Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

DARFUR SUDÃO

sudao.JPG

 

DARFUR - SUDÃO

Rogério Martins Simões

 

Era uma noite, tão noite,

Nem uma só luz existia,

As velas, acesas, não brilhavam.

Lá fora nem luar havia…

 

Metia medo!

Ninguém dizia!

Ninguém murmurava…

O silêncio era gélido!

Esperavam o dia,

E os corações sangravam…

Medrosa agonia,

Metia medo!

Ninguém diria…

 

Vieram os cavaleiros de negro…

Despedaçaram as portas!

Violaram! Mataram!

Derramaram o sangue!

Verteram-se as lágrimas!

Levaram os moços!

Incendiaram o chão!

Queimaram os corpos em pira!

Envenenaram os poços!

E partiram sedentos de ira!

Que tragédia é essa - Sudão?

 

Voltou o dia!

Fez-se noite!

Viram-se de novo as estrelas!

Que é do teu povo Sudão?

4/4/2005

(Dedicado a João Paulo II)

 

(Registado no Ministério da Cultura

- Inspeção-Geral das Atividades Culturais I.G.A.C. –

Processo n.º 2079/09)

 

Este meu poema encontra-se publicado no Brasil, pela  Abril Educação – Editora Ática, numa obra didática intitulada Fronteiras da Globalização, de autoria de Lúcia Marina e Tércio, destinada ao Ensino Médio brasileiro.

Poemas de amor e dor conteúdo da página

PARKINSON: SORRINDO À DOR PARA VIVER

Still Life 004401.jpg

 

 

PARKINSON: SORRINDO À DOR PARA VIVER

Rogério Martins Simões

 

Amarram-se estes dedos com que escrevo.

Enfraquece-me a fala. Não a entendem.

Todos os movimentos se me prendem.

Perdi a esperança e sei que a ti o devo…

 

Trina tão forte meu despertador,

Lembrando os comprimidos a tomar.

Sou fábrica de espasmos e de dor.

Sofro por turnos sem mais descansar.

 

Parkinson: maldita sejas doença,

Que tanto aqui me tens feito sofrer.

Parkinson: tu terás a indiferença.

 

Que diferente te eu seja na viagem:

E baloiça meu corpo na coragem.

Sorrindo eu mesmo à dor para viver.

 

Meco, Praia das Bicas, 03/12/2014 22:51:43

 

 

 

 

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

Escutei um rugido ao vento II

0007.JPG

 

Tela de Elisabete Sombreireiro Palma

 

ESCUTEI UM RUGIDO AO VENTO II

Rogério Martins Simões

 

Escutei um rugido do vento.

É vento! Não oiço a nora a chiar.

São ondas do meu pensamento.

A nora não pode rodar.

 

Roda tudo no desalento…

Foi no tempo a nora e o muar.

- Nora onde está o teu jumento,

Girando, girando, sem parar?

 

Roda o passado e o presente

Apenas oiço o vento soprar.

- Nora onde está a tua gente?

 

- Escutai no cante o seu clamor:

Os campos a choram de dor

Ao verem a nora a secar.

 

25-08-2005

Versão 2 de 17/11/2014

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

Florbela Espanca - Papoilas da alma

florbelaespanca1.jpg

 

 

FLORBELA ESPANCA

(PAPOILAS DA ALMA)

Rogério Martins Simões

 

Enquanto na planície o sol dançava,

Todos os seus desejos recresciam.

Pálida neve! O seu rosto nevava…

Seus olhos tristes às dores sorriam.

 

Da janela da noite suspirava.

Amores seus, proibidos, consumiam:

A seara infecunda que secava…

E as papoilas de génio que nasciam.

 

E quando a bruma o seu corpo levou,

Todo o Alentejo cantando a chorou:

Nos seus tão belos poemas de amor.

 

Mas se os amores lhe foram adversos,

Nem a morte apagou seus lindos versos

Soror Saudade, dor, Charneca em flor.

 

Meco, Praia das Bicas, 24-10-2011 21:54:38

(revisto em 2013/11/29)

(A Florbela Espanca)

 

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

Gira que gira a minha tristeza

IMG_1463 (800x450).jpg

 

 

 

 

GIRA QUE GIRA A MINHA TRISTEZA

Rogério Martins Simões

 

Certa como incerta é minha certeza:

É estar morto e sentir o coração;

E é andar, para aqui, a tombar no chão;

Gira que gira por baixo da mesa.

 

Que o meu derrube não será leveza,

Tão pesado, parado, em contra mão.

E o vento que de mim se fez pião,

Gira que gira na minha tristeza.

 

Decerto, dirão aqueles que me leram,

Que outros, por tanto, ou muito mais sofreram:

Saindo muito mais cedo da corrida…

 

Sendo eu poeta, e bordão, vos secundo,

Que o tempo é p´ra ser vivido ao segundo.

Lutando para ganhar tempo à vida.

 

Meco, Praia das Bicas, 09/10/2014 18:53:10

(ao meu irmão, José Manuel Martins Simões)

 

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

Liberdade

 

 

 

 

Para escutar o vídeo desligue por favor o fundo musical do blog, obrigado

 

 

 

 

 

LIBERDADE

Rogério Martins Simões

 

Quando as manhãs, as tardes,

e as noites escondiam,

 desesperados esperámos,

não chegavas,

e de ti nada sabíamos...

 

Foram tão longas as noites

do tamanho dos dias,

que nos esquecemos do sol

na esperança que vinhas.

 

Foi por ti que chamámos,

e de luto, lutando, morreríamos.

Foi por ti que gritaram,

aos que antes da morte

 a morte pediram...

 

E depois de tanto tempo,

em que o tempo silenciado

e o desânimo quase vencia,

tu vieste de novo,

com mais idade,

aos olhos do dia.

 

Nossos olhos abertos

quase cegos ficaram,

quando as portas cerradas

e os cimentos caíram...

 

Era tarde e tardaste

quando finalmente chegaste

na mais linda primavera

que me recordo que vira...

É por ti que de felicidade

te chamo sem ira...

 

LIBERDADE!

 

Lisboa, 02-03-2010 17:48:32

 

Dedicado a José Carlos Ary dos Santos

Simões, Rogério, in “GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO”,

(Chiado Editora, Lisboa, 1ª edição, 2014)

 

 

 

 

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

amrosaorvalho.gif

MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

Copyright © 2017. Todos os direitos reservados. All rights reserved © DIREITOS DE AUTOR

Em destaque no SAPO Blogs
pub