Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

O meu olhar

O MEU OLHAR

Rogério Martins Simões

 

O Horizonte debaixo do meu olhar,

Profundo,

Impele-me a ficar

Até desgarrar o ver.

Este sentir nos dedos as águas deste mar;

Este fluir de pensamentos borbulhantes,

Onda atrás de onda,

Fazem de mim um náufrago

Que não se quer achar;

Que não quer sofrer…

Meco, 09-01-2013 17:45:38

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

NUVEM

 

 
 
FELIZ ANO DE 2013
 
Deixo aqui um poema meu inédito desejando a todos saúde e nada de nuvens...
 

NUVEM

Rogério Martins Simões

 

Havia uma nuvem que enfeitiçava,

Distendi as minhas asas e ceguei,

E quanto mais perto dela chegava,

Mais afastado, de mim, eu fiquei.

 

Cheguei a pensar que passava…

Mesmo passando o que passei…

Quando o vento com ela dançava,

Perdido, de mim, não mais me achei.

 

Pela calada da tarde desaparecia…

Era tarde e tão cedo que nem via

Que o silêncio, na noite, madrugava…

 

E quando a noite adormecia vestida,

Lamentando a minha triste vida,

No revés dos seus olhos chorava.

 

CAMPIMECO, Meco 10-09-2012 16:14:41

 

 
 
 
Poemas de amor e dor conteúdo da página

ABANDONO

ABANDONO…

Rogério Martins Simões

 

Olhou as paredes, estavam nuas,

Sem compreender todos os porquês.

Fecharam as portas e eram duas…

Antes morresse de uma só vez.

 

Tinha os cabelos brancos das luas,

Trazia nas mãos o terço que fez,

Desfiando orações que eram suas,

Quanto numa lágrima se desfez.

 

Entrou, olhou, e sentiu-se perdida.

Era tão triste o seu final de vida:

Estranho era aquele novo lugar.

 

E quando já pareciam dormir,

Cercada, na luz pediu p´ra partir:

Sorriu! E não mais voltou acordar…

 

Campimeco, Meco 12-12-2012 23:58

Poemas de amor e dor conteúdo da página

Papagaio azul

PAPAGAIO AZUL

Rogério Martins Simões

 

Daquela janela virada a sul,

Por onde um ligeiro vento passava,

Um pedacinho de papel azul,

Subia ao céu e do céu baixava.

 

Olhei p’ra janela virada a sul,

Que a sul, afinal, ali não estava

Era um sonho e nem era azul:

O papel azul que o vento levava.

 

Não era janela, era sacada.

Não era o sul, talvez fosse norte.

Não era um sonho, talvez a sorte:

Tantos sorrisos com olhos de nada.

 

Naquela janela virada a sul,

Preso a um cordel segurava,

O meu papagaio de papel azul,

Que subia ao céu e de lá baixava.



MECO 13-11-2012 01:12:36

 

 

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

ZUMBIDO (Reeditado)

ZUMBIDO

Rogério Martins Simões

 

Lá fora,

No colar da escuridão,

Percute o vai e vem

Das ondas do mar.

 

Mandei calar o vento

E o mar amainou.

 

Pedi silêncio à coruja

E ela acordou.

 

Veio o mocho

E acabou por anuir.

Lá fora

a noite nem é de grilos...

e não consigo dormir!

 

Aqui, nos meus ouvidos,

Um zumbido ruidoso

Corrompe este pacto de silêncio.

 

Amanhã,

Ordenarei ao mar

E ao vento,

Ao mocho, à coruja

E ao sino do templo,

Que não deixem silenciar a noite.

 

A minha noite

Não é só de grilos...

Espasmos dolorosos pulsam

E não me deixam sossegar.

 

Lisboa, 07-02-2010 22:36:39

(Diálogos da alma e do poeta: diário de um doente de Parkinson)

Poemas de amor e dor conteúdo da página

Sempre...

SEMPRE…

Rogério Martins Simões

 

Sempre que estas mãos não amparam o choro,

para que não se perca uma migalha de ternura,

Esfrego os meus olhos na ventura,

Apago as lágrimas

E parto à procura da poesia

 

Campimeco, Aldeia do Meco, 08-08-2012 19:24:17

Poemas de amor e dor conteúdo da página

POETA DE CORPO INTEIRO

POETA DE CORPO INTEIRO

Rogério Martins Simões

 

Sigo num tempo

Que atento sinto:

Que sinto?

Alguém falou?

Alguém deu nas vistas?

As vistas curtas confundem as próprias vistas.

Não viste nada!

Desandas!

 

Volto ao caderno.

Não escrevo!

Ligo palavras, sílabas.

Que sílabas?

Tinha tudo para ser feliz…

Tempo inútil,

Onde tudo não passou

De uma forte gargalhada de dor.

 

Uma criança chora!

Chora, não sei:

Chora sempre!

Que sente?

Doem-lhe estas palavras rasgadas,

Tramadas,

Dói-me esta dor

Que se difunde,

E confunde, em contratempo:

Deram-lhe tudo para ser feliz…

Quem mente?

 

As ondas varrem a cidade

Que flutua

Num extenso areal adornado de adereços…

 

Volto ao caderno.

Não! Escrevo!

Ligo palavras, sílabas.

Que sílabas?

Tinha tudo para ser feliz,

Por um tempo inútil,

Onde tudo não passou

De uma forte gargalhada de dor.

 

 

Se ando por fora dos papéis voo nas vistas.

Se conseguisse andar daria nas vistas…

Estou sentado numa cadeia de ferros

Tenho o caderno afundado numa teia de ferro.

A ferro e fogo.

Já fui fogo.

Água e gelo.

Gelo os meus pensamentos.

Que faço destas mãos?

 

Levaram as sementes do meu campo de trigo

Trinco sementes de girassol

Neste cantar de desabrigo…

Estou fechado no prédio móvel

Que é meu corpo.

Que dilema:

Perdi as forças e estou num colete-de-forças.

 

Volto a olhar para dentro,

Olho o meu corpo,

Conheço a idade do meu corpo,

Não estou mal para a sua idade…

Que idade tenho?

 

Quero fugir de mim

E dão-me dose dupla…

 

Se conseguir sobreviver

Saberei viver?

Viverá quem já não goste da vida?

Que vida?

Fechada a cadeado?

 

Movimenta-me na dose dupla

 e volto a andar:

Subo o patamar da mente;

e desço de andar na escrita…

 

Poucos Metros me afastam da meta

Onde já fui primeiro…

Voa atleta:

Poeta

De corpo inteiro!

 

 

Meco, 12 de Julho de 2009

O direito de autor é reconhecido independentemente de registo,

depósito ou qualquer outra formalidade

artigo 12.º do CDADC. Lei 16/08 de 1/4)

(A registar no Ministério da Cultura

- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –

Processo n.º 2079/09)

 

 

 

 

 

 

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

amrosaorvalho.gif

MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

Copyright © 2017. Todos os direitos reservados. All rights reserved © DIREITOS DE AUTOR

Em destaque no SAPO Blogs
pub