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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

Água salgada...

 

 

 

Água Salgada
Rogério Martins Simões
 
Tenho sede...e sofro
É em vão a minha dor.
A vida acaba
Quando espero o seu começo.
Triste, já cansado,
Fatigado de andar
Busco água
No oceano da vida.
Retiro-me, procuro o mar
Mergulho…,
Afogo a minha sede de vida!
E morro…
 
Olhos salgados de mar…
 
Novembro de 1968

 

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VIAGEM

 
 

 

 

(Óleo sobre tela do mestre

 

REAL BORDALO)

 

 

Em poucos minutos escrevo um poema
Pouco tempo para uma vida...
O que imortaliza um poema?
O tempo? ou a pena?
Tudo vos dei:
O tempo, a pena e a vida…
Valerá a pena
a VIAGEM
dizer adeus na despedida…
 
MECO, 13 de Agosto de 2008
ROMASi/Rogério

 

 

 

VIAGEM
Rogério Martins Simões
 
A maré está em maré baixa.
Para onde foi a água salgada
E o sal que me temperou?
 
Meu barco sulca pelas águas que ficam…
Porque ficam as águas que não partem?
Quando partem as águas que ficam?
 
A maré está calma…
As águas parecem quedar:
O barco desliza e faz ondas,
Nas águas calmas e mansas,
Sopra uma ligeira brisa
E o barco desliza…
 
Outro barco passa…
Já passou!
Por tempestades
Por dias de sol
 
Meu barco de contida graça
Semeia carneirinhos,
Branca espuma, no verde-mar.
 
Quantos marinheiros respiraram este ar?
Quantos pescadores lançaram redes?
Quantos mares acolheram estas águas?
Mágoas?
Meu barco abranda
Estava proibido de atracar
Nas palavras que pincelam
As cores deste náufrago
 
- O barco vai parar!,
Grito ao arrais!
 
Estou finalmente a chegar
Ao fim destas palavras
Olho as amarras
com que prendem o barco…
A maré continua vazia….
Há tanto lodo no cais!
 
(Diário de viagem, Seixal-Lisboa
13-08-2008 09:01:19
  
 

 

 

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Beijos Perdidos

 

(DEGAS)

 

 

 

BEIJOS PERDIDOS
Rogério Martins Simões
 
As libelinhas subiram à cidade
Quando as abelhas abandonaram o mel…
As cidades estão repletas de sabores
D´outros lugares
Onde crepitavam os beijos nascentes;
Onde as águas percorriam
os lances de pedra
E levavam os corações.
Fui à janela e vi-te partir…
Já esqueceste o ardor dos beijos
Perdidos
Pouco importa!
Acenei à derradeira libelinha…
 
 
Lisboa, 30-06-2008 23:29:48
Para a AnaMar
(ao sabor das palavras)
 

 

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A árvore que chilreia...

 

 

(Castelo de S. Jorge - Lisboa - Portugal)

 

 

 

 

A árvore que chilreia...
Rogério Martins Simões
 
A árvore mal amada
Impede-te de pisar a relva?
Os caminhos para os paraísos…
serão guarnecidos
de cimento armado?
E os piratas de pernas de pau
terão pernas em betão?
 
Atiro uma flecha:
Cavaleiro andante
ou índio em extinção?
Não acerto uma!
 
- Dom Quixote
que se junte à causa!
 
A terra fede,
aos ímpetos dos lucros!
Os abates árvores
mantêm os solstícios
longe do equador
Para que as aves
não chilreiam com o sol…
 
A árvore que chilreia
tem os dias contados:
Constroem-se barrigas de ar,
em condomínios fechados,
para acautelar a extinta
extinção das árvores
 
Os deuses mediterrâneos
que se cuidem…
 
Dom Quixote
que se junte à causa!
E nós também!
 
02-07-2007 22:33:14
 

 

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Sou como o regato...

 

 

 

 

SOU COMO O REGATO
Rogério Martins Simões
 
Sou como o regato,
Que brota,
Que jorra,
Que vai por aí
Onde a minha alma
me entrega;
Onde a minha alma
me encontre.
 
A paixão confunde!
Desespera!
Cega!
É triste ver partir
quem se ama.
Mais triste
é viver sem amor.
 
Um raio de sol
deitou-se no meu leito.
Todavia é livre.
- É o mais belo amante das estrelas.
 
28-03-2005

 

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amrosaorvalho.gif

MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

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