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POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

POEMAS DE AMOR E DOR

Livro de poesia GOLPE DE ASA NO SEQUEIRO Editado pela CHIADO EDITORA Poeta: Rogério Martins Simões Blog no Sapo desde 6 de Março de 2004 Livro de poesia POEMAS DE AMOR E DOR (Chiado books) já à venda

Eternamente perdida

 

 

 

 

 
ETERNAMENTE PERDIDA
Rogério Martins Simões
 
Tens no rosto todas as estrelas!
No peito bordados de luz.
Tens na noite todas as velas.
Sem velas e o teu corpo reluz.
 
Em teus cabelos adormeço.
Na tua lua me dás guarida.
Amor! Estou de regresso…
Amor! Estou de partida…
 
O vento parou!
A terra latejou!
Numa pauta adormecida…
 
Minha noite sensual!
Pura nota musical!
Eternamente perdida…
 
 

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

Caem lágrimas

(yong girl VAN GOGH)

 

 

 

CAEM LÁGRIMAS

(Rogério Simões)

 

Rolam-me na face

Caem no chão

Secam com o vento

As lágrimas tristes

Do meu coração!

 

Continuo escrevendo,

Versando tua beleza,

Apenas interrompido

Por longos suspiros

Da grande tristeza

De meu coração!

 

E, se depois penso…

Que jamais serás minha:

Rolam-me lágrimas

Pelo rosto molhado

Caem no chão!

Secam com o vento!

As lágrimas tristes

Do meu coração.

 

Abril de 1968

Poemas de amor e dor conteúdo da página

IMORTAL FORMUSURA



Imortal formosura

Rogério Martins  Simões

 

Há em ti estranha

beleza

Há em ti tanta

candura

Laivos ténues de

tristeza

que se difundem na

doçura

 

E não me digas que és feia

se és tão pura

Teus olhos, lindos,

ralham

cegados de ternura

caem em mim e não

baralham

a tua imortal formosura.

1968

Poemas de amor e dor conteúdo da página

Coveiro


 

 

COVEIRO

(romasi) 


 

Cava coveiro

Ganha o teu pão

Não desanimes e cava

Levanta a terra do chão.

 

Tapa

Enterra

Sepulta

O corpo do teu irmão.

 

Se é assim a tua vida

Cumpre a tua missão!

O sino já tocou

As badaladas são iguais

Vamos, abre o pano

Mostra o cenário aos mortais

Representa a tua peça

Nesse teu palco de vida

Onde todos são iguais

 

Que tamanha tragédia

Onde tu és actor

A todos fazes sofrer

A todos fazes chorar

Mas não pares

Continua a representar.

Que importa a tua face dorida

Se tens de cavar

Para ganhara tua vida.

 

Espera velho coveiro

Escuta a boa-nova

Tapa

Enterra

Sepulta

Não caves a tua cova.

 1968

 

Poemas de amor e dor conteúdo da página

Teus olhos, miragem...

 

Improviso da alma e do poeta
(Rogério Martins Simões)
 
Dia a dia o desamor
Quebra o sentido da vida
Sofre-se em segredo
E na incerteza...
Reina a ganância,
A injustiça
O sofrimento, a pobreza,
E o medo!
 
É fácil dizer:
Temos de ser solidários!
Ser… não é fácil?
A vida é tortuosa,
Manhosa,
Vai tudo numa pressa.
E na pressa tudo olha
Nada se vê!
 
Olho! Nada vejo!
Olho! Nada sinto!
Olho! Olho! Olho!
Que vejo?
Vai tudo na pressa
À velocidade do salário
Vai tudo na pressa
À velocidade do ganho!
E o homem virou máquina,
Computador
Autómato.
 
Mas… o luar está igual
O céu não mudou!
Mudou a humanidade
Que perdeu a individualidade.
Passámos a ser números,
Peças de inventário.
Desumanidade!
 
Dia a dia
Caem os valores morais
Perfilam as estatísticas
Dos ganhos:
Ganha a produção:
Ganha-se menos!
Trabalha-se mais:
Ganha-se menos!
Que importa?
Se um homem tem fome?
E se há revolta.
Que importa?
A quem importa?
Importa é o dinheiro
Ser rico,
Virar banqueiro.
 
Mas… a areia cintila no deserto!
E nem tudo o que brilha é oiro
- Não vedes o céu a irradiar?!
Não! A humanidade não luz:
A sociedade é egoísta,
Prolifera o desamor.
Importa é estar na "berra"
E neste egoísmo nada sobra.
Está quase a bater no fundo!
 
Estes tempos são difíceis
Só há tempo para o fútil,
Para a notícia brejeira,
Para a asneira
Para a coscuvilhice.
E nesta agitação…
A alma consome
E o corpo mata.
 
Mas o mar permanece azul!
O melro assobia
O vento vira furacão.
 
Passou o tempo…
(O tempo passa depressa)
E na pressa
Não há tempo para filhos.
Dos filhos para os avós.
Dos avós para os netos.
Dos meninos para a família!
 
