AGORA
AGORA
(Rogério Martins Simões)
Agora que o homem
Se sente ameaçado
Agora que um simples pato
Enche com penas
As penas da humanidade,
Reservo para mim o direito de voar….
Deixo para vós os passos de pedra
Que ecoam nos rios
Inimagináveis da intolerância…
Quero morrer
Ganso selvagem em liberdade!
Não! Não me apontem os canos
Que sobressaem
Das vossas trincheiras,
Deixem correr os rios!
Deixem correr os mares!
E libertem as árvores
Pois eu quero poisar…
21-02-2006 23:24
Simões, Rogério, em “POEMAS DE AMOR E DOR”,
(Chiado Books, Lisboa, 1ª edição, 2019) página 179
1ª edição: Agosto, 2019
ISBN: 978-989-52-6450-6
Depósito Legal n.º 459328/19