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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

BENDITA ROSA

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BENDITA ROSA

Rogério Martins Simões

 

Recordo em ti, meu amor, a bela rosa,

Rosa em mim, por quem eu tanto sonhei.

Estavas tão bonita, tão formosa:

Nem pétala de rosa em ti anulei...

 

Rosa inteira! Será sempre ditosa.

Louvado seja o dia que a encontrei.

Foi a Mãe Terra que, de tão generosa,

Entregou-me a rosa e não me piquei.

 

Rosa alvorada a florir no meu dia

Tu és o canteiro da minha poesia.

Bendita a rosa do nosso jardim!

 

Pois se o meu dom está no nosso amor,

Venturoso de quem mantêm a flor:

Bendita rosa, mimosa em cetim.

 

Lisboa, 20/04/2016 22:01:35

 

 

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INQUIETAÇÃO

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INQUIETAÇÃO

Rogério Martins Simões

  

Sempre que a poesia me desinquieta,

por mim chama e de tão acesa crepita,

é toda esta minha alma que se agita:

Nos versos desta rescrita irrequieta.

 

Nada impede o presságio do profeta,

aquando nos augúrios os predita.

Por que calar a voz de quem os dita,

nos poemas que minha mão completa.

 

Que na força de um poema há mistério.

Quem o lê lhe dará demais critério,

se a tantos mais sofridos inquietei…

 

Por inspiração divina, ou terrena,

tudo deixei até não correr a pena:

Os meus poemas de quem são? Não sei…

Meco 03/03/2016 00:51:42

 

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SORRINDO À DOR PARA VIVER

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SORRINDO À DOR PARA VIVER

Rogério Martins Simões

 

Amarram-se as minhas mãos com que escrevo.

Perco os movimentos tremem os dedos.

Perdi a esperança. Perdi o enlevo.

Enfraquece-me a voz. Crescem os medos

 

Trina tão forte o meu despertador,

Lembrando os comprimidos a tomar.

Sou fábrica de espasmos e de dor.

Sofro sem turnos sem mais descansar.

 

Vai! Que maldita seja a tua presença.

Que tanto aqui me tens feito sofrer.

Parkinson: terás minha indiferença.

 

Que diferente eu te seja na viagem:

Baloiçando meu corpo na coragem.

Sorrindo eu, mesmo à dor, para viver.

 

Meco, Praia das Bicas, 03/12/2014 22:51:43

Alterado, 10/01/2016

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QUANTA TRISTEZA TEM O MEU OLHAR

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QUANTA TRISTEZA TEM O MEU OLHAR

Rogério Martins Simões

 

Quanta tristeza tem este meu olhar.

Que aos poucos vai morrendo: que viver?

Se lentamente passo este sofrer:

Neste viver, assim, sem desejar.

 

Já passei tantas datas por datar…

Mais que os anos, perdidos, sem os ver

Que para aqui estar, e sem morrer,

Na morte vivo sem mais esperar.

 

Que não seja por mim a pouca sorte,

Pois que, neste meu invólucro de morte,

É na vida que a alma se deslinda.

 

E neste desespero em que me vejo,

Minha alma, num momento de sobejo,

Recorda-me que não quer partir ainda.

 

Meco, 05/03/2015 19:30:42

 

 

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PARKINSON: SORRINDO À DOR PARA VIVER

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PARKINSON: SORRINDO À DOR PARA VIVER

Rogério Martins Simões

 

Amarram-se estes dedos com que escrevo.

Enfraquece-me a fala. Não a entendem.

Todos os movimentos se me prendem.

Perdi a esperança e sei que a ti o devo…

 

Trina tão forte meu despertador,

Lembrando os comprimidos a tomar.

Sou fábrica de espasmos e de dor.

Sofro por turnos sem mais descansar.

 

Parkinson: maldita sejas doença,

Que tanto aqui me tens feito sofrer.

Parkinson: tu terás a indiferença.

 

Que diferente te eu seja na viagem:

E baloiça meu corpo na coragem.

Sorrindo eu mesmo à dor para viver.

 

Meco, Praia das Bicas, 03/12/2014 22:51:43

 

 

 

 

 

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Florbela Espanca - Papoilas da alma

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FLORBELA ESPANCA

(PAPOILAS DA ALMA)

Rogério Martins Simões

 

Enquanto na planície o sol dançava,

Todos os seus desejos recresciam.

Pálida neve! O seu rosto nevava…

Seus olhos tristes às dores sorriam.

 

Da janela da noite suspirava.

Amores seus, proibidos, consumiam:

A seara infecunda que secava…

E as papoilas de génio que nasciam.

 

E quando a bruma o seu corpo levou,

Todo o Alentejo cantando a chorou:

Nos seus tão belos poemas de amor.

 

Mas se os amores lhe foram adversos,

Nem a morte apagou seus lindos versos

Soror Saudade, dor, Charneca em flor.

 

Meco, Praia das Bicas, 24-10-2011 21:54:38

(revisto em 2013/11/29)

(A Florbela Espanca)

 

 

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Gira que gira a minha tristeza

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GIRA QUE GIRA A MINHA TRISTEZA

Rogério Martins Simões

 

Certa como incerta é minha certeza:

É estar morto e sentir o coração;

E é andar, para aqui, a tombar no chão;

Gira que gira por baixo da mesa.

 

Que o meu derrube não será leveza,

Tão pesado, parado, em contra mão.

E o vento que de mim se fez pião,

Gira que gira na minha tristeza.

 

Decerto, dirão aqueles que me leram,

Que outros, por tanto, ou muito mais sofreram:

Saindo muito mais cedo da corrida…

 

Sendo eu poeta, e bordão, vos secundo,

Que o tempo é p´ra ser vivido ao segundo.

Lutando para ganhar tempo à vida.

 

Meco, Praia das Bicas, 09/10/2014 18:53:10

(ao meu irmão, José Manuel Martins Simões)

 

 

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MAR DE PRANTO

Meco 15/12/2013

MAR DE PRANTO

Rogério Martins Simões

 

Toda a noite este mar tanto bateu.

Toda a noite a falésia lá chorava.

Parecia que ali perto alguém rezava,

Ao destino que só a morte atendeu.

 

Rapina e tão cruel onda acometeu.

Feia noite que a falésia chocalhava.

E o mar que desde sempre salteava…

Voltou para levar quem escolheu.

 

Ah desprezível onda que assassina.

Ave agoirenta tu és, e na triste sina,

Pela manhã retine um cais de espanto…

 

Espalhas e recolhes tantas dores,

Flores! E tantas flores. Deitem flores:

Lágrimas e jasmins ao mar de pranto.

 

Meco, Praia das Bicas 15/12/2013 23:24:32

 

(Aos jovens que hoje morreram ou desapareceram na Praia do Meco)

 

 

 

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MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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