RAPINA...
IMAGEM DA World Press Photo Contest 2004.
RAPINA
Rogério Martins Simões
Rapinam minhas mãos nas horas vivas,
Que se agitam além perto do fogo,
Meu destino cruel onde me azougo,
Em preces, em razões superlativas...
Balizam minha sorte e tão furtivas
Querem-me longe e fora deste jogo…
Na terra das misérias sem arrogo
De mãos estendidas em rogativas…
Latejam no meu rosto como brasas,
Estas inquietações de quem se arrisca,
A escutar o trovão, antes da faísca…
Desilude-te génio subserviente,
Que o desterro é ferrete penitente…
E os ultrajados mais que as campas rasas.
Meco 08/07/2018 23:34:46
(Poemas de amor e dor- Próximo livro)