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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

BEIJOS

 

 

 

BEIJOS

Rogério Martins Simões

Sempre o amor

sempre a paixão

sempre o desejo

sempre a carícia

E se o ensejo

não nos dá tréguas…

não viva eu

sem trilhar léguas

nos versos que beijam

sem malícia

o teu coração

Lisboa, 02-12-2010 18:24:22

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A seguir a mim...

 

 

 

Fotografia de Rogério Simões

 

 

 

 

A seguir a mim

Rogério Martins Simões

 


A seguir a mim

Tudo perdurará no tempo

No Sol,

no orvalho da manhã,

Tudo é

e será diferente.


E se tudo andar!

Guiar,

parar,

falar,

Ou gritar!


Quero girar

Por onde tudo anda

E nada pára.

E, acima de tudo,

Quero acordar no tempo

E partir!

Andar por aí…

Fazendo tudo, e nada,

Em busca do meu papel.

Que papel?

De um jornal que se apaga,

No estrume,

Ou se queima no lume?!

Então, que arda!

Ou a vida se renove.

Mas… a prova?

A prova está aqui,

ainda vivo,

Cheirando o ar,

Semeando

Colhendo

O brilho do sol,

Por entre as nuvens.

 


Quero!

Atravessar os desertos

Do pensamento

E colher as areias

De cada momento:

Grão a grão!

Até ao fim!

Pois a grandeza é estar vivo

E de certeza

Permanecer no espaço

Depois de ido…

À espera

Que uma simples gota, de orvalho, caia

E me traga de volta,

Sem cabelos grisalhos,

Um sorriso de criança:

No colorido de uma crisálida

Ou num papagaio de papel

 


A seguir a mim

Tudo será diferente…

15-12-2003

(Registado no Ministério da Cultura

- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –

Processo n.º 2079/09)

Poemas de amor e dor conteúdo da página

Segredo desvendado

 

 

 

 

SEGREDO DESVENDADO!

Rogério Martins Simões

 

De noite, em segredo, ia pró mar

Deitava-se nua, maldição, a esperar

Por seu amante com olhos de jade.

Por certo, ela tinha mão na morte,

Que por ciúmes perderam o norte:

A chuva, o vento e a tempestade.

 

Assim, eram amantes no desassombro,

Soprando os cabelos do seu ombro,

Voavam, e cobriam-lhe o rosto...

Mas o luar descobre namorados...

Afagou os seus cabelos doirados,

Em lua cheia, no mês de Agosto.

 

A terra tremeu no desassossego.

A lua escondeu, voltou o sossego,

E voltaram as estrelas ao Chiado.

Então: todos os poetas foram ver

Que a noite lhes queria esconder

A, linda, Severa cantando o fado.

Lisboa, 01-11-2010 22:08:28

 

Direitos reservados

O direito de autor é reconhecido independentemente de registo, depósito ou qualquer outra formalidade (ver artigo 12.º). A titularidade está consagrada no artigo 11.º do CDADC Lei 16/08 de 1/4

(A registar no Ministério da Cultura

- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –

Processo n.º 2079/09)

 

 

 


 

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Versos de amor

 

1953
Minha mãe, meu irmão Jaime e eu

Versos de amor

Rogério Martins Simões

Logo! Logo muito cedo,

Irrompe a luz, sem medo,

E descobre meu olhar.

Entra, sem bater à porta,

Quando o sol conforta:

Lembranças a despontar.

Em cima da velha mesa

Eu tinha a roupa presa

Com o prato da merenda:

Manteiga e pão escuro;

Que o branco era duro,

E só pela encomenda...

Solto os meus pés à légua

Que, na escola, a régua

Não aceita a demora...

Quisera, então, aprender,

A ler, para escrever,

Os meus poemas de agora.

Revejo, neste caminho,

Meus pais, com tanto carinho,

Neste nosso trilho em flor.

Volta o sol, que me beija,

Nesta manhã, que cereja,

Em meus versos de amor.

 

Lisboa, 30-10-2010 22:33:19

 

De acordo com a Lei os direitos de autor estão protegidos,

independentemente do seu registo.

(A registar no Ministério da Cultura

- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –

Processo n.º 2079/09)

 

 

 

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Parabéns Elisabete Maria Sombreireiro Palma

 

 

 

 

19/10/2010

PARABÉNS ELISABETE; MINHA DOCE COMPANHEIRA DE VIAGEM

 

Conheci a minha actual companheira e esposa, Elisabete Maria Sombreireiro Palma, em 1989.