Volta poesia!
Volta poeta...
Acredita...
Que estamos no Outono,
Mais logo… será Inverno,
Vem aí a Primavera
Tudo será verde… renascido,
E de volta ao lar,
Em redor da lareira
Quando o dia findar,
Os avós,
Os pais
E os netos
Recordarão histórias da vida,
Contadas sem segredos,
(Segredos bem guardados).
E desses segredos
Renascerão
Os gestos colectivos de amor
Repreendidos
E esconjurados
Os actos egoístas
De desamor.
 
E os meninos
De volta às escolas
(Sem números nas camisolas)
Pintadas a lápis de cor
Vão ter recreios doirados
Em mil e uma aventuras.
E se treparem às arvores,
Subirão à “Torre de Babel”
E todos se entenderão
Na mesma língua.
 
Porque a terra vai ser paraíso
E os frutos não serão proibidos...
 
Lisboa, 29-10-2004 22:27:03
(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
TEUS OLHOS, MIRAGEM…
Rogério Martins Simões
 
Teus olhos são dois ímanes
Que me agarram a ti
Tua boca é a miragem
E a mais bela que já vi
 
Olho para ti em vertigem
Cubro-me com o teu ardor
Vivo na ânsia de te ter
Junto de mim, meu amor
 
Será para ti, minha alma bela,
Meu coração revestido a oiro
Eu te ofereço a minha vida
Em troca de ti, tesoiro
 
Minha miragem serena
Criada em tempos de primavera
Escuta em palavra amena
A minha eterna quimera
 
Teus olhos são a imagem
Que me agarram a ti
Tua boca é a miragem
E a mais bela que perdi…
 
1968

 

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Juíz dinheiro

 

 

 

 

JUIZ DINHEIRO
Romasi
 Rogério Martins Simões
No jogo que começou
a luta é de morte…
O dinheiro ataca!
O dinheiro defende!
Ao redor, gente, multidão,
Lançam fichas no jogo…
Uns o atacam.
Outros o defendem.
E tudo o acusa…
Ficha eterna
Não há dinheiro!
Banca rota!
Sobe o réu ao cadafalso
Porque não tem dinheiro
E está inocente.
 
11/1968
 
Passou o tempo da injustiça
Os pobres inocentes
não serão condenados.
Viva a revolução
Os políticos
e os magistrados.
 
- Será que sem dinheiro
Se fará justiça?
2005-09-09
Rogério Simões

 

 

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O quadro da Guerra

 

 

O QUADRO DA GUERRA

(Romasi)

 

Pintor

Pega na tua tela e pinta.

Mostra a beleza da paisagem,

mostra os horrores da guerra.

Não tens tinta,

Mas pinta!

Serve-te do sangue que corre

nos corpos que jazem por terra…

 

Não queres pintar!?

Só sabes desenhar,

pintar,

As belezas da serra!

 

Vá lá!

Porque não queres tu agora

se à tua frente

há montes sem terra!

Se à tua frente há desgraça!

 

Ah! Já pintas!

Então pinta

O quadro da guerra.

 

Lisboa, Escola Secundária Patrício Prazeres,

15/9/1968

(Homenagem aos mártires de Guernica)

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Juiz Dinheiro

 

 

(CEZANNE)

 

 

JUIZ DINHEIRO
Romasi
 
No jogo que começou
a luta é de morte…
O dinheiro ataca!
O dinheiro defende!
Ao redor, gente, multidão,
Lançam fichas no jogo…
Uns o atacam.
Outros o defendem.
E tudo o acusa…
 
Ficha eterna
Não há dinheiro!
Banca rota!
 
Sobe o réu ao cadafalso
Porque não tem dinheiro
Mas está inocente.
11/1968

 

editado em 2008

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HOMEM

 

 

HOMEM

ROMASI

 

A idade chegou,

Dizem…

Já não sou adolescente

Agora dependo de mim

Sou consciente.

 

Homem

Pela força da idade

Um homem quase livre…

Debaixo das garras…

Subjugado…

Condenado à prisão

Livre…

Só o meu coração.

 

Sou um homem

Atirado para a vida

Só e só vou decidir

Ficar ou fugir…

Liberdade ou Prisão.

 

Mas sou um homem

Sou um preso condenado…

Sou um degredado

Obrigado

Mas não livre…

 

19/11/1968

 

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amrosaorvalho.gif

MEIO HOMEM INTEIRO
Rogério Simões
 
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
11/4/1975

Todos os poemas deste blog, assinados com pseudónimo de ROMASI ou Rogério Martins Simões, estão devidamente protegidos pelos direitos de autor e registados na Inspecção-Geral das Actividades Culturais IGAC - Palácio Foz- Praça dos Restauradores em Lisboa. (Processo 2079/2009). Se apreciou algum destes poemas e deseje colocar em blog para fins não comerciais deverá colocar o poema completo, indicando a fonte. Obrigado

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