costumo chamar Poeta a quem sente a minha Poesia, porque reside na empatia todo o segredo e mistério das almas que se revêem num signo, num sintagma, numa composição, numa alegoria.
Pois bem, meu Amigo, edite a Ciranda, acrescida com o seu trabalho, que felicito neste momento como sendo uma composição que na companhia nos prestigiará a todos os que partilharam a iniciativa, que pela sua beleza excedeu todas as minhas expectativas.
Creio que ainda haverá mais um ou outro Poeta que irá enriquecer este espaço, e aguardo a sua remessa para acrescentar às já editadas.
Um abraço para todos com forte amizade e indispensável amor anímico,

Armando Figueiredo

Nota Final: 

Com a devida autorização, começa hoje a ser editada em Portugal esta linda Ciranda. Quero agradecer ao Victor Jerónimo por ter publicado as minhas décimas na sua bela página no Brasil e aproveito para reproduzir suas palavras.

Gostaria de colocar aqui, de uma só vez, toda a Ciranda. Porém, não é possível dado o tamanho dos poemas. Visto isto, inicio a divulgação da Ciranda com um muito obrigado ao Mestre Daniel Cristal e aos poetas aqui divulgados.

Rogério Martins Simões

 

 

(Baia do Seixal

foto de Romasi)

 

A MINHA TERRA

CIRANDA EM DÉCIMAS COM QUADRA E GLOSA

 

 

MINHA TERRA

Minha terra é o Seixal
Parece que tem virtude.
Acolhe a terceira idade
E apoia a juventude.


Quadra de: Germana M. Saúde
Glosado por: A. Mendes

Eu nasci juntinho ao Tejo,
Nas suas águas brinquei.
E quantas horas fiquei
Alimentando o desejo
De lhe dar um terno beijo!
Recitar-lhe um madrigal,
Mavioso, musical,
E lhe dizer com carinho:
Ó Tejo sou teu vizinho,
Minha terra é o Seixal!

Repara como é vistosa.
Olha bem a nossa gente.
O porte altivo, valente,
Dos seus costumes briosa,
Porém sempre carinhosa!
É toda solicitude
Ao tomar uma atitude.
Como sabe receber...
E como é bonito ver,
Parece que tem virtude!

Tem ares de realeza
Com cheiro a maresia.
Tem tanto encanto, magia,
Que creio que a natureza
Quis fazer dela, princesa.
Óh minha bela cidade,
Tu deves sentir vaidade
Da nossa Associação.
Que com amor e paixão,
Acolhe a terceira idade.

Gente ordeira dedicada,
Amiga do seu amigo.
Traz sempre o amor consigo
Para na hora indicada
Dar tudo, em troca de nada!
A adversidade ilude,
Com magnânima atitude.
Acarinha seus velhinhos
P’ra que não fiquem sozinhos...
E apoia a juventude!

Lagos, 3/09/01
Alfredo dos Santos Mendes

 



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Lisboa é a minha cidade & ARMANDO FIGUEIREDO - DANIEL CRISTAL

 

(Lisboa)

 

 

Lisboa é a minha Cidade!

Rogério Martins Simões

 

Mote

 

Minha terra é a mais bela

É bela e não tem idade

Vigio-a da minha janela

Lisboa é a minha cidade

 

Glosa

 

Coração apaixonado

Morro de paixão e amor

Apraz-me ver-te em flor

No Castelo enfeitiçado

Perdido, vivo em pecado…

Viajo na canoa à vela

Vejo Alfama aguarela

Rio acima com ternura

Subo o Tejo na ventura

Minha terra é a mais bela!

 

Mouraria vem navegar

À desgarrada partir

O meu amor não quer ir

É tarde! Vamos marchar,

Se partir hei-de voltar.

No chão flores de jade

Madragoa é qual saudade

Doce encanto, sacro mel,

Nunca me soubeste a fel.

É bela e não tem idade.

 

Coração foi bem levado

No trinar duma guitarra

Está frio, veste a samarra!

Bairro Alto, meu pecado

Boémias e noites de fado

Cravos rubros na lapela

Não passes por mim sem ela…

Voltei e já fui à Graça

Por São Vicente se passa,

Vigio-a da minha janela

 

Subi à Bica e vou a pé

A pé desci ao Rossio

Carícia do Paço ao rio

E ao Santo António da Sé.

Entrei e rezei com fé!

Sete morros de amizade

Vivendo em liberdade

Resguardam estes tesouros:

Latinos, Godos e Mouros,

Lisboa é a minha cidade!

 

Lisboa, 23 de Janeiro de 2008

 



 

CIRANDA EM DÉCIMAS COM MOTE « A MINHA TERRA» E GLOSADA EM DÉCIMAS

 

Fui “desafiado” pelo grande poeta português Armando Figueiredo, para participar nesta ciranda. Armando Figueiredo, não precisa de apresentação e tem sido editado diversas vezes neste blog com o pseudónimo de Daniel Cristal.

A minha contribuição, nas décimas foi uma verdadeira aventura e tive a ventura de ser ajudado na metrificação pelo mestre, Armando Figueiredo.

Confesso a dificuldade de espartilhar um poema, com 44 versos, ou metros, em versos de sete sílabas. Irei conservar o original, escrito sem a preocupação da contagem das sílabas, para quem um dia se interessar pela minha poesia.

Esta tertúlia poética tem já a participação de diversos poetas brasileiros e portugueses, tais como:

Humberto Rodrigues Neto, Eugénio de Sá, Alfredo dos Santos Mendes, Luiz Poeta, Carmo Vasconcelos, Daniel Cristal e Rogério Martins Simões.

 O meu poema, em décimas, com MOTE « A MINHA TERRA» E GLOSADA EM DÉCIMAS, a que dei o título LISBOA É A MINHA CIDADE, é inteiramente dedicado a duas pessoas:

1) Ao poeta DANIEL CRISTAL, ARMANDO FIGUEIREDO, hoje 14 de Maio de 2008 por ser dia especial reedito, desejando SAÚDE e MUITA FORÇA...

2) Ao meu avô paterno, António Simões, natural da Pampilhosa da Serra, exímio guitarrista que, segundo meu pai, terá ensinado guitarra ao grande Armandinho. Quanto à minha primeira construção poética em décimas espero de que gostem.

Rogério Martins Simões

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MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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