Posso mesmo acrescentar que para além de me ter impulsionado e inspirado a criação da minha nova poesia, na sua maioria a si dedicada, ela é a minha maior crítica literária e impediu que o Rogério Simões rasgasse os poemas que restavam, escritos por Romasi, que a ela não foram dedicados ou que não foi a sua musa inspiradora.

 

Falar da minha companheira, é falar de amor, de solidariedade, de gosto e arte, de cultura, de trabalho e muita doação!

 

É trazer para a poesia os cheiros e as cores do seu Alentejo, que tão bem retrata nas suas telas.

 

Mas falar de Elisabete Palma é também falar de perda; de muita dor, porque para além da voz com que bem cantava o fado de Coimbra e o canto alentejano, perdeu o seu filho, o Ricardo, num acidente de mota em 1989. Tinha apenas 18 anos!

 

A Elisabete Sombreireiro Palma é fermento, trigo, centeio, poejo e papoila.

A Bete é toda a campina em flor!

Parabéns Bete,

Do teu marido,

 

Rogério Martins Simões

 

 

 

 

 

 

RECORTE NA PLANÍCIE

Rogério Martins Simões

Venho de um tempo de Inverno,

quando a noite mais tempo toma.

Sou fruto de um vagar eterno

quando o trabalho não retoma…

Do frio a cortiça protege o sobreiro.

À lareira cerzia panos de linho.

Chovia lá fora, era Fevereiro,

sou filha do amor; lenha de azinho.

Foram longos os meses de espera!

- Seara! Aprendi a bailar contigo!

E foi a mais linda Primavera,

e minha mãe cantava comigo:

- “Semeei este amor de Inverno,

Papoila! Ventre da Primavera.

Bago de trigo; Verão eterno,

Outono! Vida! Minha quimera.”

E o Verão foi ainda mais quente!

Mas o Outono é a minha estação!

a minha mãe carregou a semente,

verde foi o fruto do seu coração.

- Ceifa-se no Verão

o que Outono é servido...

sinto dar a mão…

que lindo vestido!

Se voltar a Beja,

que me viu nascer

e beija,

Estarei ao postigo!

Sua bênção, minha mãe,

sei que estás comigo!


19-10-2006

(Poema dedicado, e oferecida, à minha companheira

Elisabete Sombreireiro Palma, no seu dia de aniversário)

(Registado no Ministério da Cultura

Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C.

Processo n.º 2079/09)

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Corações na areia...

 



CORAÇÕES NA AREIA

Rogério Martins Simões


Quem deixou na praia o coração?

Que onda o irá apagar?

Uma gota de orvalho,

Uma sombra,

Um pé?

Talvez nem chegue à maré…


Quem irá apagar essa paixão?

Uma mão cheia de nada?

Uma sombra?

Um pé?

Basta uma onda...

Talvez não venha…

Resta uma lágrima!


Praia das Bicas, 10-08-2010 19:58:17

 

 

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Os olhos do coração

(Os olhos do coração)

 

 

OS OLHOS DO CORAÇÃO

Rogério Martins simões

 

Deixasse eu de ver numa idade menor,

Quando nem a força segura o alazão…

Não te iria encontrar na idade maior,

Quando não se vê pelos olhos da paixão.

Se meus olhos cansados vêm pior,

Não importa apurar por que razão:

Com eles assim eu te vejo melhor,

Abrindo o olhar no meu coração:

Foi no teu coração, de bem-querer,

Que teus olhos me viram, sem te ver,

E por ali andaram quase até cegar…

E se tarde tardaram em descobrir,

Tanta felicidade em te ver e sentir

Amor! Meu coração te quero dar.

Meco, 06-10-2010 23:44:58

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Secam-me as palavras

 

 

(Óleo sobre tela

Elisabete Sombreireiro Palma)

 

Secam-me as palavras

Rogério Martins Simões

Secam-me as palavras,

Afogo as lágrimas num grito,

E nestas levadas,

Elevo em ti o meu espírito.

Ai se a minha voz voltasse…

E o teu canto cantasse…

Canta!

Se vontade tiveres para cantar.

Chora!

Se vontade tiveres para chorar.

Eu, cá por mim, vou tendo,

Estes ensaios de tristeza e alegria,

E neste crescendo

Faço tua a minha poesia.

Agora que minha voz se escreve…

És, de novo, a alegria que tarda calma,

Terna felicidade num momento breve;

Luz efémera, mas eterna alma.

Volta!

Tenho força para escrever,

Para ti, se tiveres vontade em me ler…

Canta!

Se tiveres vontade de cantar,

Para mim, o que escrevi para te dar.

19/10/1999

Concluído em 31/05/00

(Registado no Ministério da Cultura

- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –

Processo n.º 2079/09)

 

 

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amrosaorvalho.gif

MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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