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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

O filho da Calçada - reeditado

 

 

 

O FILHO DA CALÇADA
(Rogério Martins Simões)
 
Eu vi
O Filho da Calçada
Sorrindo de anjo
com os cabelos sujos
da cor do barro.
E o barro
era uma cor
do anjo do céu ...
O sujo é o amor
da gente que passa
Coberta de véu ...
 
E havia estradas
no rosto
das Lágrimas deitadas.
E havia candura
nenhum lado oposto
do cabelo
Cortado à pedrada ...
E as Pedras
Tábuas eram!
E os cabelos
uma almofada ...
O cão uma companhia
Calçada da do filho.
 
Eu vi!
O filho da calçada
Sorrindo de anjo
com os cabelos sujos
da cor do barro ...
 
Lisboa, 29/1/1975
 
(Registado não Ministério da Cultura
Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC
Processo n. º 2079/09)
 
 
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Poesia, metamorfose, borboleta...

 

 

 

 

POESIA, METAMORFOSE; BORBOLETA!
Rogério Martins Simões
 
Dei asas ao sonho:
Poesia!
Metamorfose.
Borboleta.
 
Soprou forte o vento:
Poesia!
Metamorfose.
Borboleta.
 
Ergueu-se no ar:
Poesia!
Metamorfose.
Borboleta.
 
Deixá-la ir:
Poesia!
Metamorfose.
Borboleta.
 
Lisboa, 29-01-2010 19:12:21
“O direito de autor é reconhecido independentemente de registo,
depósito ou qualquer outra formalidade,
artigo 12.º do CIDAC, aprovado pela Lei 16/08 de 1 de Abril”
 
 

 

 

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Seios grandes e olhar de marfim

 

 

MODIGLIANI

 

 

 

Seios grandes e olhar de marfim...
Rogério Martins Simões
 
Quando o riso fazia parte de mim, eu era a felicidade.
 
Se uma cotovia, apressada, passasse por meus olhos num relance; se ela sorrisse, eu disfarçava: prendia os meus olhos ao chão...
 
Envergonhado, mas atrevido, gostava de me transformar em passarito...
E lá ia eu aos saltitos, olhar gaiato mas bonito, em busca de mais um sorriso.
 
Era um tempo de fadas, de bruxas, de princesas, e de bichos com sete cabeças, de histórias deliciosamente bem contadas, e escutadas, à luz do candeeiro.
 
Quando a manhã acordava, despontava em mim aquele sorriso maroto:
Um olhar de lado, apaixonado, e curioso pelas meninas, mais velhas, que desdenhavam a minha precoce paixão...
 
Depressa consegui uma namorada que, todos os dias, fixamente me olhava.
Tinha uns seios enormes e um olhar de prata.
E sorria!
Sorria quando a fechava, e a fixava,
- presa por pioneses -
na parede fronteira à cabeceira do meu antigo quarto.
 
Estou a ficar velho!
Reparo, agora, que a vejo assim:
Seios grandes e olhar de marfim...
 
28-01-2010 20:13:39
(revisto em 29-01-2010)
(Diálogos da alma e do poeta)
(O direito de autor é reconhecido independentemente de registo,
depósito ou qualquer outra formalidade
artigo 12.º do CDADC. Lei 16/08 de 1/4)
(A registar no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
 
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Envolta em silêncios e flores

 

(Fotografia: Rogério Simões)

 

 

 

ENVOLTA EM SILÊNCIOS E FLORES
(Rogério Martins Simões)
 
Envolta em silêncios e flores,
Como se as flores te cobrissem de pétalas,
Eu te chamei deusa;
Quando o meu olhar era de cristal.
Percorriam os teus seios, colar escarlate,
Desvarios recortes de porcelana
Estavas linda!
 
Partilho estes jardins de sombras
Deliciosas.
Contagiam-me as serenas manhãs,
os frutos selvagens
e enamoro-me das estrelas.
Noite fora sou um viajante
Percorro silêncios,
escuto os meus passos nas vielas.
Que seria de mim se não te
reencontrasse!
 
Sabes a morango selvagem!
Sabes a cravo e a canela!
Se partir voltarei
Envolto em luz
Te cobrirei de pérolas
(Te chamei de musa)
E serei como a brisa,
Aragem,
Perpétua e ondulante:
O sol penetrante na tua janela.
24-03-2006
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
 
 

 

 

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Segredos de Lisboa - Republicado

 

Lisboa

 

 

 

Segredos de Lisboa
Rogério Martins Simões
 
Lisboa é linda mas tem segredos!
Perto do rio… correm para o mar…
Por uma intemporal porta secreta
Eu vi: as pernas, as mãos, e os dedos,
De um velho amolador a amolar,
Numa simples roda de bicicleta.
 
Tinha uma pedra para afiar!
Tinha um pedal para pedalar!
Um corno pendurado para untar,
(E ao mesmo tempo para dar sorte)
Chaves de fendas para fixar,
Panelas e ferramentas de corte.
 
Escutei sete silvos de flauta no ar,
Dos contos que só contava ao serão.
- Já não tenho tesouras para aguçar!
Nem uso facas de tipo ameaçador.
- “Olha o amolador! – Olha o amolador!”
Chove! Neste dia quente de verão.
09-08-2004
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
 
 

 

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Traição

 

 

 

 

 

Traição
Romasi
Rogério Martins Simões
 
Romance não escrevi!
Orgulho que não tive!
Tristeza então senti!
Meu coração já não vive!
 
1975
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
 
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Durma minha mãe

 

 

 

 

Durma minha mãe
Rogério Martins Simões
 
Durma minha mãe
Que eu velo o sono por si
Durma minha mãe
Enquanto ando por aqui.
 
Agora reparo, minha mãe:
Que a sua cadeira não baloiça.
A lareira não aquece.
A chaminé não fumega.
Oiça!
O meu coração estremece!
Espere!
Não se vá embora
Sem mim
Preciso de si nesta hora
E este Inverno é tão ruim.
 
27-01-2005 23:44:53
 
(Poema dedicado à mãe da poetiza brasileira Fátima Irene Pinto e a todas as mães que partiram.)
 
 

 

 

 

 

Mãe! Que tanto sabe amar
Passe-me as suas mãos pelo peito
Que as minhas perderam o jeito…
E nem as estrelas conseguem agarrar…
 
Obrigado minha querida e tão doce mãe!
Seu filho,
Rogério Martins Simões
 
Um beijo terno para todas as mães do mundo!
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Hoje o cobertor...

 

 

 

Hoje o cobertor
Romasi
 
Hoje o cobertor
Dá-me bafos de calor:
Numa viragem à loucura!
Na perdição do nada.
Numa viagem sem regresso…
 
Lisboa, 9 de Janeiro de 1974

 

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Escrever ou parar?

 

 

 CEZANNE
 
 
 
Escrever ou parar
Romasi
 
Esta é a nova ode poética
Que não quero recomeçar:
Se começo não acabo
E o tempo não vai parar
Indo…
 
É como se os dias se entregassem
À espera de um novo filho.
Se começo não acabo
E o dia irá acabar
Parindo…
 
1975

 

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amrosaorvalho.gif

MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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